Brincando com a morte- Vinnie Hacker

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Kio, dando uma colherada no mousse sorri para mim porém olha feio para Hacker, e logo em seguida volta a me encarar — Depende... bala de chocolate ou de 9mm? Dou um gole do suco e foi a vez de Noah dizer algo — Com você é sempre as duas — todos nós rimos. Acredito que todos saibam da história.

Vinnie nos interrompe e olha incrédulo para Bryce — Mereço um café decente. Bryce, foi você que fez isso aqui? Parece óleo de motor! — ele diz e rimos

Bryce levantando a sobrancelha, deixa sua xícara na mesa e encara o loiro — E ainda assim você tá bebendo — ele retruca.

— É porque Vinnie não recusa nada que esquente ele de manhã — Digo e  o grupo ri, e Vinnie lança um olhar em minha direção, meio desafiador.

— Vocês dois deviam resolver essa tensão antes que a cozinha pegue fogo — Kio fala e o loiro me encara e eu faço o mesmo, com um sorriso enorme no rosto.

— A cozinha... ou a casa inteira! — dessa vez foi Blake que disse algo, pela primeira vez.
Todos riem.

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Depois que todos nós terminamos o café, voltamos nosso foco em coisas importantes. Nesse momento eu estava em uma sala que havia na mansão, onde a gente guardava todos os tipos de armas brancas. Adagas, faças, facões ... as armas de fogo ficavam em outra sala. Eu estava separando e limpando algumas delas para usar na missão daqui a dois dias

Dois dias.

Parecia muito tempo e, ao mesmo tempo, nada. Cada hora que passava trazia mais tensão para nós. A morte do Nick tinha deixado todos com um buraco no peito — um buraco que só poderia ser preenchido de uma forma: sangue. E o de James Castellano seria o primeiro a escorrer.

Desde a reunião, cada um tinha mergulhado na sua parte do plano. O lugar estava mais silencioso que o normal. Antes do café da manhã de hoje, não havia brincadeiras, nem as discussões ocasionais que sempre surgiam quando os humores dos meninos fervia. Só o som constante de armas sendo limpas, carregadores sendo checados e botas arrastando no chão.

Saio dos meus pensamentos e imediatamente lembro que pedi a Hacker para me explicar tudo sobre aquela situação com Nick, e eu precisava saber o que ele queria dizer quando escreveu em seu diário que Hacker sabia a causa de sua morte.

POV Vinnie

Eu estava na sala que guardávamos armas de fogo, sentado na enorme mesa, com a pistola desmontada na minha frente. As peças de metal reluziam sob a luz fraca do abajur. Passava o pano em cada parte com cuidado, como se fosse um ritual. Não era só manutenção — era quase uma conversa silenciosa com a arma. Uma promessa.

A porta rangeu e Madison entrou, encostando-se ao batente.

— Tá tratando essa arma como se fosse uma joia, hein? — disse, cruzando os braços e uau como ela era linda.

— É o que ela é — respondi sorrindo — Vai nos salvar quando a coisa apertar.

Ela caminhou até a cama e pegou o silenciador, girando-o entre os dedos.

— Sabe... os meninos até podem ter aquele jeito confiante, mas eu vi nos olhares deles. Eles sabem que esse ataque pode dar errado.

— Tudo pode dar errado — falei, encaixando o cano de volta no corpo da arma. — Mas isso não vai. Eu não vou deixar que dê errado.