Capitulo 76 - Nova Gerencia

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Henry era um cara atlético, e embora eu não gostasse muito de praticar esportes eu estava me divertindo em sua companhia. Saíamos todos os dias de manhã cedo para correr na rua e essa prática por 2 meses seguidos estava causando mudanças em meu corpo, eu tinha perdido peso e ganhado músculos nas pernas, e eu gostava disso.

Na manhã do dia seguinte não foi diferente, saímos assim que o sol nasceu para correr no central park, o cheiro das árvores úmidas pela chuva da noite passada me fazia esquecer que Nova York era tão poluído.

Henry tinha uma resistência absurda e podia correr quilômetros sem cansar, mas eu não, por isso ele acabava diminuindo o ritmo para me acompanhar. A gente não conversava enquanto corria, eu me distraia em meus pensamentos, ouvindo Taylor Swift em meus fones de ouvido, enquanto ele escutava Beatles nos seus. Era mais uma coisa que fazíamos juntos pelo prazer de termos a presença do outro.

(...)

- Quer tomar um cappuccino? - Ele pergunta, enquanto caminhávamos até o carro.

- Com muito chocolate e chantilly?

Ele gargalha, assentindo. Mordo minha boca, já imaginando o cappuccino quentinho em meus lábios. Poucos segundos depois que paramos de nos exercitar já foi possível sentir o frio gelar as pontas de nossos dedos, tomar café estava se tornando a nossa tradição, uma versão só nossa do chá da tarde, só que de manhã e com café.

Devidamente aquecidos, ele dirigiu até o Starbucks mais próximo, onde passaríamos as próximas duas horas do nosso dia, comendo, conversando e existindo juntos, como um casal apaixonado deveria ser.

Na fila, ele me abraçava, e eu repousava minha cabeça em seu peitoral, respirando o cheiro do amaciante do em seu moletom. Seu abraço era acolhedor e quente, como um urso de pelúcia, só não era tão macio porque seus músculos eram duros, mas ainda era confortável. Eu podia viver ali para o resto da minha vida. Ele tinha se tornado o meu lar, sempre que eu me cansava no final do dia, era para lá onde eu desejava voltar.

- Quando a gente se casar, promete que não deixaremos de ter esses momentos? - Pergunto, levantando o rosto para olha-lo. - Eu gosto de sair para correr e depois ficar abraçados na fila do Starbucks. É nossa tradição!

Ele sorri bobinho, deixando um beijinho na ponta do meu nariz.

- Prometo! Também prometo que teremos outras milhares de tradições.

- Bom, o natal ta chegando, a gente podia assar biscoitos e montar uma casa de doces. É uma coisa que minha mãe sempre faz, e eu gostaria que nossos filhos também vivessem essa tradição...

- Ta tentando me dizer alguma coisa? - Suas sobrancelhas se franzem e meus olhos se arregalam, eu conseguia ouvir seus pensamentos através da expressão do seu rosto.

- Ai meu deus, não! - Gargalho, me afastando - Não, eu não to grávida, ai meu deus!

- É que do jeito que você falou... - Dá de ombros. - Ah, não seria uma má ideia, fazer um pirralhinho...

- Não! - Disparo, fazendo sinal de "pare". - Já é loucura suficiente nos casarmos com 2 meses de namoro. Filhos só daqui uns cinco anos.

- Mas cinco anos é muito tempo... - Ele faz um bico - Eu já vou ter mais de quarenta... Eu quero ter filhos enquanto ainda tenho disposição para leva-los ao parque, jogar bola, andar de bicicleta...

- Você é atlético, vai ter disposição por longos anos. - Aperto seu bico. - Sem chances de cometermos essa loucura por agora. Eu quero que os primeiros anos do nosso casamento sejam só pra gente, pra gente se conhecer, se curtir... sem a responsabilidade de criar outro ser humano!

A Estranha Cecília - Chris EvansWhere stories live. Discover now