Cecilia é uma jovem economista que se mudou para uma comunidade latina nos Estados Unidos com 15 anos de idade. De uma família humilde e honesta, Ceci dedicou a vida aos estudos com objetivo de um dia poder proporcionar uma qualidade de vida melhor...
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Andrea Navedo
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Capitulo VIII
- ANA? ANA? - Ele sai gritando pelas instalações da empresa e, sem pensar, agarro em seu braço para força-lo a parar, temendo o que iria fazer.
- Seu Christopher, os clientes! - Sussurro, apontando para algumas pessoas na salinha de espera.
Ele olha de relance, mas tudo o que seus olhos veem são as secretarias de ouvido em pé.
- Bom dia. - Ele diz, disfarçadamente ajeitando o paletó do seu terno e voltando a andar decentemente.
- Bom dia, seu Christopher. - Elas respondem em uníssono.
- Nora, a Ana está na sala dela? - Pergunta para uma mulher que eu ainda não conhecia. Seus cabelos eram castanho escuro e causava um contraste baixo com sua pele. Eu diria que, assim como Paulina e Sarah, Nora também era latina, mas sentia medo de estar apenas julgando por estereótipos.
- Está sim, senhor. - Ela responde, saindo de trás de sua mesa, vestida com um terninho de saia até os joelhos. - Deseja que eu vá chama-la?
- Não precisa, obrigado! - Se afasta bruscamente do meu toque, avançando até a porta da sala dela, tão bravo quanto um marido traído.
Congelo no lugar, sem saber se deveria segui-lo. Eu com certeza não queria entrar na sala daquela mulher.
- O que você fez, sua monstrenga? - Oliver corre até mim, e sei que, apesar da ofensa, estava morrendo de medo, essa era a consequência da consciência pesada.
- Amiga, o que houve? - Marcela se aproxima e, dessa vez, ela não comia nada. - Por que ele ta parecendo uma bomba de chocolate, grande forte e muito gostoso, mas que em grandes quantidades pode te matar?
- O que você disse a ele, Ceci? - Sarah vem para perto.
- Contei que fui demitida... - Levo as unhas a boca, roendo-as, nervosa.
"COM A ORDEM DE QUEM VOCÊ DEMITIU A MINHA SECRETARIA?"
Estremeço com os gritos dentro da sala e até a Oliver se agarra à gente, assustada.
- A gente vai ser demitida. Claro! - Marcela segura em meus ombros.
- Não... acho que não... - Franzo as sobrancelhas, procurando um pouco de amparo nos olhos claros da garota que me abraça.
"CLARO QUE ELA TEVE QUE IR FAZER FOFOCA!"
"SE TE INTERESSA, ELA NÃO TE ENTREGOU, EU QUEM A OBRIGUEI A DIZER."
"AH SIM, PORQUE VOCÊ COLOCOU UMA ARMA NA CABEÇA DELA." Debocha "A DEMITI PORQUE É UMA INSOLENTE"
"ANA, ELA ESTAVA SEGUINDO ORDENS. MINHAS ORDENS. QUE A PROPÓSITO, SOU O PRESIDENTE DESTA EMPRESA. E SE ESSE CARGO SERVE PARA ALGUMA COISA, ENTÃO EU EXIJO QUE A MINHA POSIÇÃO SEJA RESPEITADA. QUEM VOCÊ ACHA QUE É, PRA DEMITIR A MINHA SECRETARIA?"
