Capítulo 86

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As estrelas brilhavam fortes no céu, mas os passos silenciosos na escuridão continuavam entre as árvores e aos poucos, olhos olhares dos invasores, bandidos da região e que planejaram a invasão a instituição por meses, viam janelas abertas e luzes acessa, além de poucos alunos conversando no jardim e professores com funcionários ao lado dos mesmos.

Christine e Isabella haviam saído sem a permissão de ninguém e foram para a sala de música, local que fazia a menina de 15 anos lembrar um pouco de sua mãe Catherine, devido ao piano de caldas. E a sala escura e iluminada pela luz da lua, dava a visão de vazia para quem a olhava de longe. Algo que dois bandidos fizeram, pois Christine havia parado de tocar por alguma razão e ambas estavam em silêncio no espaço.

Alunos perceberam uma estranha movimentação e gritaram ao ouvirem vozes masculinas e graves gritando que eram para todos entrarem.

Uma euforia e pânico coletivo tomou todos, e da sala de música e prestes a abrir a porta, Christine e Isabella ouviram o primeiro tiro e imediatamente se abaixaram na escuridão, levando as mãos aos lábios e arregalando os olhos com o segundo tiro e gritos de pessoas por todos os lados.

No Palácio de Kensington, Kate caminhava de um lado para o outro, enquanto William continuava sem roupa sobre a cama a chamando e a vendo preocupada.

- Amor?? Volta! - pediu, mas ela apenas agarrou o roupão e pegou o celular, ligando para a adolescente de 15 anos.

A menina, segurava as mãos de Isabella que estava chorando em silêncio devido ao susto e pânico, enquanto olhava pela janela e via silhuetas passando e segurando armas nas mãos, além de dizer:

- Não tem ninguém aqui! Vai para o lado norte.

O celular de Christine começou a acender, e rapidamente ela o desligou, para aumento da preocupação da Princesa de Gales que sentia que algo estava acontecendo com sua filha, mesmo sem saber o que poderia ser.

O coração de Kate estava apertado e mensagens brotavam em sua mente de que Christine estava, de alguma forma, correndo perigo, e a ver não atendendo, só aumentava essa preocupação e agonia.

- Tem alguma coisa errada! - olha para William - Tem!

- Amor? Volta! Vamos dormir e amanhã ela aparece - faz uma expressão meiga - Vem?

Kate excitou por alguns segundos, mas voltou para o móvel e foi puxada por William para deitar-se na cama, porém o que antes sentia, agora havia se tornado preocupação:

- Desculpa, William! - se afasta, deitando-se de lado na cama e o deixando chateado.

Na escola, Christine pegava novamente o celular para ligar para a polícia, mas percebeu que o mesmo estava prestes a descarregar e saberia, apenas uma chance, então não a desperdiçou e não ligou para a polícia, mas mandou uma mensagem de áudio para sua mãe.

"Mãe? Avisa a polícia!

Tem homens invadindo a escola e tá tendo muito tiro e... - som de tiro ecoa no espaço - Mãe??"

O visor do celular de Kate acendeu, mas o mesmo estava no silencioso e a mulher estava virada em direção a William, e isso a impediu de ver a mensagem de Christine chegando.

As duas adolescentes escutaram mais tiros e os alunos gritando por ajuda, enquanto homens falavam:

- FILA!!! RÁPIDO!! FILA!!

Isabella tapou os ouvidos e Christine seguiu o mesmo caminho, mas assim que se deram conta, a porta da sala estava sendo aberta e foi o tempo de engatinharem para debaixo do enorme piano de caldas e ficarem em silêncio na sala escura, ouvindo passos de botas pesadas ecoando e a respiração de homens se misturando e tomando cada centímetro do espaço.

A adolescente de 15 anos, agarrou a mão de Isabella, pedindo silêncio e a viu concordar, assim que os passos se aproximaram de onde elas estavam, parando bem em frente a elas e demorando cerca de 20 segundos para a voz falar:

- Não tem ninguém aqui! Não falei??

- Mas eu vi uma luz vinda daqui!

- Procura nas outras salas. se tem alguém aqui, vai aparecer! - fala e segue caminho.

No Palácio, Kate abria os olhos lentamente, mas a sensação de que algo estava acontecendo era gritante em seu peito e assim que pegou o celular, ainda sonolenta, percebeu uma mensagem de Christine e respirou aliviada ao pensar que escutaria um: "Boa noite, Princesa Rebelde".

Um sorriso se formou nos lábios da Princesa de Gales e assim que começou a escutar o áudio, sentiu o coração parar e um frio a tomando por um todo, ao escutar ao longe os gritos e os sons dos tiros no espaço, além de sua Chris lhe chamando desesperadamente com um:

"Mãe??"

A mulher de 41 anos saiu apressadamente da cama, assustando William que a viu correndo, agarrando o roupão e saindo.

- KATE??

Ela seguiu em direção a sala dos seguranças, abriu a porta e assustou a todos que a viram com um roupão e foram obrigados a desviar o olhar, enquanto a mesma agarrava o telefone fixo e seguro e liga imediatamente para a polícia, esperando a voz robotizada perguntar seu nome e qual a ocorrência.

Na escola, o chefe da quadrilha sorria ao ver adolescentes apavorados sentados no chão e chorando, além de muitos estarem chamando pelos seus pais e os funcionários tentarem os acalmarem.

- Tá faltando alguém? - pergunta o homem para a Sra. Green, que nega.

A mulher de meia idade, sabia que Christine e Isabella não estavam preenchendo os espaços entre os alunos, e agradeceu muito por isso. Então as manteve fora na conversa, mas uma das alunas acabou por dizer:

- Tá faltando duas!

- Não está faltando ninguém! Estão todos aqui! - fala Sra. Green, olhando para o bandido - Eu juro para o senhor! Estão todos aqui!

- Peguem uma lista! Quero o nome de todos os alunos aqui! - se aproxima da professora - Aqui é a nossa mina de ouro, então não pode faltar ninguém, porque o dinheiro é maior! - sorri e se afasta.

A Vendedora de Livros - Vol. 1Where stories live. Discover now