- O que irá aprontar hoje?

- Eu estava pensando em uma macarronada. O que a senhora acha? - olha para a mulher de olhos azuis ao seu lado, percebendo fechar os olhos como se fosse uma melodia a palavra "macarronada" - Vou aceitar como um sim! - ri.

- Será a macarronada estilo Christine Waller?

- Muito melhor! - se gaba, percebendo o olhar de curiosidade de sua mãe - Uma macarronada a bolonhesa.

- Filha, você realmente sabe como animar sua mãe! - se aproxima, depositando um beijo rápido na cabeça da menina de apenas 15 anos, mas que demonstrava ser alto-independente, lhe trazendo muito mais alívio quando partir. Mas iria ficar pensando nesse fato e se Kate leu sua carta. Não! Ela iria aproveitar cada segundo com Christine.

A mesa perfeitamente arrumada pela mulher de 53 anos, recebia uma travessa grossa e de vidro, e no interior existia macarrão, molho e algumas folhas para enfeitar o prato suculento e visivelmente saboroso, enquanto Christine se gabava com seu feito, recebendo aplausos de sua mãe, que comia e fechava os olhos de tão bom que estava.

- Nossa, filha! - a olha - Tá muito bom essa macarronada, meu amor! - fala com a boca cheia - Desculpa! - ri, tapando os lábios e tentando não cuspir nada devido ao riso de sua filha em sua frente.

- Modéstia parte mãe, sou uma excelente preparadora de comidas improvisadas.

- Isso é uma verdade! - come mais um pouco - Me diga, como foi hoje na loja?

- Entrou uma boa renda. Coloquei no banco e fui visitar um novo amigo - sorri, ao lembrar do morador de rua.

- Novo amigo?

- Sim! Ele se chama Philipe, tem 63 anos e mora nas ruas da cidade. Ajudei ele a almoçar hoje. - come - A senhora acredita que, fui em um restaurante, paguei por uma marmita e a funcionária não queria fazer, porque era para um morador de rua?

- Que horror, Christine! - se revolta - Um local com tanta comida! E se duvidar se estraga, negando isso!

- Mas falei algumas coisas para a colocar em seu devido lugar! - come mais.

- Tenho medo em apenas imaginar o que você falou a essa moça, filha - sorri, percebendo a menina lhe olhando com uma fofa expressão de quieta - Mas ele recebeu o alimento?

- Sim, senhora! Fiz questão de ameaçar a funcionária dizendo que voltaria pela mesma rua, e foi o que fiz! Voltei pelo mesmo lugar e o vi com a marmita nas mãos - sorri - Ele ficou tão feliz, mãe, que me agradeceu tanto.

- Qualquer pessoa com bom coração agradeceria, mesmo não sendo com ela, meu amor. Seu gesto foi nobre. Ele, hoje, vai conseguir passar o dia e a noite com alimento no corpo. E isso me deixa tão orgulhosa da minha menina. - sente os olhos marejados, mas percebe a menina a olhando com uma das sobrancelhas arqueadas, significando que não era momento para emoção - Tá bom!

A noite chegava, trazendo aos bares de pubs, jovens de 20 a 30 anos, que se sentavam nas cadeiras em plena calçada, começando a beber seus pedidos de álcool aos montes, enquanto no Palácio de Kensington, uma recepção "simples" acontecia. E por mais que não fosse obrigada a ir ao imenso salão para participar de um encontro com pessoas de diferentes poderes e cargos, apenas para conversarem sobre o Reino Unido, Kate Middleton iria para espairecer sua mente, mesmo que as conversas fossem as mais irritantes, na maioria dos casos.

Seu corpo estava coberto, não mais com a camisa de seu marido, mais por um vestido azul feito completamente de lã, suas madeixas soltas e extremamente lisas e a maquiagem natural.

E enquanto seu marido já estava no enorme salão, ela ainda se encontrava no quarto, olhando para a pilha de livros sobre um criado mudo e percebendo pessoas puxando seu vestido para alinhá-lo perfeitamente, enquanto outras mexiam em seu longo cabelo, fazendo algo que já havia sido feito várias vezes. E por um momento, se sentiu incomodada e sorriu, dando apenas um passo para frente, virando e olhando para cada funcionário e dizendo, de forma meiga e gentil:

- Está tudo lindo, pessoal. Vocês fizeram um excelente trabalho, mas, será que eu estou liberada? Por favor? - faz uma expressão engraçada, como se estivesse implorando para sair.

- Sim, Princesa - diz todos em um coro, fazendo Kate movimentar as mãos, como se estivesse dançando com elas.

- Eba!! - comemora, vendo todos saindo e seguindo todos. Se despedindo poucos segundos depois.

Os passos da Princesa ecoavam devido ao salto, mas isso não era algo mais anormal para alguém que usava rasteirinha antes de entrar para a família real.

Kate, dificilmente, teve a chance de usar um tênis, e sempre que isso aconteceu, foi um acontecimento em vários sites e revistas:

"Princesa de Gales, quebra regra de vestimentas da Família Real, aparecendo com tênis Alexander McQueen, pelas ruas de Londres."

Assim que se aproximou das escadas, percebeu rapidamente a imensa quantidade de pessoas bem vestidas, e ela sendo a que mais "simples" se portava. Não se importando e começando a descer, chamando a atenção de todos ao redor e percebendo Harry com a esposa a alguns metros, lhe lançando um sorriso meigo, que pela primeira vez depois do abraço, foi retribuído.

A alguns metros, estavam três pessoas, mas uma delas, um homem, se afastou, deixando o Príncipe de Gales a sós com uma mulher de intensos olhos azuis, postura de modelo e cabelos escuros, enquanto ficava desconcertado e agradecendo por Kate não estar no salão naquele momento.

Mas seus pensamentos foram por água abaixo, quando o perfume da Princesa de Gales contaminou o ambiente e William sabia perfeitamente que ela estava pelas proximidades. Não imaginando que estava ao seu lado e se aproximando com uma das mãos esticadas em cumprimento Rosy, a mulher com quem a traiu apenas uma vez durante uma viagem.

- Olá, Rosy. - diz Kate, depois de ver a metros de distância, William com a mulher.

A elegância e formalidade de Kate, por muitas vezes fazia William sentir medo do que sua esposa poderia fazer. E um dos sintomas estava no coração acelerado e na pele suando fria, assim que o semblante sério de Middleton era lançado a Rosy, que revidava, encarando a mulher sem medo algum.

- Olá, Catherine. Quanto tempo.

- Sim! Infelizmente tivemos uma ruptura bastante intensa, com poucas chances de reconciliação! - sorri, mantendo a postura de sempre.

- Mas as coisas podem mudar - provoca.

- Absolutamente, Rosy! Mas essa em questão, acredito fielmente que não!


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Agradeço imensamente a cada comentário e voto de cada um de vocês. Que assim como eu, está sofrendo com o desenrolar deste drama, nada fácil rsrs <3

Muito obrigada e, essa história está muito longe do fim! Porém, precisava agradecer a quem está acompanhando minha PRIMEIRA história relacionada a família real.

Obrigada e, até os próximos capítulos <33

A Vendedora de Livros - Vol. 1Where stories live. Discover now