Aprendendo com os mais velhos

60 4 2
                                    

Olá,

Peço desculpas pelo atraso. Essas duas semanas foram exaustivas. Eu peguei uma gripe forte, e tenho uma mania meio lixo de simplesmente me auto-inutilizar quando estou doente. XD

Mas, aqui estamos com um capítulo de 12 mil palavras, para você se perder nos parágrafos. =^-^=

*Precisei assistir um vídeo de matemática para escrever esse capítulo, embora eu tenha apenas transcrito as coisas que o homem disse para o meu texto. Matemáticos de plantão: se estiver tudo errado, xinguem o homem do vídeo, e não a mim. hahahaha

Por favor, responda o formulário que está na conversa fixada do meu perfil.


-----

Os fogos de artifício já haviam cessado quando Onyankopon e Jean chegaram. Connie não veio – ele era fã do presidente Vladimir, provavelmente estava comemorando a reeleição. Parados em frente a loja de chás, Onyankopon deu duas palmadas no portão. Em menos de dez segundos, Leona abriu-o.

A cara de Leona não combinava com a garota apavorada que telefonou há meia hora. Contudo, as enormes manchas de suor nas axilas, bem como a alegria sincera e aliviada, denunciavam-na.

— Q-q-ue — Leona segurou a gagueira — que bom que vocês chegaram. — Ela deu um suspiro inatural. — Eu tranquei o senhor Levi lá em cima. Ele está com uma faca. Acho que ele quer... — E engoliu em seco.

— Alguma coisa aconteceu com ele. O capitão Levi jamais te faria mal, Leona.

Afirmou Jean com convicção, passando por Leona às pressas. Souberam quando ele chegou nos fundos porque ouviram os pássaros voarem.

— Você foi muito esperta lembrando do telefone. — Onyankopon deu um sorriso consolador à Leona. Ela precisava ouvir algumas palavras de incentivo. — Você foi muito corajosa.

O brilho que transpassou o rosto de Leona e a forma como ela aprumou os ombros confirmou o instinto de Onyankopon.

— Vocês precisam da minha ajuda? — Ofereceu-se ela, cheia de pundonor.

— Não. Você espera aqui.

Onyankopon atravessou o viveiro e subiu as escadas. Encontrou a porta do apartamento aberta. A porta rangia no ir e vir do seu balanço, sem que o vento fosse forte o bastante para fazê-la bater.

No apartamento, Onyankopon defrontou-se com o capitão Levi estatelado no chão. Jean, ajoelhado ao lado dele, amparava-o. A perna aleijada tremia feito aqueles brinquedinhos de dar corda.

— Ele caiu, Onyankopon!

— O que aconteceu? — A pergunta de Onyankopon foi direcionada a Levi. Queria verificar as faculdades mentais do capitão.

— Não sei. — Alegou Levi numa versão desorientada do seu famoso tom sem emoções. — Eu estava dormindo e acordei com barulho de tiro. Procurei o meu equipamento de batalha, mas não consegui encontra-lo. Aí, eu vi a Leona e a mandei chamar a mãe dela e o Erwin... mas não teria como, claro. Os dois estão mortos. Eu me esqueci... — A voz de Levi se transformou num gemido que ele controlou tão rápido quanto Leona barrara a gagueira. — Aonde a Leona está? — Mudar de assunto trouxe o vigor de Levi de volta.

— Ela está bem.

— O tiroteio já acabou?

— Não era tiroteio, capitão. Eram fogos de artifício. — Revelou Jean, utilizando a delicadeza com a qual falaria com um idoso no leito de morte.

— Fogos de artifício? — Repetiu Levi, em tom de dúvida. Ele ficou cinco segundos em silêncio. Aos poucos, e com constrangimento crescente, Levi assimilou os eventos da noite infernal. — Fogos de artifício... — Repetiu ele, com compreensão catatônica.

Venha me pegarWhere stories live. Discover now