Não foi assim que aconteceu

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Olá,

Como já falei em alguns comentários, existem alguns detalhes no arco MARLEY x PARADIS que me incomodaram bastante. Um deles é a impotência da Hange. Embora eu prefira a Hange do time-skip, eu concordo que ela foi incompetente em algumas questões.
Ela foi ótima para o desenvolvimento da ilha. Desde o primeiro episódio tento desenvolver o punho dela como comandante; a dedicação da Hange em modernizar Paradis, em construir um bom relacionamento com os forasteiros independentemente de eles serem inimigos e blablabla. Afinal, como todos nós sabemos, a Hange estava tentando vencer a guerra por meios pacifistas.
Mas, ao mesmo tempo, não consigo entender por que ela foi tão... passiva? Como comandante. Não entendo por que ela não tomou atitudes mais enérgicas em relação ao Eren quando ele começou a dar problema, e nem por que não a vemos explorando outras alternativas se não a senta-aqui-vamos-tentar-conversar. A gente só vê ela tomar iniciativa quando o Eren resolve destruir o mundo.

Quer dizer... na verdade, eu consigo entender sim. E foi culpa do Isayama, e não da Hange. Mas isso já é assunto para outras notas.

Enfim, indo direto ao ponto, eu venho tentando deixar a Hange um pouco menos... huh... burra, assim por dizer. O capítulo de hoje é a maneira que eu encontrei de justificar a postura dela nos eventos futuros do mangá (e na VMP).

AVISO: traduzi o termo "shifter" como "transformado".

E, como não poderia ser diferente: se você ainda não respondeu o meu formulário de leitores, por favor responda. Respondendo o formulário, você me ajuda a conhecer o meu público-alvo. É anônimo - sua identidade está protegida. ^^ O link está na conversa fixada do meu perfil.


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Após a construção da ferrovia, a lista de interessados na tecnologia estrangeira cresceu. O preconceito para com o estilo de vida dos forasteiros começava a enfraquecer. Engenheiros marleyanos eram barrados por entusiastas eldianos em busca de conhecimento. Currículos e mais currículos e cartas de apresentação chegavam no prédio da Tropa de Exploração todos os dias. A quantidade de voluntários paradisianos era demais para Hange administrar. Dessa forma, a Capital criou um setor exclusivo para o controle do desenvolvimento da ilha.

Os hizuruneses acertaram a data do início das obras do aeroporto paradisiano. Zackly elegeu os mesmos engenheiros da ferrovia para trabalhar com os Azumabitos. O aeroporto seria construído numa área remota da ilha. Ao mesmo tempo, os aprendizes desses engenheiros estudavam maneiras de expandir a ferrovia. O objetivo era conectar as linhas férreas intercalando o porto, as muralhas, e o futuro aeroporto.

No dia seguinte à volta de Hange, os documentos da permissão para a construção do aeroporto e a abertura da aeronáutica chegaram em seu escritório. Ambos os documentos dependiam de sua assinatura. Sobretudo o segundo, que também requisitava os aceites de Nile, Pixis e Kayle – polícia, guarda e marinha.

As turmas de cadetes mal davam para a quatro divisões. A Tropa Estacionária pagava o pato. A cada ano, menos recrutas levantavam a mão na chamada do comandante Pixis. Na verdade, com a extinção dos titãs, vigiar a muralha se tornou... dispensável, para dizer o mínimo. Até a polícia não recebia tantos soldados, mesmo após aquela besteira dos "somente-os-dez-melhores" ser abolida. Os campos mais disputados eram a Tropa de Exploração e a Marinha, sendo que para entrar na marinha era necessário um curso extra ministrado por um marinheiro marleyano - sob os olhares vigilantes de policiais paradisianos.

A essa altura, a menstruação de Hange passara por completo. A estabilização dos hormônios a fez se sentir como si mesma; e andar por aí sem um absorvente entre as pernas cooperou para a rabugice passar. Não obstante, com planos tão grandiosos a frente, Hange pouco pensava na infertilidade. A comandante focava suas expectativas na viagem prometida.

Venha me pegarWhere stories live. Discover now