De onde eu vim não funciona assim

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Olá, muito obrigada por continuar comigo.

A PARTE 3 está se mostrando mais complicada do que imaginei que seria. Logo esse primeiro episódio, que pensei que fosse ser relativamente fácil, destruiu a minha sanidade.

A VMP se encaminha para uma nova fase. Os próximos episódios serão difíceis para todos, sobretudo para mim. Eu não sou uma pessoa flexível com mudanças, então trabalhar na VMP nessa transição de ciclo está sendo um desafio.

Aliás, eu gostaria de comunicar que, daqui para frente, quase todos os capítulos serão do ponto de vista da Leona. Se você não gosta da minha OC, sugiro que pare de acompanhar a história.

Enfim, o capítulo 52 e o 53 eram para ser o mesmo episódio. No entanto, como falei ali em cima, o texto se mostrou mais trabalhoso do que imaginei que fosse ser. Eu não estava gostando nem um pouco do resultado, e o tamanho do 52 na versão incompleta (esboço 8000k) contribuiu para me desanimar. Dessa maneira, resolvi dividir o """roteiro""" em duas partes.

Enfim, responda o formulário na minha bio.

Boa leitura.


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As pálpebras de Leona pesavam de modorra. O que começou como uma empreitada entusiasmante logo se transformou numa viagem cansativa. O corpo de Leona doía e seus pés descalços congelavam sobre as espáduas de Buck. O seu maior desejo era aconchegar-se em sua cama, bem longe dos titãs colossais e do tum tum tum da marcha retumbante. Entretanto, Hange lhe incumbiu a grandiosa responsabilidade de levar Buck e Minnie à fazenda da rainha. O voto de confiança da mãe encorajava Leona a seguir em frente.

Graças à memória de Minnie, alcançaram a fazenda sem precisar pedir informação aos transeuntes. Ainda estava escuro quando as duas itinerantes entraram na propriedade real. Leona só viu a rainha uma vez: na inauguração da ferrovia (um encontro vergonhoso). O estômago de Leona borbulhava de ansiedade com o prospecto de reencontrar Historia. Dessa vez, ela agiria com dignidade na presença da monarca.

Leona e Minnie avaliaram as casinhas e se perguntaram qual era a casa principal. Nenhuma se parecia com os palácios da Capital, portanto usá-los com referência era inútil. Minnie chutou que as instalações da rainha se localizavam na única a dispor de um vigilante.

O policial esparramado na cadeira de balanço roncava alto num sono de dar inveja. Um lampião munido de uma pequena rajada de gelo iluminava a varanda bem-cuidada. Besouros desorientados pela luz ofuscante zanzavam ao redor do lampião. O jornal que o policial estivera lendo jazia aberto em sua cara, o protegendo dos insetos alucinados.

Minnie e Leona riram uma para a outra. A babá limpou a garganta e chamou, devagar:

— Com licença, senhor?

O policial fez ruaaaaaac roooon e resmungou algo semelhante a "agora não, amor". Leona conteve as gargalhadas com as mãos – sua mãe bem dizia que os policiais militares são todos uns preguiçosos. Minnie entoou:

— Senhor?

A cadeira de balanço quase despencou com o solavanco do homem. O policial tateou o colo em busca do rifle repousado na parede. O jornal caiu revelando um rosto desorbitado. Minnie espantou-se com o susto do policial. Já Leona, dava boas risadas.

— Hein? Quem são vocês? Como passaram pelo sentinela? Larry? LARRY!? Ah, esse vagabundo deve ter dormido no ponto de no — O policial interrompeu-se e limpou a garganta. — O que traz vocês aqui, garotas?

— Eu vim deixar a menina. Ela é

— Certo. — O policial cortou Minnie. Ele se levantou e, após uma longa espreguiçada, fez um aceno para as viajantes o seguirem. — Vocês precisam conversar com a diretora. Não sei se eles ainda têm vaga. Hm? Ah, pode deixar o cavalo aí, garota. Eu peço pro cavalariço levá-lo ao estábulo.

Venha me pegarWhere stories live. Discover now