Asas de papelão

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Olá,

Vejam só, uma das nossas protagonistas fez aniversário no domingo. Feliz aniversário atrasado, Hange!

Se eu fosse colocar a PARTE 2 em porcentagem, eu diria que temos mais 35% de história até esse ciclo terminar. Além da dificuldade em abordar tantos personagens diferentes, o meu maior desafio está sendo intercalar os acontecimentos da vida pessoal da Hange e da Leona com os eventos em Paradis.

AVISOS:

— No mundo de Attack on Titan tem uma máquina chamada FLYING BOAT. Eu achava que os personagens apenas chamavam os aviões assim. Mas, na verdade, REALMENTE existe um aeroplano em AOT que serve tanto como avião quanto como barco. E eu fiquei mais chocada ainda quando descobri que esse tipo de aeronave existe no mundo real. Hahaha. A ignorância é maravilhosa;

— Tomei algumas liberdades artísticas;

— Contém adaptações do arco do mangá correspondente à vinda de Hizuru;

— Os termos hizurunês, hizurunesa e hizuruneses não existem em AOT. Assim como paradisiano, liberiano (na verdade esse existe, mas significa outra coisa), lança-trovões e carrasco diabólico. São vocábulos e traduções que eu criei.

Boa leitura.


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Há um calendário no escritório do comandante. Hange arrancou a folha do mês de outubro, a jogou no lixo e esfregou as mãos. Lá no outro lado do quartel, Armin escreveu em seu diário que a visita da embaixada asiática se aproximava. Não tão longe dali, Leona confidenciou à Peter que algo importante aconteceria naquela semana, mas não podia contar porque era um segredo da sua mãe. Na Capital, a quilômetros de distância de Trost, Zackly mandou limpar os castelos do porão até a última torre - os hizuruneses estão vindo, e eles vão querer conhecer a arquitetura paradisiana.

A embaixada chegou no porto de Paradis no dia três de novembro. A Tropa de Exploração, a Policia Militar, a Tropa Estacionária e a Marinha se organizavam em enormes quadrados verdes-militar. A diferenciação se dava pelo desenho nas costas dos uniformes. Asas para a Tropa de Exploração, cavalo para a Policia Militar, rosas para a Tropa Estacionária, e âncora para a Tropa Marítima.

A trupe da Capital, o grupinho seleto de generais, nobres e subordinados da rainha, aguardava no cais. Vossa majestade se encontrava entre os ricos. A rainha vestia o casaco do exército por cima do vestido real. Tal qual Historia, os generais também estavam arrumados. Até Hange se enfeitou para a ocasião especial. Todos repararam na maquiagem leve. Na verdade, a maquiagem que o capitão Levi passou nela, porque a feita por Hange ficou um horror. Leona não gostou de ver a mãe maquiada, aliás. Os subordinados e os voluntários, sim.

— Puxa, comandante, é a primeira vez que vejo você maquiada. Você está muito bonita.

Hange ouviu essa frase trinta vezes mesmo a maquiagem sendo só base e batom. Alguns homens e mulheres inconvenientes acrescentaram bem-intencionados "você devia usar maquiagem mais vezes". Hange ignorou as "sugestões" e agradeceu os elogios. No fundo, mal podia esperar para lavar a cara e chupar os lábios até arrancar aquela camada seca e rosada.

Avistaram o navio asiático. O barco hizurunês era pequeno em comparação aos de Marley. A atenção dos eldianos foi drenada pelo enorme reboque atrelado ao barco. O objeto tinha a forma de um pássaro. Não dava para ver o que era porque uma lona grossa o cobria. Não importa; para bom entendedor, a fisionomia basta.

Hange ouviu a agitação entre os soldados. Ela própria se inquietou. Hange inclinou o corpo, encarou Levi e sorriu com alegria ansiosa. Levi retribuiu o olhar. A inexpressividade de Levi mudou sutilmente, dando apenas um vislumbre de seu nervosismo. Quem dera Leona estivesse aqui. A menina ia amar ver o avião.

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