(BÔNUS) Olha só pro seu tamanho

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Olá,
Alcançamos 50 capítulos publicados. Eu realmente queria muito que o 50º episódio fosse um bônus, e cá estamos!
Uns meses atrás, percebi que havia poucas interações entre Bolinha e os soldados do esquadrão 104. Esse texto é deles!

Se você ainda não respondeu o formulário de leitores, essa é uma boa oportunidade. O link clicável está no meu perfil.

***Esse bônus foi escrito em comemoração aos 50 episódios da VMP.

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Era o dia de folga de Hange. No entanto, um problema com o fornecedor da matéria-prima dos lança-trovões a levou a marcar uma reunião com o dono da companhia para aquela data. Como Minnie não trabalhava nos dias de folga da patroa, a comandante precisou levar Leona, sua filha de cinco anos, ao quartel-general.

Armin e Mikasa ficaram felizes em vigiar Leona enquanto Hange atendia o empresário. Armin preparou mingau, o doce favorito de Leona, para os três, o qual a menina comeu em colheradas cheias, vez ou outra pontuando a refeição com elogios aos dotes culinários de Armin. Quando seu prato fundo já estava quase vazio, Leona pediu, entusiasmada:

— Mana, você corta o meu cabelo igualzinho ao seu?

— Igual ao meu? — Mikasa apontou para si mesma, surpresa.

— Sim!

— A sua mãe não vai se zangar, Bolinha? — Armin perguntou.

— Não vai não. Ela ia cortar o meu cabelo hoje.

Isso era uma mentira deslavada. O cabelo de Leona estava nos trinques. A franja curta e a nuca aparada indicavam que o corte era recente. Mikasa deu um olhar cheio de pena a Armin. O soldado, contudo, já pensara numa solução.

— Você está mesmo precisando cortar. Acho que tudo bem deixar o cabelo da Bolinha igual ao seu, não é, Mikasa? Eu vou pegar uma tesoura.

Armin deu uma piscadela à Ackerman. Mikasa entendeu a ideia de Armin imediatamente.

— Tá. — Mikasa se levantou. — Vem, eu vou lavar o seu cabelo.

Mikasa levou Leona ao banheiro feminino. Lá havia uma porção de chuveiros de ferro, um do ladinho do outro, e sem nenhuma divisória separando-os. Leona achou aquilo muito estranho, pois os aposentos de sua mãe no quartel-general incluíam um banheiro individual.

— Não, não. — Explicou Mikasa. — Só a sua mãe, os líderes de esquadrão e o capitão Levi têm banheiro no quarto, Bolinha. Sabe os recrutas? Eles nem quarto próprio têm. Eles moram no dormitório.

— Eu já fui lá. É uma casona com um monte de camas. É como uma festa do pijama!

— Não é tão divertido. — Mikasa ligou o chuveiro na água morna. — Agora deite a cabeça um pouco, espera, não muito, se não você molha a sua roupa... isso, assim.

Mikasa ajudou Leona a se inclinar. Leona fechou os olhos e por instinto trancou a respiração quando a água morna bateu em sua testa. Mikasa entrou no personagem e lavou o cabelo de Leona com shampoo e tudo. Depois, voltaram ao refeitório e se encontraram com Armin.

— Preparada, Bolinha? — Armin apontou para a cadeira com a tesoura.

— Sim! — Leona sentou-se, toda contente.

Armin entregou a tesoura a Mikasa. Pelos próximos dez minutos, Mikasa fez bastante barulho abrindo e fechando a tesoura perto da cabeça de Leona, sem encostar nas mechas douradas. Armin prontificava-se em varrer os cabelos imaginários, pois Leona era esperta o bastante para perceber que nenhum fio caiu. Os soldados cantarolavam uma canção infantil. Leona entrou na cantoria, balançando as pernas no compasso da melodia alegre.

Venha me pegarWhere stories live. Discover now