O título da nossa história (FIM DA PARTE 2)

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Olá,

Finalmente acabamos a PARTE 2!! Foram longas 700 páginas! Nem acredito que VMP e eu chegamos tão longe.


Aviso: modifiquei algumas partezinhas do mangá.

Após a leitura do texto, confira as notas finais.


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Eren está no hospital psiquiátrico de Liberio. Aqui há incontáveis soldados eldianos mutilados no corpo e na alma, como o personagem que Eren Yeager atua. O trauma manifesta-se das mais diversas maneiras, e não são poucos aqueles que preferem isolar-se em seu próprio mundo vazio. A parte do hospital favorita de Eren é o jardim. Ele passa as tardes tomando sol, aguardando o dia em que o menino Falco vai aparecer.

Enquanto sua previsão não se concretiza, Eren recebe as visitas de Zeke Yeager, o seu irmão mais velho.

— Eren, nós precisamos salvar a todos.

Zeke arremessa uma bola branca a Eren. Em Paradis existem bolas de borracha como aquela. A de Zeke se chama BOLA DE BASEBALL, um jogo semelhante ao taco-e-bola de Paradis. Eren não divide essa informação com o seu presunçoso irmão.

Eren não consegue apanhar a bola. Ela quica no piso de pedra.

— Ops, deixei cair.

Eren pega a bola de baseball. Ao levantar-se, o olhar de Eren encontra o do irmão. Zeke o contempla com a mesma expressão fraterna da primeira vez em que se encontraram em Marley. Eren percebe que está confundindo duas memórias. Uma dor afiada apunhala sua cabeça e ele perde o equilíbrio. O cenário desfoca-se. Zeke se transforma em névoa.

Então, Eren se vê num pesadelo terrível e inquieto. Ele escuta, de repente, o grito de Mikasa e o estrondo de um tiro. Uma forte dor no pescoço o assoma. Ele entra em pânico ao constatar que seus braços e pernas sumiram. Nesse segundo, a garota do deserto, que visitava-o em suas visões mais obscuras, irrompe em seu limitado campo de visão. Ele sente uma dor inescrutável quando a menina apalpa seu pescoço cortado.

Enquanto a garota mantém contato físico consigo, Eren têm acesso às lembranças dela. Ele conhece o homem de nariz aquilino que ocupou o primeiro trono de Eldia, e vê a menina de joelhos, em posição servil, em vez de sentada noutra cadeira real. Ele pergunta, tolamente: Santa? A menina balança a cabeça. Eren aprende o nome dela. Ymir.

A dor para.

Eren não recorda como era vivenciar aquele sofrimento lancinante embora estivesse sob aflição há alguns segundos. Ele abre os olhos esperando encontrar Ymir, mas o que ergue-se a sua frente é indescritível aos ouvidos humanos e indecifrável por seus cérebros restringidos. A mente de Eren traduz o inexplicável como uma árvore feita das estrelas mais brilhantes do universo. A inefável emite um chiado baixinho e tranquilizador que lembra água, feito chuvisco numa tarde quente.

— Vejo que você gostou da árvore da vida, Eren.

A voz de Zeke sobressalta Eren. Seu irmão está sentado na areia, com correntes pesadas amarradas no pescoço. Zeke parece ter envelhecido trinta anos. Sua barba vai até o peito, seu cabelo está quase tão comprido quanto o de Eren e suas unhas estão imensas. Se fossem colocado lado a lado, sugeririam que Zeke era o seu avô.

— Árvore da vida?

— É. Eu a chamo assim. — Responde Zeke com displicência. — Aqui é a casa do titã fundador, onde todos os eldianos se conectam.

À citação desse conhecimento, uma realização temerosa apossa-se de Eren. Ele olha com espanto para o solo onde pisa.

— Esse deserto não é de areia.

Venha me pegarWhere stories live. Discover now