A primeira parte deu certo.

Olho novamente para o restaurante para ver se não tem ninguém vindo, a barra está limpa então vou até a placa. As letras estão meio falhadas então decido usar o batom para deixá-las mais fortes. Quando termino me afasto um pouco para ver se ficou bom e está razoável.

— E se eles não verem a placa? E decidirem parar antes de chegar no posto? — falo para mim mesma — Talvez se eu chutar a placa e deixar ela torta, Isso chame a atenção deles né? Não custa tentar.

Posiciono meus pés e chuto a barra de ferro duas vezes, ela está torta mas acho que não o bastante então eu chuto mais uma vez e agora está perfeito. Qualquer um que passe vai perceber.

Ótimo, agora eu preciso torcer para eles irem até o posto. Saio de perto da placa e ando em direção do meu carro. Assim que entro me sinto extremamente cansada e automaticamente meu estômago começa a roncar. Eu até pensei em pedir alguma coisa no restaurante mas era ariscado demais.

Ligo o carro e piso no acelerador, próxima parada... posto de gasolina.

Percorro os 400 metros e chego no posto, aproveito para dar uma abastecida, preciso do tanque cheio para voltar.

Quando termino decido colocar o carro no lava jato, acho q assim vai ficar discreto. Estaciono o carro lá e entro direto na lojinha do posto.

O que me resta agora é esperar e torcer...

[...]

Nesse exato momento eu estou sentada no chão com uma latinha de energético e com uma lata de Batata Pringles. Dou um gole no meu energético e um longo suspiro, se eles não chegaram logo... vou para o galpão e depois para a Itália. Meus avós por parte de mãe moravam lá, pelo que eu me lembro é um lugar legal... ou eu também podia simplesmente ir para o México e perguntar para o Juan se eu posso fazer parte dos Los Diablos... desse jeito eu faria parte de uma máfia que é sócia dos Scorpions.
Eu pelo menos teria algum contato com eles de vez em quando.

Saio dos meus pensamentos quando escuto o barulho de um carro derrapando. Ou talvez eu fiquei nos Scorpions mesmo... porque eles acabaram de chegar e agora é o fim.

Me levanto rapidamente e vou até a janela e com dois dedos abro uma fresta da persiana para ver o que estava acontecendo. Vejo a Ferrari preta estacionada na frente do posto. Marcel desce primeiro e dá uma volta no veículo para ver quais pneus estavam danificados. Ele percebe que são dois e faz um sinal para Pierre que logo em seguida abre a porta.

Os dois começam a discutir sobre alguma coisa, e em seguida Marcel começa a vir em direção da lojinha enquanto Pierre se encosta no carro e acende um cigarro.

Imediatamente me afasto da janela e me escondo atrás de uma prateleira de salgadinhos. Segundos depois escuto o sininho indicando que alguém abriu a porta.

Ele entra e começa a procurar por algo, provavelmente um pneu. Mas eu preciso que ele se aproxime de mim, olho para a minha direita e olho para um prateleira de bebidas, cuidadosamente eu engatinho até lá e assim que me levanto jogo uma garrafa no chão. Depois do barulho do vidro se estilhaçando no chão o lugar fica em total silêncio.

— Quem está aí? — o homem pergunta depois de algum tempinho e escuto seus passos se aproximando. Derrubo mais uma garrafa.

Brincando com a morte- Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora