— Com licença! — um homem que aparenta ter uns 40 anos disse — Você que é a Madison né? — pergunta e eu afirmo — Muito prazer, Dr Sloan!

— Prazer — digo e Hacker fecha a porta.

— Muito bem, vamos ver se tem alguma coisa errada com você! Deite-se.

Faço o que ele mandou. O médico começa a dar leves apertões pelo meu abdômen e me pergunta se dói quando aperta, digo que não.

Agora ele está fazendo a mesma coisa mas no meu quadril, ele aperta o lado esquerdo e eu solto um gemido de dor.

— Aqui dói? — pergunta e eu assinto — Consegue esticar e dobrar a perna?

— Consigo, mas dói demais — digo e ele pega na minha perna e começa a fazer os movimentos para esticar e dobrar.

— Dói para andar? — pergunta

— Para andar não muito, mas quando eu fui subir as escadas eu senti várias pontadas na perna.

— Certo. Consegue se levantar?

— Uhum — falo e me levanto.

— Bom, quebrar algum osso, você não quebrou, senão você não estaria andando agora, imagino que você tenha distendido um músculo... mas outro lugar que você sinta bastante dor?

— No ombro — digo me sentando novamente na cama.

— Deixa eu ver... se importa de tirar a blusa rapidinho — O homem perguntou e eu fiquei meio apreensiva, mas obedeci.

— Por que ela precisa tirar a blusa? — Hacker pergunta.

— Acho que ela deslocou o ombro, preciso ver certinho, e a blusa atrapalha um pouco.

— Essa lógica não faz sentido, da para ver perfeitamente por cima da blusa —  o loiro diz e eu o encaro.

— Vinnie, está tudo bem — falo e tiro minha blusa, ficando de calça de moletom e sutiã.

O Dr Sloan pede para eu me sentar com a coluna reta e relaxar os ombros, faço isso e ele faz um sinal com a cabeça.

— Seu ombro direito está fora do lugar — disse — Vou colocá-lo de volta, vai doer um pouquinho.

Faço um sinal de sim com a cabeça e Vinnie vem em minha direção, se senta ao meu lado e pega na minha outra mão.

— 1 2 3 e...

— Puta merda! — exclamo e aperto a mão de Hacker com toda a minha força.

— Prontinho. Você teve um tombo e tanto — fala e eu o encaro confusa — As marcas roxas nas suas costas, a perna...

— Ah sim — digo tentando disfarçar— Nunca mais ando de cavalo!

Ele ri e depois pega sua maleta.

— Isso aqui é uma pomada para os roxos — Me entrega um tubinho — esses daqui são alguns antibióticos para dor, no papel está escrito os horários que você precisa tomá-los — pego as caixinhas na mão — E como você não quebrou a perna, não será necessário engessar, mas precisa ficar de repouso e evitar fazer muita força... e isso daqui — me entrega um creme — são para suas unhas.

Brincando com a morte- Vinnie HackerWhere stories live. Discover now