Os fios castanhos e ondulados de Isabella, dançavam com o vento que fazia no fim de tarde na escola onde estudava, enquanto Christine fotografava o pôr do sol e mandava para Kate Middleton, que não visualizava as fotografias, pois estava a mais uma visita em instituições que era responsável.
A adolescente de 15 anos, olhou para Isabella que estava admirada com tudo que a natureza poderia lhes oferecer, e simplesmente perguntou:
- Você é de onde? - esperou a resposta.
- Do interior da Inglaterra. Bem distante daqui.
- Ah, naquelas áreas mais remotas, né?
- Sim! - aponta em direção ao sol - Minha mãe é enfermeira, e não faz uma semana que nos mudamos para o centro da cidade e ela me colocou aqui. E você? Como é ser filha da Princesa de Gales e ser uma Princesa?
Christine olhou para ela, e por um segundo sua mente processou o que ela estava falando, já que não havia parado para pensar que ela era a Princesa da Inglaterra por ser filha da Princesa de Gales. A adolescente de fios curtos e escuros olhou para sua parceira e colega e ficou boquiaberta.
- Cara, eu sou uma Princesa! - a olhou - Pera! - pegou o telefone e ligou para Kate Middleton.
A mulher de 41 anos caminhava ao lado da diretora do local onde estava em visita, conversando sobre tudo relacionado ao que poderia ou não melhorar, enquanto fotógrafos capturaram cada segundo da mulher alta que usava uma calça de alfaiataria azul, camisa branca e blazer na mesma tonalidade da calça e ouviam atentamente o que ela falava, além de anotarem em blocos de papéis, olharem o novo visual de seus fios mais ondulados e mais claros, antes de perceberem a mesma parando e pedindo licença, pegando o celular e o levando ao ouvido, mas falando tão baixo que era impossível de ouvir.
A voz que ecoava do outro lado da linha era calma e bastante familiar, e mesmo que a Princesa de Gales estivesse em um compromisso real, e foi obrigada a dar todas suas atenções ao momento, atendeu e ouviu Christine perguntando:
- Eu sou uma Princesa, por ser sua filha?
- Tecnicamente, ainda não. Mas quando receber meu nome, sim! - olhou para uma pessoa da realeza, que lhe mandou desligar e voltar, mas ela apenas levantou a mão e pediu para esperar - Por que?
- A Isabella me fez pensar isso! Legal! Eu sou uma Princesa.
- Não sei se esse tom é de alegria ou sarca...- é interrompida pela mesma pessoa - Um momento!! - volta suas atenções para a ligação - Preciso ir, meu amor. Mas sim, você vai se tornar uma Princesa.
- Tá! Beijos e até depois.
- Beijos! - desliga e olha para a pessoa ao seu lado - Não faça mais isso!! - vira e volta para onde estava, sorrindo e continuando a caminhada ao lado da diretora do espaço.
Christine olhou para Isabella, que ria do desconhecimento de seu título real ao se tornar filha de Kate Middleton, pois a menina demonstrava ser muito antenada em muitas coisas, além de ser extremamente inteligente, mas estava perplexa ao saber o que era.
A noite chega no horizonte, enquanto as duas adolescentes olhavam as estrelas surgindo no céu e embelezando a noite, mas precisavam voltar para o interior da enorme escola e encontrar mais alunos em uma última atividade curricular.
No Centro, Kate caminhava pelos corredores de sua casa e por segundos, corria e se escondia de seus filhos, em uma brincadeira.
A porta da sala serviu de esconderijo, enquanto Louis a procurava, assim como seus outros dois irmãos. Quando o viu se aproximando, ficou em silêncio e esperou-o passar, abriu lentamente a porta e o agarrou por trás, dando fim a brincadeira e rindo ao ouvi-lo falar: "Perdi"
Charlotte e George surgiam na sala e riam, mas a menina olhou para sua mãe e pediu que a mulher fizesse docinhos, e prontamente a resposta foi sim, mas que ela não iria fazer sozinha, indo todos em direção a cozinha e Louis no colo da mulher.
Os materiais necessários para o que seria CupCake, estavam postos sobre a bancada de mármore, enquanto Kate arrumava seus filhos para uma função diferente, mas sem perder o espírito de brincadeira que o momento deveria passar para pessoas tão jovens.
O relógio preso na parede, denunciava que às horas estavam passando muito rapidamente, e que em pouco tempo, a Princesa de Gales deveria estar seguindo para o local onde Fernando havia feito uma reserva e que queria "conversar" sobre Christine.
No fundo, a mulher de 41 anos sabia perfeitamente que ele demonstrou ser homem de não desistir fácil, e sabia que esse encontro era mais uma jogada para que ela saísse de maneira errada em todo esse mundo que sua filha adotiva foi colocada, assim como ela.
- Mãe?
Os pensamentos da Princesa voltaram ao mundo real ao ouvir a voz suave e doce de Charlotte a chamando e olhando, enquanto perguntava se o CupCake estava pronto no forno.
A mulher se dirigiu em direção ao mesmo e viu que estava no ponto certo, desligou, afastou todos os filhos e retirou uma forma com mais de 10 bolinhos, pondo sobre a mesa e retirando com cuidado e esperando os olhos derramarem chocolate por cima do que iriam comer e sorriu ao ver William entrando e dizendo:
- Temos bolo da Kate? Ninguém me chamou? - se aproxima de Charlotte, lhe carregando.
- Não são meus, mas deles. Eu apenas auxiliei - riu a mulher, percebendo William a olhando com admiração.
- Você tá linda! Acho que eu já disse isso - olhou confuso para o lado, ouvindo o riso de Middleton.
- Não faz mal falar mais uma vez - se aproximou, o depositando um beijo rápido e voltando para o que estava fazendo - Ah, William, vou precisar ir a um jantar importante, tá?
- Claro! Vai levar os seguranças?
- Vou! - fala firme.
- Quatro! Estamos entendidos?
- Seis! - riu e levou um bolinho em direção aos seus lábios.
- Maravilhoso! - fala com a boca cheia.
Fernando saia do banheiro com apenas uma cueca box branca, caminhava em direção a cama e pegava as peças de alfaiataria que usaria no jantar com a Princesa de Gales e onde iria executar sem plano para fazer com que sua imagem de boa moça, esposa fiel e Princesa perfeita fosse pelo ralo.
O homem fechou os botões da camisa social que gruda em seu corpo musculoso e segundos depois, pôs o terno Italiano e sorriu, penteou o cabelo e olhou para si próprio, sabendo que estava irresistível diante do olhar feminino.
Assim que deram exatas 19h, ele pegou as chaves de seu carro, carteira e saiu, deixando para trás o luxo de seu apartamento e confiante de que iria fazer o que planejou com Rosy.
Kate estava em frente ao espelho, se vendo em um vestido azul royal e fios soltos e ondulados, maquiagem discreta e um sorriso no rosto, quando sentiu William a envolvendo em seus braços pelas costas e sussurrando:
- Você está linda!
- Obrigada! - vira o rosto lentamente e o beija.
- Que jantar é esse? Não estou sabendo de nenhum compromisso real.
- Eu vou encontrar o Fernando - o vê se afastando imediatamente - E estou lhe avisando para que não saiba por conversas tortas.
- Por que você vai jantar com esse cara, Catherine??
- Porque ele vai aprontar alguma coisa, eu sinto isso e eu quero usar isso contra ela - se aproxima e o beija - Eu sei o que eu estou fazendo, amor! E ele não me conhece como você conhece! Então ele não vai me enganar, mas tropeçar na própria trapaça! - o beija mais uma vez - Vou ficar bem e... - pegou o celular, mandando para William a conversa que teve com Fernando - Foi isso que ele me mandou. Então eu sei que tem coisa errada.
- É muito arriscado, e você não vai sozinha! Eu vou com você!
- Não! Eu vou ficar bem, e você não vai me ajudar a conseguir o que eu quero, William! - se afasta, pegando sua bolsa - vou levar os seguranças e eles ficarão ao meu lado - volta em direção ao homem que estava corado devido a raiva - Eu vou mostrar para ele, quem é a Kate - sorri e o beija - Até mais tarde.
- Catherine? Não! - pede.
- Sim! - segue caminho, passando pelo imenso corredor e chegando à entrada, onde já havia três carros lhe esperando e onde entrou em um, mas no banco de trás e não como motorista.
O caminho calmo proporcionou a Kate Middleton a chance de fazer uma chamada de vídeo com Christine, que a viu produzida e sorriu.
- A Princesa indo para um evento de gala - fala com uma das mãos do queixo e deitada de bruços sobre sua cama.
- Sim! Você já jantou? - pergunta enquanto jogava o cabelo para trás.
- Acabamos de jantar, agora estamos nos dormitórios passando tempo. Você tá linda.
- Obrigada, Chris - sorriu, fechando os olhos e criando um biquinho com os lábios, e do outro lado, Christine capturava a dela no aparelho mostrando perfeitamente a Princesa de Gales lhe mandando um beijo - E a Isabella?
- Ela está do outro lado. Olha! - virou a câmera, mostrando a menina de fios cacheados focada nos livros e perguntando: "Você sabe quando foi a revolução canadense?"
Kate, que via o restaurando e o carro estacionando, não deixou abrirem a porta, até que ela terminasse de falar:
- Na verdade, Isabella, o nome não é Revolução Canadense, mas Revolução Tranquila, que aconteceu durante a década de 1960. E foi um período em que ocorreu uma mudança rápida da província de Quebec, no Canadá. O que faz confundir com a Revolução Canadense, mas está longe de ser! - sorriu ao ver a menina anotando tudo que ela fala e gritava: "Obrigada, Princesa!" - De nada! Preciso ir, Chris! Até mais tarde.
- Até e cuidado. - sorriu e desligou, mostrando para a Princesa que estava na hora de sair do veículo e entrar.
Os passos de Kate ecoaram pelo restaurante de luxo, e não demorou nem um minuto para que seus olhos verdes encontrassem Fernando se levantando de uma mesa bem localizada e a olhando com um sorriso desenhado nos lábios ao vê-la se aproximando na companhia de três seguranças, mas ainda mais linda do que já era.
- Princesa?
- Fernando? Vamos direto ao assunto! O que você acha que vai conseguir com esse jantar?
- Apenas conversar, sente-se por favor.
Kate sentou-se em frente ao homem atraente e bem-vestido, enquanto o mesmo tomava um pouco do que parecia ser vinho, e segundos depois disse:
- Não vou lhe causar nenhum mal para ter três seguranças.
- Não confio em você. Fernando! - sorri e o percebe tenso.
- Tudo bem! - cumprimenta os homens que apenas os olha - Vamos ao que interessa.
Fernando iria precisar pensar rápido para refazer seu plano de levar a Princesa de Gales para seu apartamento, pois com três seguranças, seria uma missão impossível, já que eles não iriam desgrudar dela por nada.