Sou Fã Dos Seus Olhos

By ruivinha_blossom

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Essa é uma continuação da "tantos olhares me olhando e eu querendo o seu" contando mais a história dos filhos... More

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cap.03
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cap.05
cap.06
cap.07
cap.08
cap.09
cap.10
cap.11
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cap.64
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cap.66
cap.67
cap.68
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cap.70
cap.71
cap.72
cap.73
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cap.77
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cap.101
Cap.102
cap.103
cap.104
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Cap.107
Cap.108
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cap. 110
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cap.112
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cap.119
Cap.120
cap.121
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cap.123
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cap.127
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cap.129
cap.130
cap.131
cap.132
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cap.136
cap.137
cap.138
cap.139
cap.140
cap.141
cap.142
cap.143
cap.144
cap.145
cap.146
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Cap.148
cap.149
cap.150
cap.152
cap.153
cap.154
cap.155
cap.156
cap.157
cap.158
cap.159
Cap.160
Cap.161
cap.162
cap.163
cap.164 (Baile parte 1)
cap.165 (Baile parte 2)
cap.166(pós baile)
Cap.167
Cap.168
cap. 169
cap.170
cap.171 (Merry Christmas)
cap.172 (Merry Christmas)

cap.151

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By ruivinha_blossom

Evie on:

- Que bom que você chegou irmã, já estava sentindo muitas saudades - digo abraçando ela.

- Eu também Evie, eu precisava tanto de um abraço seu...- ela disse me apertando um pouco, fechei os olhos e fiquei um tempinho abraçada com ela.

- Ei? Tem mais gente pra cumprimentar - disse o Benjamin.

- Tá bom, tá bom! - disse a Tefy se afastando de mim e indo cumprimentar a família.

- Até que enfim você resolveu aparecer né ? Seu tio já não aguentava mais esperar pra poder te ver - disse o Andrew abrindo os braços para abraçar ela.

- Caramba Deluca, você tá um gostoso! - disse ela olhando o mesmo de cima a baixo.

- Eu tô né ? - ele começou a rir um pouquinho envergonhado e passou a mão na barriga - valeu! Você também tá maravilhosa! - finalmente os dois se abraçam.

- E você cresceu muito, da última vez que te você era um toquinho - diz ela enquanto o mesmo sorria e dava um beijo sobre sua testa.

- E a sua vó? Não ganha abraço ? - pergunta a vovó ansiosa pelo abraço dela.

Enfim, depois de toda a recepção calorosa da família para ela, a mesma veio até mim e me abraçou de novo ficando agarrada em mim quieta enquanto todos conversavam.

- Você tá com a pele mais bonita - digo analisando o rosto dela - tá brilhosa, o que fez ? É alguma loção de Paris? - pergunto realmente impresionada o quanto a pele dela está bonita.

- Eu não passei nenhuma loção, apesar de que eu comprei umas incríveis, vou te mostrar depois - ela diz e eu faço uma expressão fofa.

- Você não vai contar como foi a viagem meu amor ? - pergunta nossa mãe então a Tefy sentou no sofá para contar a eles como foi em Paris.

Miguel que estava no colo do Ben, desceu e quis subir no colo da Tefy enquanto ela conta que havia feito um passeio de barco maravilhoso.

Enquanto ela contava mais coisas, Miguel puxava a blusa dela para baixo resmungando e tocando o seio dela.

Olhei para minha mãe para ver se ela havia reparado nisso, mas a mesma pareceu um pouco ocupada trocando a fralda do Brian. Fui até o Miguel e o peguei no colo, o mesmo ainda queria o colo da Tefy que queria ficar com ele mas eu não deixei.

- Eu acho que ele está com fome, vou fazer o leite dele - disse o Ben passando por mim, fiquei tentando acalmar o Miguel que ainda brigava comigo porque queria ficar no colo da Tefy.

Logo a vovó começou a contar umas das histórias dela e isso fez a Tefy levantar e vir até mim.

- Miguelito? Aqui não tem tête - ela nega enquanto coloca as mãos nos seios - titia não tem - diz ela e o mesmo aponta para o peito dela ainda chorando, tento manter ele afastado da Tefy até o Benjamin vir com a mamadeira dele.

Ben pegou o Miguel e sentou com o mesmo para dar a mamadeira. Me afastei lentamente e fui até meu quarto onde me sentei e fiquei pensativa por muito tempo, até ver a Tefy entrar no meu quarto.

- Eu preciso falar com você! - diz ela nervosa fechando a porta.

- Eu sei, eu percebi! - afirmo enquanto coloco um dedo na boca pensativa.

- Tem uma coisa acontecendo e eu tô surtando por dentro - ela tranca a porta e vem em minha direção.

- Eu também estaria surtando se estivesse pensando na possibilidade de estar grávida - falo e ela franziu o rosto.

- Espera, grávida? Do que você tá falando? - ela deu uma risada de nervosa - eu não tô grávida não! - diz ela e eu olho a mesma de cima a baixo.

- Eu não teria tanta certeza! - digo e ela muda sua expressão para assustada.

- Po -por que ? - ela toca em dia barriga e olha para baixo - Por que acha que eu...- engoliu a seco e eu levantei da cama e voltei a analizar ela de cima a baixo.

- Pele bonita e brilhosa - mostro um dedo - Desde que chegou, Miguel não queria ninguém além de você- mostro outro dedo - não por sentir saudades sua, mas sim por querer desesperadamente segurar seus seios! Fora o fato de que você disse que anda super irritada e enjoada - mostro mais dois dedos.

- Mas eu tô menstruando - ela abriu os braços.

- E a mamãe menstruou na gravidez da Júlia e da Bruna - digo e ela arregalou seus olhos.

- Não, eu não tô grávida! - sorriu nervosa novamente.

- Eu faria um teste pra ter certeza - aponto para ela e volto a me sentar.

- Evie, eu não tô e não posso estar grávida! - ela coloca as mãos em meus braços e se senta em minha frente.

- Você lembra da última vez ? - olho no fundo dos olhos dela que automaticamente de encheram de lágrimas.

- Evie...- colocou as mãos em frente o rosto e se inclinou para mim apoiando seu rosto e mãos em meu peito.

- Não vamos voltar nesse assunto... - abraço ela - Mas eu realmente acho que você devia ver isso pra ter certeza de que está tudo certo e que você não está...- engoli a seco e senti meu corpo arrepiar - grávida! - disse rápido e baixo.

- Você vai comigo? - me olha dessa vez.

- Claro que sim! Não se preocupe - passo a mão sobre a cabeça da mesma - mas se não era sobre isso, o que você precisa falar comigo? - pergunto curiosa.

- É ele Evie, ele tá em Paris - ela diz e as lágrimas já escorrem pelo seu rosto.

- Quem? Quem está em Paris ? - pergunto preocupada.

- Harry...- ela sussurrou e eu fechei os olhos sentindo parte do meu sangue borbulhar por dentro de tanto ódio que tenho guardado sobre esse ser desprezível.

- O que ? - digo entredentes tentando manter a calma apesar de que a raiva está presente em minha cabeça.

- Harry...- engoliu a seco e fechou os olhos enquanto lágrimas escorriam de seu rosto - ele me achou...- abriu os olhos e eu a puxei para um abraço.

- Isso fez uma bagunça em você não é ? - digo e ela afirma com a cabeça enquanto me abraça fortemente chorando em meu abraço - calma irmã... Eu tô com você,já superamos isso uma vez e vamos cuidar pra você ficar bem de novo! - digo acariciando seus cabelos.

- Eu me senti tão fraca Ev...- ela deita a cabeça em meu colo e o corpo sobre a cama.

- Eu imagino, tudo voltar pra sua cabeça de repente...- passo a mão sobre o rosto dela- mas eu tô com você tá ? Não precisa sentir medo outra vez - me estico para pegar na gaveta do criado mudo alguns lencinhos. Passo suavemente sobre o rosto dela para não machucar - não se preocupe, a mana cuida de você - dou um beijo sobre o rosto dela.

- Eu só queria um abraço seu quando isso aconteceu, mas você não estava lá... - ela funga e eu sigo limpando seu rosto.

- Eu sei meu amor - sinto meus olhos lacrimejando por ver ela chorar - mas eu tô aqui agora tá ? Eu cuido de você - seguro as lágrimas.

- E a Bru? - ela me olha e eu respiro fundo enchendo as bochechas de ar.

- Ela não tá legal - suspiro - a bichinha está arrasada por causa do namorado - olho para cima pensativa - e ela quer muito ver você - digo e ela levanta.

- Eu também, estava nervosa por não conseguir ir embora logo porque sei que ela precisa de mim - ela limpa o rosto.

- Eu sei que vai ser bom pra ela ter você por perto pois você é quem mais cuida dela - levanto também - mas você precisa muito cuidar de você também irmã - digo preocupada.

- A Bru é mais importante nesse momento Ev - ela respira fundo.

- Não! As duas são! - digo e ela baixa a cabeça - Benjamin, papai, eu e a mamãe estamos cuidando da Bru - coloco as mãos para trás e as fecho - você pode cuidar de você um pouco! - digo e ela molhou os lábios dando uns passos para trás.

- Eu... Eu vou ver a Bru! - diz ela abrindo a porta do quarto e como eu fiquei em silêncio, ela saiu em seguida.

Trago minhas mãos para frente e abro as mesmas vendo as marcas das minhas unhas nas mesmas por às apertar fortemente. Minhas mãos trêmulas agora são viradas para baixo e com uma respiração profunda, tento acalmar o que estou sentindo nesse momento.

- Vai ficar tudo bem...- olho meu reflexo no espelho- você consegue manter tudo sobre controle Evie - digo rápido tentando me convencer disso - você consegue cuidar delas, do Theo, do Ben, da Júlia e do Miguel... E tá tudo bem! - afirmo com a cabeça e passo as mãos nos cabelos.

Sento sobre a cama e coloco as mãos sobre o rosto começando a chorar inevitavelmente, apenas desabo por não conseguir manter nada no controle e tudo estar uma grande droga pra todo mundo.

- Parece que eu sempre chego na hora certa - diz o Tyler que entra em meu quarto - O que tá acontecendo com o meu amor ? - pergunta preocupado vindo até mim.

Corro até o mesmo e sem dizer nada, o abraço fechando os olhos. O mesmo que parece não ter entendido muito, soltou as sacolas que trouxe e me pegou em seus braços me fazendo levantar, carregou até a cama e me fez sentar sobre seu colo.

- Conta pro seu Ty, o que tá acontecendo com você ? - ele pergunta e eu fico quieta - vai mor, conta - ele dá um selinho - conta vai...- faz um biquinho - conta por favorzinho - dá outro selinho - por favor, por favor, por favor - ele começa a brincar com o dedo indicador sobre meus lábios os tocando enquanto ele faz um barulho engraçado com a boca.

- Bobo! - sorri com a gracinha dele.

- Até que enfim Rapunzel jogou suas tranças - ele levanta as sobrancelhas - e aí? Vai me contar o que tá deixando meu mundinho May triste ? - preocupado, toca meu rosto fazendo uma carícia que foi até minha nuca.

- São tantas coisas a dizer que eu não sei nem por onde começar...- enchi as bochechas de ar, olhei para cima e segurei as lágrimas que insistiam em cair conseguindo evitar elas.

- Hum...- novamente fez biquinho - que bom que eu tenho tempo, chocolate e uma nova temporada de Grey's anatomy não assistida, pronta e esperando por nós - diz ele dando um sorriso fofo com uma piscadinha - eu realmente trouxe uns docinhos pra você - seus braços se envolvem ao meu redor me puxando para mais perto de seu corpo - mas vou esperar quando você quiser falar... Eu tô aqui pra ouvir tá bom? Se não quiser falar, também tô aqui pra assistir Grey's anatomy comendo chocolate de conchinha - fez uma expressão fofa que me fez sorrir - ou se não quiser fazer nada disso, posso apenas ficar abraçado quieto esperando a dor que tá aqui dentro...- ele toca com o dedo indicar no meu peito do lado esquerdo - passar...- beija minha testa - tô aqui pra qualquer opção e pra novas opções se você quiser - voltou a fazer carinho em mim.

- Você realmente aparece no momento certinho - me aconchego em seus peito.

- Eu tenho um radar chamado "Evie May", ele apita toda vez que minha loira tá triste ou com raiva - ele diz e isso me fez rir.

- Radar "Evie May"? - fecho os olhos.

- Sim... Você nem precisa chamar meu nome, para que eu apareça pra você - ele fica me fazendo carinho e aos poucos aquela sensação ruim que eu sentia vai sumindo conforme vamos conversando, ele conseguiu me acalmar.

Jennie on:

- Jennifer? Seu pai está lhe chamando na sala principal - disse um dos seguranças batendo na porta.

- Huhum- digo sem dar muita importância enquanto termino de me arrumar.

Estou prestes a ir para um date com o Tae que depois de muito tempo finalmente decidiu aceitar esse convite, mas com a condição de que ele iria pagar o jantar.

Eu particularmente achei uma grande bobagem isso pois já disse a ele que não me importo de pagar, mas o mesmo insistiu que ele devia pagar. Eu aceitei porque pelo menos assim, ele decidiu sair comigo.

Pedi para que ele escolhesse um lugar que fosse mais simples para que não houvesse tantos olhares por causa dos paparazzis, claro que na verdade, eu disse para que ele se sentisse mais confortável já que achei que ele se sentiria desconfortável em um lugar que estou acostumada a ir, pois o mesmo demonstra um certo desconforto com isso.

Terminei de me arrumar e mandei mensagem para ele dizendo que estou pronta, que o mesmo podia vir aqui para que a gente saísse enquanto descia para a sala.

- Meu amor - disse minha mãe que veio até mim e me abraçou, fiquei surpresa pois não esperava ela aqui - que saudades sua! - ela me aperta e eu fico sem reação alguma.

- O que você tá fazendo aqui? - pergunto sem entender.

- Eu vim porque tenho uma notícia - ela se afasta um pouco e toca meu rosto - você está tão linda minha menina - ela me gira e logo me abraça de novo - que saudades meu amor! - beijou minha bochecha duas vezes.

- Que notícia? - disse um pouco desconfortável ao me afastar.

- Seu pai e eu decidimos que vai ser bom pra você se ficarmos todos juntos aqui, em Los Angeles! - ela diz e eu arqueei uma sobrancelha.

- Espera aí, vocês são casados ainda ? - pergunto um tanto confusa.

- Mas é claro que sim Jennifer! - disse meu pai e eu arqueei uma sobrancelha - e decidimos que para o seu bem, vai ser bom ela ficar só aqui, sem mais trabalhos em outros países! - disse ele abraçando ela de lado enquanto ambos sorriam.

- Hum... Que legal...- disse tentando sorrir, mas felicidade não é o sentimento que eu sinto.

- Também decidimos que seria bom te darmos um irmãozinho - disse ela encostando a mão no peito do meu pai que aperta a cintura dela.

- Sim, vai ser bom pra você ter alguém com quem compartilhar tudo isso quando nós dois não estivermos mais aqui - ele olha ao redor - ainda mais agora que a Louis Vuitton pertence somente a mim agora - ele diz e eu levanto as sobrancelhas - você fica cuidando da Channel e o seu irmão ou irmã, cuida da Louis Vuitton - diz ele sorridente colocando a mão no bolso de seu terno.

- Legal pai...- aperto os lábios.

- O que houve? - pergunta ela demonstrando preocupação.

- Eu só espero que vocês saibam cuidar dele melhor do que cuidaram de mim - Sinto meus olhos lacrimejando - porque sinceramente, pôr outra criança no mundo pra tratar da mesma maneira que me trataram é algo que eu não desejo a ninguém - seguro as lágrimas para não borrar minha maquiagem.

- Que isso Jennie? Não fala bobagem que a gente te criou muito bem! - disse meu pai.

- Ah sim, ela sem tempo e você me vendendo por 2 bilhões - aponto para ela e depois para ele.

- Filha...- disse minha mãe vindo até mim.

- Não posso agora, mãe - faço um gesto com a mão para que ela pare- eu tenho um compromisso - disse passando por ela - ah - me viro para ela - mas fica tranquila que tem desenho na tv e se você quiser algo pra comer, os empregados fazem! - digo e ela baixa seu olhar até baixar toda sua cabeça, ela sabe que durante anos foi a frase que eu mais ouvi dela e provavelmente aquilo pesou nela, mas não doeu tanto quanto em mim quando criança.
Virei de costas e comecei a andar até a porta.

- Jennifer? Aonde você vai ? - pergunta ele.

- Ver se tô valendo 2 bilhões ainda na esquina ou se a essa altura, 50 dólares já basta - falo e o mesmo de cala - fico feliz que vocês decidiram que ficar juntos agora é o melhor pra mim e que seria bom eu ter um irmão pra compartilhar as coisas, pena que decidiram tarde demais! - digo e abro a porta saindo de lá.

Fui até a garagem e lá destravei com as chaves, meu Porsche esmeralda, entrei no mesmo e fiquei mexendo no celular até ver a mensagem do Tae dizendo que já está em frente ao endereço que eu passei para ele.

Fui até a frente de casa para mandar ele entrar para irmos de carro, mas tive uma surpresa ao ver o mesmo.

- Boa noite - disse o mesmo parecendo nervoso - então... Eu não tenho um cavalo branco e nem um carro, mas tenho uma bicicleta maneira que dá pra carregar no bagageiro - ele diz abrindo um sorriso nervoso e tímido enquanto coloca a mão no bagageiro da bicicleta.

- Boa noite Tae-Tae - disse fazendo uma expressão fofa por achar uma gracinha o nervosismo, vou até o mesmo e dou um beijo na sua bochecha o que fez ele ficar vermelho instantaneamente.

- Ham... Vo-você, você T-tá linda- disse me olhando de cima a baixo e coçando a nuca.

- Obrigada! Você também tá gatão! - pisco para ele dando um sorrisinho.

- Oh... Valeu! - disse ainda nervoso.

- Então... Bicicleta? - olho para o veículo dele.

- Ham... É, é - afirmou com a cabeça e olhou para a bicicleta, bateu duas vezes com a mão no guidão da mesma - é uma barra circular, muito boa! É rápida e leve pra andar - ele faz meio que um carinho na bicicleta e volta a olhar para mim.

- Gostei da cor!- disse observando o tom de laranja da mesma.

- Eu também! - disse ele animado - laranja é minha cor favorita! - passa a mão no cabelo e sorriu sem mostrar os dentes.

- Ok! - digo e vou até a parte de trás da bicicleta - uma perguntinha - levanto a mão - promete não rir de mim? - pergunto fechando os olhos receosa.

- Essa já é sua pergunta ou você tem outra pergunta e eu não devo rir da sua próxima pergunta? - abro os olhos ao escutar o mesmo que pareceu confuso.

- É outra pergunta - molho os lábios, ele afirmou com a cabeça e eu respirei fundo - Como que sobe nela? - pergunto e ele franziu as sobrancelhas - tipo... Eu vou em pé nesse negócio aqui? - toco na traseira da bicicleta.

- No bagageiro? - pergunta confuso e eu afirmo - não! Claro que não! - o mesmo começou a rir - como assim você pensou que vai em pé ? - ele coloca a mão sobre o rosto e segue rindo.

- Ei? Eu disse que não era pra rir! - dou um tapa de leve no braço dele.

- Desculpa, desculpa! - mostra as mãos em rendição - é que não faz sentido nenhum ir em pé no bagageiro da bicicleta - ainda sorrindo.

- Eu sei lá, nunca andei de bicicleta então não faço a menor ideia de como se usa isso aí - aponto para o bagageiro e ele faz uma expressão de surpreso.

- Você nunca andou de bicicleta? - pergunta boquiaberto.

- Não! - arqueei uma sobrancelha-
Meus pais achavam muito perigoso e aí quando criança me deram um carro daqueles elétricos pois eram melhores e não ia ter perigo de cair e ralar o joelho ou o rosto - cruzo os braços.

- Espera, você tem dezenove anos e está me dizendo que nunca andou de bike ? - ele realmente tá impressionado com isso, balanço os ombros e afirmo com a cabeça - você precisa aprender! Como que um ser humano na terra não sabe andar de bicicleta? - pergunta indignado.

- Era perigoso, segundo meus pais - enchi as bochechas de ar e desviei o olhar ficando pensativa.

- Perigoso? Claro que não! Da onde isso? - ainda indignado com a situação- claro que você se machuca, tipo uma vez que eu bati de cara num carro - diz ele pensativo - ou de uma outra vez que eu bati de cara no poste e quebrei o nariz - coloca o dedo indicador sobre o canto do lábio ainda pensativo - ou da vez que eu bati em uma outra bicicleta e cai dentro da valeta de esgoto - faz um biquinho e eu faço faço uma careta - mas não é perigoso não, tudo bem que eu já quebrei o nariz, o braço e a clavícula andando de bicicleta - me olha - mas não tem nada de muito perigoso se você parar pra analisar - coloca as mãos na cintura se apoiando na bicicleta.

- Ok, talvez a gente possa ir de carro né ? Se voce não quiser que meu motorista nos leve, podemos chamar um Uber - aponto com o dedo polegar para trás de mim enquanto dou um sorriso nervoso.

- Você não precisa ficar com medo, eu não vou te deixar cair e nem machucar - ele segura os guidões da bicicleta agora.

- A gente vai chegar mais rápido, tem certeza que não quer ir de carro? - pergunto ainda receosa.

- Eu prometo,que não vou te machucar, confia! - estende a mão e eu apesar de sentir receio, seguro sua mão e com a ajuda dele, subo na bicicleta.

- Minhas pernas ficam abertas? - pergunto enquanto vejo ele subir na bicicleta.

- Sim, por que ? - pergunta me olhando por cima do ombro.

- Porque eu estou de vestido! - digo e ele olha para trás assustado.

- Ah é verdade, esqueci! - desceu da bicicleta e me ajudou a sentar de lado com as pernas fechadas - pronto! - disse sorridente e subiu novamente na bike.

- Tae? - o chamo novamente levantando a mão - cadê o cinto de segurança da bicicleta? - pergunto preocupada pois não tem nada me protegendo de cair aqui.

- Está aqui - ele que está de costas para mim, estica os braços para trás e pega os meus pulsos, me puxa para frente e cruza meus braços ao redor da sua cintura - você segura firme pra não cair - ele diz e eu abraço mais firme sua cintura.

O mesmo começou a pedalar e eu senti um friozinho na barriga, pode parecer uma coisa super boba, mas para mim foi super insano subir em uma bicicleta pela primeira vez e isso me fez ficar de olhos fechados por pelo menos uns cinco minutos.

O frio na barriga foi passando quando comecei a sentir o cheiro dele. Tae cheira a um aroma de maracujá, um cheiro suave que me faz pensar em coisas felizes.

Novamente de olhos fechados e com o nariz encostando praticamente em sua roupa, seu perfume me levou a um campo florido. Me via correndo e brincando em meio ao verde, me escondia as vezes no meio das flores e logo deitava sobre a grama para olhar o céu. O sol brilhava radiante como sempre e as nuvens tinham formatos de bichos e comida.

Aquela sensação de estar em um lugar de ponto de paz, um lugar totalmente seguro e aconchegante na qual você gostaria de morar lá para sempre, mesmo com os dias chuvosos e nublados aquele lugar traz conforto.

Abri os olhos e inclinei um pouco a cabeça para ver o mesmo que cantarolava uma música enquanto seguia pedalando.

Meus olhos se perdiam sobre seu rosto enquanto eu o abraçava sentindo como se em meus braços, estivessem segurando aquele campo florido na qual eu corria livremente sem preocupações, sem medo e sem vontade de voltar para casa.

...

- Eu me certifiquei que esse lugar tivesse preparo de alimentos sem glúten e lactose pra você - ele diz enquanto olha o cardápio - e olha, tem mesmo! - ele aponta para o cardápio - meu Deus que negócio caro! - arregalou seus olhos assustado com o valor.

- Não tem problema, eu pago! - digo enquanto bebo um pouco de água que eu havia pedido.

- Não, não! Não estou reclamado - nega com a cabeça - eu pago, não tem problema... - ele diz fazendo uma expressão de preocupação enquanto coça a nuca e olha para o cardápio.

- Tem certeza? - arqueei uma sobrancelha.

- Foi o que combinamos, não foi? - afirmo ao escutar sua pergunta- então tudo certo! - fechou o cardápio - o bom é que aqui não parece ser um lugar onde paparazzis vão se enfiar pra incomodar você né? - passa a mão no cabelo.

- Pois é - respirei fundo e olhei pela janela do restaurante- na última vez meu pai deu uma leve surtada porque eu tava comendo coisas da rua, na rua - faço um biquinho e volto meu olhar para ele.

- Ah... Ele não gostou é? - ele pareceu um pouco desconfortável, desviou seu olhar para baixo e ficou cabisbaixo.

- Não muito, mas eu não ligo! - digo e ergui um pouco a cabeça - eu me diverti bastante e o lanche do Joe é maravilhoso! - levantou a cabeça ao me ouvir e um sorriso espontâneo apareceu nele - além disso você foi a melhor parte de tudo, é uma ótima companhia sabia? Mesmo com suas piadas de tiozão - falo e solto uma risadinha em seguida fazendo o mesmo fazer o mesmo.

- Ei? A da chuva pegar ônibus é boa - apontou para mim - e a do bombeiro que não gosta de andar também é poxa! - juntou as mãos.

- Seu humor é quebrado Tae-Tae, as piadinhas são tão ruins que se tornam boas - coloquei uma mexa do cabelo para trás da orelha.

- Boa noite, querem fazer o pedido? - pergunta o garçom.

- Eu vou querer esse sachê aqui e suco de maracujá - diz ele apontando para o cardápio.

- Sushi, ele quer sushi! - digo e o garçom anota.

- Isso aí, Sushi - diz o Tae afirmando com a cabeça.

- Eu quero uma isca de linguado sem molho tártaro e sem fritas - digo e olho o preço, notei que o sushi é de um preço mais barato do que o linguado e isso me faz ficar pensativa por um breve momento - não pode cancelar, eu vou querer o mesmo que ele! - fecho o cardápio.

- Pode pegar o linguado, não tem problema - diz o Tae que também fecha o cardápio.

- Não, não, eu adoro Sushi! Eu prefiro! - dei um sorriso de canto de boca tentando convencer ele de que eu gosto de sushi, na verdade eu detesto- você já comeu sushi? - pergunto me ajeitando na cadeira.

- Não, nem imagino que gosto tem - ele balança os ombros, fico em silêncio enquanto penso que eu detesto sushi.

- Espero que goste - levanto as sobrancelhas.

- Eu quero te fazer uma pergunta, mas por favor não se ofenda com ela - ele faz um barulho com a garganta e bebe um pouco de água.

- Tá bom! - disse rápido.

- O que você quer? - pergunta e eu fico surpresa com isso o que me deixa sem saber o que responder - você quer castigar seus pais? É isso? - cruza os braços.

- Co-como assim? - sorri nervosa e bebo um pouco d'água novamente.

- É birra que você está fazendo pra eles ? - arqueou uma sobrancelha - porque eu quero acreditar que você realmente quer sair comigo... Mas não consigo - ele nega com a cabeça.

- Por que não consegue acreditar ? - franzi os olhos - não gosta de mim? - pergunto receosa.

- Sim! Claro que eu gosto de você! - coloca os cotovelos sobre a mesa - você é uma garota engraçada, é inteligente, fofa, é carinhosa, linda, muito linda mesmo...- fez uma pausa e respirou fundo, passou a mão sobre a nuca e me olhou nos olhos - você é maravilhosa! - diz e eu fico confusa.

- Então qual o problema? - pergunto sem entender o que ele quer dizer.

- O problema não é você - negou com o dedo indicador - o problema sou eu! O problema não está em você mas sim em mim!- aponta com o dedo e bate sobre o próprio peito com ele - por que quer ficar perto de um cara como eu ? - franziu o rosto.

- Gosto de você - digo apoiando a cabeça sobre a mão enquanto olho ele com admiração.

- Por que ? - pergunta indignado - O que é que você viu em mim? - aponta com as mãos para si mesmo encostando elas sobre o peito em seguida - por que você me olha assim? - ele me olha no fundo dos olhos confuso por eu ainda olhar com admiração ele - tem tanta gente interessante... então por que eu?- olha ao redor enchendo as bochechas de ar - o único motivo que a minha cabeça entende, é você querer castigar seus pais! - volta a olhar para mim.

- Se for castigo pra eles...- me inclino para frente apoiando os cotovelos sobre a mesa enquanto cruzo os braços - eu querer um homem honesto, trabalhador, gentil, dedicado, humilde, engraçado, fofo e extremamente gato...- desço meu olhar de seus olhos para a sua boca, voltando para seus olhos em seguida - então sim, talvez eu queira castigar eles! - faço um biquinho enquanto afirmo com a cabeça.

- Jennifer ? - ele se inclina para frente e toca minhas mãos - você tem vários pretendentes maravilhosos e muito mais interessantes que eu- olho para nossas mãos que o mesmo segura, em seguida voltei a olhar seus olhos - você teve o filho da Rihanna aos seus pés...ele passou o tempo inteiro atrás de você naquela festa - diz ele e eu o interrompi ele.

- E eu não dei a mínima, porque passei a festa inteira tentando encontrar você! - me inclino para ele que fica em silêncio me olhando nos olhos - eu queria chegar perto de você, falar com você, tocar você! - digo e vejo um pequeno sorriso sem mostrar os dentes aparecer no canto de sua boca - eu sei que tinha o filho da Rihanna e mais um bando de famosos atrás de mim...- respirei fundo fazendo uma pequena pausa - mas enquanto os olhares todos estavam em mim, o meu só procurava por você...- digo e vejo os olhos do mesmo ficarem com um brilho diferente.

- Por que tá fazendo isso comigo? - pergunta o mesmo com uma voz um pouco mais rouca e os olhos com lágrimas - eu não posso te dar a vida que você merece...- apertou os olhos tentando segurar o possível choro - eu não tenho nada pra te oferecer...- ele baixa a cabeça ficando chateado.

- Você tem uma coisa pra dar que dinheiro nenhum compra - toco o rosto dele e coloco para o lado o cabelo que ficou sobre seus olhos.

- O que ? - pergunta e eu levanto seu rosto fazendo o mesmo me encarar.

- Amor...- me aproximo e dou um selinho no mesmo que ficou surpreso - você é uma pessoa muito amorosa Tae-Tae, só pela maneira que fala da sua mãe e irmãos... Apesar de não entrar em muitos detalhes sobre sua família, você sempre faz questão de dizer o quanto os ama e que faria tudo por eles - faço uma expressão fofa - és encantador! É de se admirar muito! - sorri ao ver ele corar - eu tenho vários motivos para falar o que eu vi em você, tenho vários motivos para dizer o porquê te olho assim e tenho vários motivos para dizer, o porquê você é interessante e porque tem que ser você- olho para o lado e bebo um pouco de água - mas eu decidi resumir em uma palavra apenas, Único! - volto a olhar ele - você é único Tae-Tae...isso me atrai - digo e ele sorriu.

- Você acabou comigo agora...- colocou a mão sobre o peito do lado esquerdo enquanto de emocionava.

- Espero que você entenda pelo menos agora, que se tivesse que escolher de novo entre você e o "filho da Rihanna"- faço aspas com os dedos - eu escolheria você de novo, Moon Gent-Tae - digo e ele ri.

- Ok...- afirmou com a cabeça ainda sorrindo só que sem mostrar os dentes dessa vez - mas é Gang-Tae! - aponta para mim.

- É muito difícil! - revirei os olhos - Mozinho é mais fácil! - digo e ele novamente fica vermelho.

- Meu Deus - ele começou a rir e colocou a não em frente ao rosto.

- Tô brincando Tae-Tae, não fica com vergonha não - mostro as mãos em rendição.

- Aqui estão seus pedidos! - disse o garçom que entrega o meu Sushi e depois entrega o dele.

- Hum... Tá com uma cara bonita - diz ele observando, o mesmo pega o hashi e tenta segurar apenas com uma mão - eita que negócio difícil - ele coloca um pedaço da língua para fora a deixando no canto da boca, ele tentou três, quatro, cinco vezes e não teve sucesso com o hashi - o palitinho chato! - ele faz um biquinho ficando chateado.

- Espera aí - levanto e levo meu prato até ele o deitando ao seu lado, pego minha cadeira e a levo até ele. Me sentei ao lado dele e me ajeitei.

- Eu sempre achei que fosse mais fácil comer com os palitinhos - sorriu sem graça.

- Não difícil, você pega o jeito - coloquei meu cabelo para trás e peguei o hashi- É assim que você segura ele - arrumo em minha mão - depois você pega o sushi - pego um dos sushi do meu prato levo em direção a sua boca enquanto coloco a mão embaixo do hashi para caso o sushi caia. Coloquei em sua boca e o mesmo começou a degustar.

- Ai meu Deus - ele fez uma expressão de nojo e colocou a mão na boca, fechou os olhos e fez várias caretas enquanto terminava de mastigar até engolir - Jennie, isso é horrível! - ele diz e bebe um pouco de suco.

- É, é sim! Que bom que também não gostou - faço uma careta olhando pro sushi.

- Espera, você não gosta de sushi e pediu ? - ele pergunta indignado.

- Eu ia fazer um esforço pra comer... Mas é, eu detesto sushi e teria preferido mil vezes ir no hot dog do Joe - falo e ele sorriu.

- Não precisa pegar algo que não gosta só pra me agradar - diz e eu pego um guardanapo de papel e limpo o canto da boca dele que sujou de molho - eu até te levaria no hot dog do Joe, mas agora não vou ter como porque vou gastar muito nisso - torceu a boca ficando um pouco chateado.

- Olha, eu sei que combinamos que você ia pagar... - bebo um pouco de suco - mas se quiser, eu posso pagar aqui dessa vez e você e eu vamos ao hot dog do Joe e aí você me paga um dog duplo - viro meu corpo para ele.

- Mas... - ele ia falar e eu coloquei o dedo indicador em frente aos seus lábios.

- Vamos ao hot dog! Eu pago aqui e você paga lá, tá bom? - falo e ele apenas afirma parecendo um pouco receoso de me contrariar.

...

- Ainda bem que conseguimos comprar o pão sem glúten e que o Joe ainda está aberto - disse ele se sentando ao meu lado na calçada segurando seu hot dog.

- Muito melhor do que aquele Sushi - digo e mordo um pedaço do meu dog.

- Muito melhor! - sorriu também mordendo seu dog.

Ficamos ali, na calçada ao lado do trailer do Joe jogando conversa fora, comendo um hot dog duplo ao lado da bike dele que por sinal ele não me derrubou nenhuma vez ainda, isso é ótimo.

...

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