Sou Fã Dos Seus Olhos

By ruivinha_blossom

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Essa é uma continuação da "tantos olhares me olhando e eu querendo o seu" contando mais a história dos filhos... More

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cap.01
cap.02
cap.03
cap.04
cap.05
cap.06
cap.07
cap.08
cap.09
cap.10
cap.11
cap.12
cap.13
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Cap.17
cap.18
cap.19
cap.20
cap.21
cap.22
cap.23
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cap.25
cap.26
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cap.28
cap.29
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cap.31
cap.32
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cap.40
cap.41
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cap.49
cap.50
cap.51
Cap. 52
Cap.53
cap.54
cap.55
cap.56
cap.57
cap.58
cap.59
cap.60
cap.61
cap.62
cap.63
cap.64
cap.65
cap.66
cap.67
cap.68
cap.(34+35)
cap.70
cap.71
cap.72
cap.73
cap.74
cap.75
cap.76
cap.77
cap.78
cap.79
cap.80
cap.81
cap.82
Cap.83
Cap.84
Cap.85
Cap.86
Cap.87
Cap.88
cap.89
Cap.90
Cap.91
cap.92
Cap.93
cap.94
cap.95
cap.96
cap.97
Cap.98
cap.99
cap.100
cap.101
Cap.102
cap.103
cap.104
cap.105
cap.106
Cap.107
Cap.108
cap.109
cap. 110
cap. 111
cap.112
cap.113
cap.114
cap.115
cap.116
cap.117
cap.118
cap.119
Cap.120
cap.121
cap.122
cap.123
cap.124
cap.125
cap. 126
cap.127
cap. 128
cap.129
cap.130
cap.131
cap.132
cap.133
cap.134
cap.135
cap.136
cap.137
cap.138
cap.139
cap.140
cap.141
cap.142
cap.143
cap.144
cap.145
cap.146
cap.147
Cap.148
cap.150
cap.151
cap.152
cap.153
cap.154
cap.155
cap.156
cap.157
cap.158
cap.159
Cap.160
Cap.161
cap.162
cap.163
cap.164 (Baile parte 1)
cap.165 (Baile parte 2)
cap.166(pós baile)
Cap.167
Cap.168
cap. 169
cap.170
cap.171 (Merry Christmas)
cap.172 (Merry Christmas)

cap.149

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By ruivinha_blossom

Lucca on:

Fazem duas semanas hoje que eu não consigo assistir as câmeras que coloquei no quarto da minha mãe, também não conseguia vir vê ela pois aquela mulher quebrou meu notebook e pegou meu celular. Eu falei com a tia Maya e ela disse que veio aqui cuidar dela durante essa semana e na semana passada veio o tio Bailey. Ela estava triste e eu perguntei o por quê, logo, recebi a resposta da mesma que ela está para se divorciar do Ricardo e isso a deixa triste, fiquei perto dela e cuidei  enquanto ela chorava, também pedi a ela que me emprestasse o celular por alguns dias que logo eu iria devolver, ela me emprestou e em seguida foi pra casa pois precisava levar os meninos para a escola.

Fui até o quarto da minha mãe e lá vi a mesma sentada imóvel, me aproximei dela e sentei em sua frente observando a mesma que parecia estar ainda mais distante do que antes.

- Não tá sendo nada fácil isso...- Enchi meus olhos de lágrimas bando ela.

Para disfarçar, baixo minha cabeça e automaticamente minha mão vai em direção ao meu rosto para tirar os cabelos de frente dos olhos, mas dessa vez não foi possível tirar eles pois os mesmos não caem mais sobre o rosto, isso me fez apenas fazer o gesto no ar.

- Minha vida virou de cabeça para baixo de uma hora para outra - suspiro e fecho os olhos - papai morreu...- minha voz falhou- você está aqui, mas não está - abro os olhos novamente - aquela mulher vai acabar conseguindo a nossa guarda, o que vai transformar nossa vida num inferno pois é o que ela está fazendo - levanto a cabeça agora e não consigo evitar lacrimejar os olhos - que droga! - coloco as mãos em frente ao rosto e sinto as lágrimas escorrendo - tá doendo tanto mãe...- disse com uma voz rouca e chorosa - não só em você - não pude segurar a crise de choro que veio e isso me fez sentir quando um bebê chora muito e fica sentido, aquela palpitação e uma falha para respirar.

Me virei de costas para ela e apoiei minha cabeça sobre o peito dela, peguei seus braços e coloquei ao meu redor. Fechei meus olhos e fiquei imaginando ela me abraçando de verdade e dizendo que aquilo tudo vai passar, que é uma fase ruim mas que vamos superar já que somos Hidalgo's.

Ali em seus braços, voltei a chorar, a chorar como se fosse a única coisa que eu conseguisse fazer no momento, eu nunca me senti tão mal como me sinto nesse momento. Eu sempre gostei de ficar sozinho, mas agora percebi que  estar sozinho é  diferente de se sentir só, e é
muito ruim o sentimento de solidão.

Depois de um bom tempo chorando eu finalmente fui me acalmando, aquilo me fez sentir muito sono até que eu dormi no colo dela  apenas sentindo o quentinho do seu corpo.

...

Acordei e vi que já havia se passado algumas horas desde que a tia Maya me emprestou o celular. Levantei e vi que minha mãe estava exatamente do mesmo jeito que antes, a única diferença é que a mesma estava com a boca aberta babando muito. Peguei um lencinho e limpei sua boca, mas a mesma seguida com a boca aberta, olhos fixos para frente com aquele olhar distante e na mesma posição.

- Tem alguma coisa errada...- franzi os olhos observando a mesma, passei a mão em frente aos seus olhos e eles nem moviam, fingi que iria acertar um soco para ver se assim ela piscava, mas nem assim ela piscou. Isso me assustou um pouco - mãe ? Você tá me ouvindo ? - toco seus ombros e balanço um pouco ela - mãe ? - novamente a balanço mas ela seguiu exatamente da mesma maneira, parece que ela está dormindo mas com os olhos abertos.

Peguei o copo que estava no criado mudo e fui até o banheiro para pegar um copo de água, não para dar para ela tomar mas sim para molhar seu rosto.
Ao entrar no banheiro vi um pequeno fraco de um remédio líquido sobre a pia, peguei o mesmo e estranhei já que não me lembro da minha mãe tomar esse aqui.

Ia pesquisar o que era mas fui interrompido por um barulho alto de vidro se quebrando, corri para o quarto e vi que nele estava minha mãe de pé ao lado da cama, no chão há o porta retrato de casamento dos meus pais quebrado, em cima do outro criado mudo que está com o abajur, há um outro frasco desse mesmo remédio que eu não havia visto antes mas estava lá até minha mãe pegar ele.

- Hu hum hu - ela faz uns barulhos estranhos enquanto tenta abrir o fraco, vou até ela e pego o mesmo da sua mão - ah - ela não fala nada, apenas emite aquele som enquanto aponta para seu braço - Hu - aponta para o remédio - ah - nervosa a mesma aponta novamente para seu braço e bate com o dedo indicador - ah,ah - ela se aproxima e bate novamente com o dedo indicador no seu braço.

- O que você...- paro de falar ao notar que seu braço está cheio de hematomas roxo na região que ela aponta, pego o outro braço e puxo sua manga para ver e lá está o mesmo com um curativo nele.

- Hu, Hu - ela faz um gesto com a cabeça apontando para o remédio na minha - ah ah, ah ah - ela aponta para o nariz dela agora e abre a boca colocando parte da sua língua para fora - ah ah - olho para ela assustado por ver ela suar - ah ah - ela aponta para dentro da boca agora e aponta o remédio.

- Não! - digo me afastando ainda assustado por ver ela.

- Ah ah - ela aponta para si mesma e eu nego com a cabeça.

Ela então começou a olhar de um lado ao outro assustada, seus olhos estavam tão arregalados que parecia que ia dar um troço nela. Suas mãos começaram a tremer de uma maneira que me deixou nervoso por não saber o que está acontecendo.

- Mãe? - solto o remédio sobre a cama e vou até ela que começou a bater com as mãos fechadas em sua cabeça- para, para mãe! - tento segurar as mãos dela mas não consigo por ela bater forte em si mesma.

Ela se agachou no chão e sentou em seguida, a mesma pegou seu braço que está cheio de hematomas e começou a coçar, não uma simples coceira mas sim em um modo desesperado, como se quisesse arrancar sua pele fora, isso fez com que ela começasse a machucar ainda mais a sua pele.

Segurei a mão dela e tentei parar ela antes que ficasse pior. Ela finalmente olhou nos meus olhos e assim ela parecia estar com muito medo em seus olhos. Cruzei os braços dela em frente ao seu corpo fazendo com que suas mãos tocassem seus ombros, nisso fiquei atrás dela segurando os mesmos até ela se acalmar.

Senti a mesma tremer todinha, a respiração dela se tornou ofegante e ela começou a fazer aqueles barulhos estranhos como se fossem gemidos de dor enquanto tentava se mexer. Ela ficou tão agitada que acabou se urinando toda.

...

Depois que finalmente acalmei ela, levei a mesma para tomar um banho.
Peguei o óculos de engenharia do meu pai e umas luvas que ele tinha lá e assim fui. Liguei o chuveiro e esperei embaçar a lente para assim poder começar a tirar a roupa dela já que agora ela não consegue tomar banho sozinha mais.

Como só via a silueta dela, fui tirando sua roupa até que ela ficasse nua, a coloquei debaixo do chuveiro e tentei pegar o sabonete mas aquela luva era o dobro da minha mão e tava difícil de apertar o mesmo.

- Ok... Ham... Tá... - fiz um barulho com a boca e tirei as luvas pegando o sabonete e passando cuidadosamente nela. Como eu tive que entrar embaixo do chuveiro para lavar ela, o óculos desembarcou assim que molhou o que me fez fechar os olhos e tentar terminar aquilo o mais rápido possível.

Peguei a toalha assim que vi e enrolei ela, depois peguei uma outra e  me sequei. Levei ela para seu quarto e deixei ela sentada sobre a cama na qual tirei o remédio de perto dela. Fui até meu quarto e peguei uma roupa, troquei e voltei para o dela onde vesti a mesma o que foi mega difícil de olhos fechados.

Dei o remédio para ela dormir e fiquei abraçado nela até de fato ela adormecer. Peguei o celular e pesquisei o que era "Heroína" que foi o nome do remédio que eu encontrei no frasco.

- "é uma  das mais perigosas drogas existentes. Derivada do ópio, a droga pode ser encontrada na forma natural ou sintética. Por serem originadas da mesma planta"- leio e olho para a minha mãe me perguntando aonde ela conseguiu aquilo, sigo lendo e vejo que aquilo pode causar muitos danos a pessoa, inclusive fazer com que ela fuja da realidade, lentidão de pensamentos e batimentos, fora o fato de que pode causar morte, danos cerebrais permanentes, coma, algumas  infecções e doenças como AIDS.

Começo a mexer nas coisas da minha mãe até achar uma caixa de seringas e agulhas embaixo da cama dela, nela também há um outro fracos maior que os outros dois escrito "fentanil".
Peguei o celular e comecei a ler o que essa coisa significa.

- "O fentanil   é uma droga opioide sintética extremamente poderosa. Pode ser aspirado ou injetado sozinho ou em combinação com outras drogas. O fentanil é 50 vezes mais forte que a heroína e 100 vezes mais forte que a morfina. Dessa forma, como essa droga é tão forte, você pode ter uma overdose e morrer a qualquer momento "- leio e olho muito assustado pra minha mãe e dou um pulo desesperado até ela - Mãe ? Mãe acorda! Mãe acorda agora! - disse balançando ela- Mãe?! - sinto meu coração disparar.

Guardo a caixa embaixo da cama e pego o celular para ligar para o Bailey. Foi nesse momento que vi a porta do quarto sendo aberta e o Ricardo entrar carregando uma mochila nas mãos.

- O que você tá fazendo aqui ? - pergunta ele e eu sinto o ódio subir em minhas veias, respiro fundo e olho disfarçadamente para a câmera atrás dele pensando que esse é o momento.

- Nada, eu só vim dar o remédio pra minha mãe - falo escondendo o celular.

- Pode ir, eu dou o remédio pra ela - ele diz e eu afirmo com a cabeça enquanto penso em várias maneiras de atropelar ele.

- Eu acabei de dar um, não precisa de outro... Mas eu já vou indo - passo por ele - manda um beijo pra tia Maya - falo e aceno para ele que apenas afirma com a cabeça, ele fecha a porta e corro para meu quarto onde uso o celular da minha tia para baixar o meu aplicativo da câmera, coloco meus dados e lá começo a ter acesso novamente a ela.

Fiquei observando as câmeras por horas mas não deu em nada, ele apenas ficou quieto ao lado dela. Depois a velha veio me buscar porque sabia que eu tava aqui já que não apareci depois da escola.
...

São 02:21 da manhã e ainda está a mesma situação, ele deitado ao lado dela mexendo no celular enquanto ela dorme. Meus olhos estavam quase se fechando para dormir quando escuto a voz da minha mãe na câmera, a mesma havia gemido de dor e isso me fez despertar e ver ele em frente a ela. Mudei a câmera e pude ver ela sentada na cama e ele aplicando uma injeção no braço dela e em seguida colocando um curativo, logo, ele aplicou outra injeção no outro braço dela.

Isso fez com que ela começasse a gritar de dor e a se contorcer pela cama. Ele que tirou os remédios de cima da cama, subiu em cima dela que está de bruços agora e colocou sua mão sobre a boca dela, abafando seus gritos e impedindo ela de se mexer por pressionar ela com seu corpo.

- "Calminha Luna, vai passar logo logo "- ele diz enquanto acaricia o cabelo dela com a mão que está livre - "É rapidinho, já vai passar! "- ele repetia pra ela que ainda gritava abafado.

Depois de uns minutos ela parou e apagou, o mesmo ajeitou ela na cama e enchendo as bochechas de ar, ele começou a fazer respiração boca a boca nela.

- " Você não vai morrer tá ? "- fez a respiração de novo - " só precisa voltar a respirar de novo... "- fez outra vez e a mesma depois de uns segundos puxou o ar com muita agressividade,até que sua respiração foi voltando ao normal - "pronto, passou... Viu? Eu disse que não ia morrer "- ele faz carinho no rosto dela e logo se deita ao seu lado de novo.

Tento fazer a minha respiração voltar ao normal agora, pois quando a dela parou a minha automaticamente parou junto e agora eu estou sentindo dor no peito para respirar.

- "Eu sei que isso te machuca tá ? Mas pensa que isso vai ter benefícios Luninha " - ele vira de lado e fica acariciando o rosto dela que voltou a ficar com aquele olhar fixo para frente e distante, boca aberta babando e  ficando totalmente imóvel - "pensa que pelo menos assim, você perde logo a guarda daqueles moleques nojentos e aí quando eles forem para o México com minha mãe, vou poder te levar para fazer tratamento no exterior "- ele diz sorrindo o que me fez franzir o rosto.

O mesmo pega um lenço e limpa a boca dela, depois vira o rosto dela para ele e fica quieto olhando ela por um tempo.

- "Aí lá no exterior, depois que você se tratar e ficar bem de novo, finalmente vamos poder ficar juntos como sempre deveria ter sido "- ele beija o rosto dela - "Finalmente depois de vinte e um anos de espera, vamos conseguir ser felizes minha Luninha "- ele puxa ela para ele e a abraça.

- "Eu pedi o divórcio pra Maya, você não sabe o quão foi doloroso ter que ver você todos esses anos com o Jonathan!
A cada dia eu desejava mais você e pedia para que vocês terminassem logo!
Eu nunca quis ficar com a Maya, foi você desde sempre Luna!  Sempre foi você meu amor "- encosta a cabeça sobre a dela - " fiquei com sua irmã somente pra ficar perto de você, eu me droguei toda noite em que eu transei com ela porque pelo menos assim eu via você "- ele toca a coxa da minha mãe.

- Ah não...- disse surpreso pelo que ele dizia e assustado por pensar no que ele ia fazer, mando uma mensagem pro Bailey perguntando se ele estava acordado.

- "Eu nunca quis ser policial, era só para poder ficar mais perto de você meu amor "- ele riu e bateu na coxa dela - "tudo sempre foi por você Luna, sempre por amor a você. - sorriu e se afastou, colocou as duas mãos sobre a barriga e ficou olhando para cima - "eu amava quando você me provocava implicando comigo, quando dizia que me detestava só pra disfarçar o que sentia porque estava com o Jonathan" - começou a rir - "isso me excitava muito..."- ele coloca a mão por cima da calça na região de seu membro.

- "Eu posso te contar um segredinho Luninha ? "- ele fecha os olhos e fica em silêncio por uns segundos, logo, abriu seus olhos e olhou para ela, se apoiou em um braço só - "Apesar daquela presidiária querer que eu matasse o Lucca e o Jackson, eu não consegui, pois meu foco era outro" - ele se aproximou do ouvido dela - "Eu aproveitei a oportunidade de que ela tinha os contatos e...eu mandei matar meu irmão "- sorriu e fez um sinal de silêncio para ela - " eu mandei matar o Jonah "- ele realmente ria feito um coringa, sem dor, sem arrependimento nenhum.

Enquanto minha mente se encheu de milhares de pensamentos, minha respiração ficou ofegante conforme uma crise de choro e ansiedade era desencadeada, eu tinha vontade de arrancar o coração do peito.

- "Eu mandei matar o Jonathan, Luna...ele tá morto porque eu cansei de esperar você cansar dele "- voltou a deitar olhando para cima - "finalmente ele está fora do caminho, Jonathan perdeu e eu ganhei pela primeira vez na vida! "- ele ria vitorioso enquanto eu tentava controlar minha crise que não parava.

Aquilo tava doendo tanto, que parecia que ele havia atirado no meu peito e depois pisado no meu coração. Meu pai morreu porque o irmão dele, uma das pessoas que ele mais confiava e amava, o traiu e o matou, tudo por querer a minha mãe.

- " Acho que mais uma dose de fentanil agora vai ser bom pra você né ? Você precisa aparecer estar muito doente para que eu consiga te levar pro exterior, vou cuidar para que não tenha uma overdose tá ? Pode ficar tranquila, eu não vou te machucar Luna... Isso tudo é pro seu bem" - ele levanta e repete o processo com ela, deitando novamente em seu lado em seguida.

- "agora que eu sou o chefe da polícia meu amor, as coisas são muito mais fáceis para nós, ninguém nunca vai conseguir passar por cima de mim e de você Luninha, somos iguais, intensos e agressivos, você e eu fomos feitos um para o outro e agora, ninguém vai nos parar! " - pela primeira vez na minha vida eu me sentia com muito medo, ao mesmo tempo com muita raiva, com muita tristeza e muito nojo tudo junto e misturado.

- "Eu espero que você não ache que eu sou louco, porque não é loucura você fazer tudo por amor né ? Eu mataria e morreria por você Luna "- beijando o rosto dela.

- "A gente pode ter tudo agora..."- suspirou e virou novamente na direção dela - "eu quero muito ter filhos com você "- toca a barriga dela e começa a alisar ali - "mas sei que isso vai depender de se você quiser ter filhos amor, sem pressão, o corpo é seu "- ele se inclina e coloca a cabeça sobre a barriga dela - " mas isso com certeza vai ser incrível!  Pensa bem amor? "- fica em cima dela  - "ainda somos bem jovens..."- começa a sussurrar no ouvido dela enquanto beija seu pescoço, aquilo vai me subindo um nojo misturado de uma raiva que eu nem sei dizer exatamente o que sinto - "seus ovários ainda estão ótimos para a ovulação, vamos tentar ? "- ele vira o rosto dela para ele e aperta as suas bochechas - " eu prometo cuidar bem de vocês "- ele com a boca, puxa a blusa dela para cima e começa a beijar a barriga da mesma - "você arrepiou ? "- ele riu e logo beijou novamente.

"Vai ser incrível amor "- deita novamente ao lado dela - "nossos filhos correndo  brincando de polícia e ladrão " - ele coloca a mão dele dentro da calça dele e coloca o pênis dele para fora.

- Ai que nojo! - faço uma careta e saio do aplicativo novamente mandando uma mensagem para o tio Bailey pedindo para ele ir para casa da minha mãe agora, em seguida mandei mensagem para tia Sabina também.

- "Vai ser fantástico! "- diz ele quando voltei para a câmera, o mesmo colocou a mão dela sobre o pênis dele, com a sua mão ao redor da dela ele fechou a mão e começou a fazer aqueles movimentos para cima e para baixo com a mão dela.

- Bailey vê logo! - começo a ligar pra ele agoniado.

- "ah isso amor, vai " - ele enquanto seguia fazendo aqueles movimentos com uma das mãos, a outra tocava o seio dela.

- Bailey por favor, atende! - mando um áudio pra ele  mas o mesmo ainda não viu as mensagens, mandei para a sabina também enquanto já de pé,  comecei a por uma roupa porque não ia ter jeito, ficar parado não dá.

- "Eu odiava ver aquele cara tocar você "- ele agora em cima dela, começou a beijar os pés dela - "Eu te desejo tanto Luna... Eu quero ser o único homem na sua vida, ninguém mais vai tocar você além de mim, eu sabia que uma hora eu seria o único e eu ia esperar quantos anos fossem precisos pra isso" - ele dizia isso enquanto sua beijando o corpo da minha mãe.

- "Finalmente Hidalgo, finalmente vamos ficar juntos! "- ele pega alguma coisa na mochila, é um pó em um saco plástico e nisso o mesmo começou a cheirar aquilo.

- "Hidalgo... "- ele mudou totalmente as expressões dele, colocou as duas mãos no pescoço dela - "Você é só minha, entendeu? Só minha! "- ele deu um tapa no rosto dela - "se você pensa que dessa vez vai escapar, está enganada! "- bateu novamente no outro lado de seu rosto - " você é minha, tá entendendo? "- aperta o pescoço dela enquanto olha fixo nos olhos dela - " Você é minha, Hidalgo! SÓ MINHA!' -  começa a beijar a boca dela enquanto puxa a roupa dela para baixo.

Escuto o latido do Banzé, o latido é fraco e isso me fez estranhar, olhei pela outra câmera e vi o mesmo todo bambeando para caminhar enquanto latia fraco para Ricardo.

- "O cachorrinho ruim, vou ter que começar a te dar 3 doses pra vê se ou dorme ou morre logo! "- ele diz irritado e pega a maleta debaixo da cama.

Banzé mesmo cambaleando foi até ele e o mordeu, só que não tinha força o suficiente para continuar e aí o Ricardo começou a agredir ele com chutes, depois ele deu uma injeção no cachorro que o fez cair totalmente no chão.

Ele voltou até minha mãe  subindo em cima dela e isso me fez começar a chorar enquanto saia do quarto e esbarrava na velha que recém ia para seu quarto dormir.

- Onde você pensa que vai ? - pegunta ela brava.

- Eu vou ver minha mãe! - falo e ela nega enquanto caminha em minha direção, dei alguns passos para trás entrando no quarto novamente.

- Você não vai sair de casa a essa hora, principalmente pra ver aquela coisa - diz ela fazendo uma expressão de nojo.

- Você não manda em mim, e EU VOU VER ELA SIM- falo  gritando, isso fez com que ela me desse um tapa no rosto.

- Grita de novo pra você ver, grita?! - ela pega o chinelo.

- VAI SE FUDER! - Grito e a reação dela foi de raiva pura, a mesma me deu com o chinelo no rosto deixando a marquinha do mesmo junto de muita ardência e dor.

- Vai pra cama, amanhã a gente conversa mocinho! - ela diz e eu nego com a cabeça - para de me dar trabalho e obedece! Qual o seu problema garoto? É tão nojento e arrogante como a sua mãe - ela me olha com expressão de nojo e eu ri.

- Então sou que nem minha mãe ? Devo ser ótimo né ? - pergunto a mim mesma e ela me empurra - que foi? Minha mãe é uma ótima mãe, maravilhosa em tudo que faz, ótima mãe, ótima amiga e ótima esposa,  inclusive é uma mulher desejada  sabia?! Pergunta pro seus dois filhos -  falo e ela me bateu com o chinelo de novo.

- Cala a boca! - ela bate de novo no meu braço.

- Papai morria de amor por ela e eu nem o julgo, também seria apaixonado em uma mulher como ela, diferente de você - falo enquanto esfrego o braço que ela acertou e isso faz com que ela acerte o chinelo na minha mão.

- Lucca, eu tô avisando... Cala essa boca e vai dormir antes que eu te arrebente todinho! - ela diz e eu levanto as sobrancelhas.

- Te incomoda falar da minha mãe ? Por que ? Ela é tão incrível né ? Ela é chefe da polícia de Los Angeles, fez faculdade de direito, ganhou vários prêmios importantes por ser super boa no que faz, ela salva muitas vidas e todos os dias coloca os bandidos nos seus devidos lugares  e...- ela me interrompe.

- Ela matou meu filho! - ela grita.

- Não, ela não matou meu pai, ele morreu em uma sala cirúrgica! - falo e ela novamente me bate, só que dessa vez ela fez uma sequência que incluía socos, tapas e chutes fora a chineladas.

- Aquela infeliz desgraçada matou meu filho, ela ainda doou os órgãos dele deixando ele todo vazio por dentro! - disse ela brava.

- Pelo menos ele salvou vidas... E você que é toda vazia por dentro e tem todos os órgãos dentro de você ? Nem pra salvar uma vida você se presta - falo e sinto uma porrada tão forte dela que eu vi as famosas estrelinhas.

Caí no chão e fiquei uns minutos sem entender muito bem o que tava acontecendo, eu não sei se ela me bateu com a mão ou se foi com alguma outra coisa mais pesada, mas aquilo foi forte.

- Você tem que aprender a me respeitar seu pedaço  de merda! Se não fosse por mim, você não estaria aqui na terra então você me respeita!- escutei quando voltei a mim.

- Respeita minha mãe que eu respeito você - falo começando a me sentar.

- Cala a boca, cala a boca, CALA A BOCA! - voltou a me bater - para de falar daquela infeliz, eu tenho nojo, raiva, ódio! - ela diz enquanto me dava uma surra - aquela mulher é a pior tipo de pessoa que já existiu, ela além de levar meu filho pro mau caminho ainda o matou! -  a cada palavra ela batia duas vezes em mim, bateu até aliviar toda sua raiva e ela cansar.

Assim que ela me soltou, me mandou ir pra cama e saiu do quarto. Eu realmente fiquei muito tonto com aquilo, acho que ela machucou minha costela com alguns dos chutes. Minha pele ficou vermelha cheia de marcas, já meu nariz não parava de escorrer sangue.

Me levantei aos poucos e sentei na cama sentindo muita dor mesmo, logo vi ela entrar novamente no quarto e me ameaçar com uma cinta para que eu dormisse logo.

Assim que ela saiu, fui tentando fazer o mínimo de esforço possível até o canto da parede onde fica a tv e nela tiro a câmera que havia escondido.

- Ai...- digo e vejo uma gota de sangue pingar na lente da câmera, desliguei a mesma e assim, pude ter uma prova contra aquela mulher apesar da dor.

- Finalmente - sorri pensando que agora tenho uma prova, apesar de que o esforço pra conseguir foi doloroso. Peguei um pano e coloquei no nariz enquanto pegava o celular pra ver minha mãe, porém em poucos segundos com o celular em mãos eu acabei desmaiando.

...

Sabina on:

Não conseguia dormir a noite porque estava com uma angústia desde cedo. Minha cabeça a  mil pensamentos por minuto me impediam de ter uma boa noite de sono, então eu ia a todo momento no quarto da Lola, Duda e Arthur para ver se estão todos respirando. Tentava falar com o Pepe mas ele está viajando junto com o Derek por causa dos jogos de futebol, isso me deixava nervosa por não ter notícias.

Foi aí que eu recebi aquela mensagem da Maya no meio da noite e  me preocupei, pois não ela não costuma a mandar mensagem no meio da noite. Nela dizia para que eu fosse até a casa da Luna urgentemente, perguntei o por quê enquanto pegava a jaqueta e as chaves do carro. No caminho, recebi um áudio e nele escutei a voz do Lucca o que me fez estranhar e me preocupar ainda mais, ele falava sobre ir urgente para lá porque a Luna precisa de ajuda, tudo isso dito em um tom de voz choroso.

Dirigi até a casa da Luna e quando cheguei, tentei abrir a porta mas a mesma se encontrava trancada.  Quando ia apertar a campainha, escutei uma voz gritar "Só minha".

Fui até a porta dos fundos e peguei embaixo do tapete, as chaves de emergência da Luna que ela deixa para os meninos caso tenham que vir para casa mais cedo.

Abri a porta dos fundos mesmo e entrei, estranhei o fato do cachorro dela não vir pular em cima de mim querendo me morder, já que ele não vai muito com a minha cara. Comecei a andar pela casa procurando por eles e mesmo eu chamando, eles não respondiam.

Subi até os quartos e lá eu pude escutar alguns barulhos vindo do quarto da Luna. Por sorte, a porta do seu quarto não estava trancada então pude entrar sem problema algum.

Porém quando entrei, me deparei com uma cena que eu não queria mesmo ter visto, se trata do marido da minha irmã, com os dedos dentro da Luna enquanto ela parecia estar dormindo.

Naquele momento eu não tive reação, apenas fiquei sem entender o que porra tava acontecendo, mas isso foi ótimo porque eu não ter nenhuma reação fez com que eu não fizesse barulho nenhum e ele se manteve de costas para mim.

Olhei ao redor procurando alguma coisa para derrubar ele, nisso encontrei o cachorro da Luna parecendo até morto no chão próximo da cama dela.

Ele realmente está tão concentrado nela que ignorou totalmente qualquer coisa ao redor. Com isso, peguei um dos troféus da Luna, acho que o mais pesado que ela tem e fui pé por pé até ele, quando o mesmo se inclinou para trás mexendo naquela coisa nojenta que ele chama de pinto.  Acertei tão fortemente na cabeça dele que no mesmo instante ele caiu e apagado no chão, o troféu em minha mão ficou marcado com sangue assim como a cabeça dele que sujava o chão.

- Luna ?- corri para a mesma e vi que ela está de olhos entreabertos - irmã ? - balanço ela mas a mesma não responde, dou dois tapinhas de leve em seu rosto mas continuo sem uma resposta. Virei seu rosto em minha direção e vi que ela estava babando, seu olhar  estava parado em um ponto fixo e pelo jeito a mente muito longe daqui - Lua...- um frio em minha barriga fez meu corpo por inteiro gelar.

um pequeno flashback passou em minha cabeça inevitavelmente lembrando do luke, em específico aqueles flashbacks que  são sobre eu estar no bar e ir ao banheiro e lá o luke, abusar de mim, até o grito do derek agoniado por não conseguir me ajudar, eu ouvi.

Voltei a mim e  a terapeuta que me desculpe mas ainda não aprendi a lidar com as coisas sem usar a agressão.

De raiva, peguei aquele troféu de novo e eu bati tanto, tanto que não conseguia parar, aquele sentimento estava me dominando, a raiva dele tocar minha irmã me fez realmente querer acabar com a vida dele naquele momento, porém alguma coisa tocou em mim e impediu que eu fizesse isso.

Eu sentia como se a ferida que há em mim, tivesse sido cutucada e tirada a casquinha que mantinha o sangue preso ali, depois que o mesmo escorreu eu voltei a sentir aquela dor.

Foi como se eu me visse na Luna e eu mesma estivesse me salvando do Luke naquele dia.

Quando vi o rosto do Ricardo tão arrebentado ao ponto de não o reconhecer já que além do sangue, começou a inchar e algumas partes que estão vermelhas certamente irão ficar roxas.

A vontade que eu tinha naquele momento era realmente passar uma faca naquele cara, mas eu algo não me deixava fazer isso. Então quando cansei de bater, procurei em tudo que é lugar do quarto da Luna, uma algema, quando finalmente entrei o algemei e depois peguei o fio da televisão e arranquei, amarrando assim os pés dele.

Eu sentia tanto nojo, tanta raiva que eu evitava olhar para aquela coisa pois eu ia acabar fazendo o pior se continuar olhando para aquela podridão.

Liguei para a polícia e expliquei a situação o que foi mandado imediatamente uma viatura para cá. A surpresa dos policiais foi ver que se trata do Ricardo, que agora eu acabo de descobrir que é o chefe de polícia no lugar da Luna que aparentemente desistiu da carreira dela.

Agora dificultou um pouco a situação porque eu vou ter que ter provas que ele realmente tocou na minha irmã, já que ele é alguém importante na polícia.

Eles levaram o Ricardo embora e aparentemente ele irá para o hospital primeiro e depois eu tenho que me apresentar no departamento de polícia.

- Luna ? - me aproximei dela e toquei seu rosto tentando fazer ela me olhar - desculpa - comecei a chorar encostando a cabeça sobre o peito dela - eu não fazia ideia do que tava acontecendo com você...- abraço ela e choro um pouco mais.

Levei ela até o banheiro nos braços já que ela não conseguia caminhar, a sentei no chão do banheiro e comecei a dar um banho para ver se ela reagia.

Não obtive nenhuma resposta após ter feito aquilo, mas vesti ela e arrumei algumas coisas para levar ela ao médico pela manhã já que ia pagar uma consulta particular pra não ter nenhuma enrolação de espera.

...

- Mãe? Mãe? - ouço a voz do Lucca que abria a porta do quarto desesperado - graças a Deus - ele pareceu aliviado ao me ver, soltando a mochila da escola ele veio até a cama e deu um pulo abraçando a Luna que seguiu sem fazer qualquer movimento - eu tava tão preocupado! - disse com uma voz chorosa.

- Eu tava sentindo uma angústia que não me deixava dormir de maneira alguma, agora sei o que era - falo e ele me olha, foi aí que vi o quão machucado o mesmo está - ei ei? - puxo o mesmo para mim - o que aconteceu com você ? - pergunto tocando suas bochechas enquanto analiso seu rosto, isso fez com que o mesmo fizesse uma expressão de dor.

- Ai...- gemeu baixo e eu tirei a mão dele - minha avó me bateu - disse ele baixando seu olhar.

- Não, ela te deu uma surra! - digo franzindo o rosto indignada por ver o rosto do menino inchado, com alguns hematomas roxos e um corte na boca.

- Tá doendo aqui também - ele puxa a camisa e mostra seu abdômen, na região de sua costela tem um outro hematoma grande roxo.

- Cadê o Jackson? - pergunto e ele baixa a cabeça.

- Está na casa dela, logo ela vai nos levar pra escola... Só que eu fugi pra ver minha mãe - ele diz ainda de cabeça baixa  - tá doendo tanto tia... - o mesmo começou a chorar e ver o mesmo levantar seu olhar mostrando aqueles olhos cheios de lágrimas partiu meu coração - eu tô tentando ser forte, mas tá difícil demais - ele coloca as mãos em frente ao rosto
e eu puxo ele para mim o abraçando cuidadosamente.

- Eu não sabia o que tava acontecendo... Não tinha ideia disso - fecho os olhos enquanto sentia ele me abraçar muito apertado.

- Meu pai morreu tia... E Com ele, levou parte da minha mãe - ele voltou a chorar em meus braços - tudo virou de cabeça pra baixo e agora aquela senhora quer nossa guarda e vai tirar a gente da nossa mãe...- ele diz e eu novamente sinto meu sangue ferver por dentro.

- Como é que é a história? - me afasto dele mudando meu tom de voz enquanto olho o mesmo na base do ódio.

- Ela entrou com um processo judicial pela guarda minha e do meu irmão - começa a limpar o rosto - e se minha mãe não apresentar lucidez e capacidade de cuidar de mim e do meu irmão, ela ganha - o mesmo faz uma expressão triste.

- Ah mas não ganha! - nego com a cabeça e com o dedo indicador - nem que eu acabe com todo o meu dinheiro, não deixo ela tirar vocês da minha Lua! - levanto irritada.

- Mas não tem o que fazer... Depois da minha mãe, ela tem muito mais chances de ganhar a guarda do que você - ele diz desanimado.

- Nem que seja apenas 1% de chances Lucca, eu luto até que se torne 99%! - digo decidida e pego a Luna no colo.

- O que você vai fazer ? - pergunta preocupado.

- Vamos buscar o Jackson! Com aquela mulher,vocês não passam mais nenhum dia! - falo e começo a carregar a Luna, levo até meu carro e coloco ela no banco do passageiro da frente, prendo o cinto e olho para o Lucca.

- Tia? Eu tenho umas coisas pra ir contando durante o caminho...- diz ele que entra no banco de trás e coloca o cinto.

- Pode contar no caminho, fica aqui que eu já volto! - entro na casa dela e pego a mochila que eu havia preparado pra ela e também pego o cachorro dela, fecho sua casa e depois volto para o carro onde ligo o mesmo.

...

Depois do que ele me contou, fiquei mais horrorizada com toda aquela situação, mas disse a ele que não vamos expor as provas agora pois vamos deixar para o momento certo.

Cheguei na casa daquela  mulher e a cena que encontrei foi a seguinte, Jackson está com o caderno na mão tentando fazer a tarefa enquanto a mulher grita com ele o chamando de burro por não conseguir escrever "Excursão" corretamente.

- Ei? - cheguei próxima a eles ao lado de Lucca - bora Jack, vamos pra casa! - disse rápido.

- Titi! - ele sorriu todo feliz jogando o caderno de lado e correndo até mim  onde me dá um abraço apertado.

- Ei ei? Quem pensa que é pra chegar aqui mandando nos meus garotos? - ela se levanta vindo já com o nariz erguido.

- Sabina Hidalgo, tía deles - falo cruzando os braços após soltar o Jack.

- Tinha que ser né ? Outra dessa raça ruim dos Hidalgo's! - ela diz e eu sorri de canto de boca indo calmamente até ela que não se intimida comigo, dou um tapa bem dando em seu rosto o que fez ela virar quase do avesso - você está maluca?! - ela pergunta colocando a mão sobre o rosto.

- Vou dizer com clareza então espero que entenda já que é a única vez que irei dizer - aponto o dedo indicador na cara dela e olho no fundo de seus olhos, quase enxergando a alma podre e vazia dela - eu não vou de discutir, eu vou pegar meus sobrinhos e ir embora - aproximo mais o rosto dela o que fez a mesma recuar um pouco -  não me atenta porque brincar com fogo é pedir pra se queimar! - faço um barulho com a boca olhando de cima a baixo - se pensa que vou afrouxar por ser uma idosa, Estas muy equivocada mi querida - sorri de canto de boca - Se tem uma coisa que um Hidalgo tem é força, e se tem uma coisa que mais odiamos é quando mexem com a nossa família, nós defendemos  com unhas, dentes, pedras e qualquer coisa mortal que esteja em nossas mãos! Sem medo algum! - digo me afastando um pouco.

- Ah mas...- ela ia falar só que eu a interrompi.

- Cala a boca! - novamente aponto para ela - cala a boca! Eu não tô aqui pra discutir com uma velha burra da terceira idade- avanço um pouco novamente fazendo com que de novo, ela recusasse - eu vim pegar os meus garotos e é isso que eu vou fazer, ponto final! - olho de relance pro Lucca - os dois pro carro! - falo e eles vão rapidinho.

- Você não vai levar eles de...- antes dela terminar de falar, dei outro tapa na cara dela.

- Cala essa boca vai, esse vai ser o melhor bem que você vai fazer pra si mesma e pro resto da sociedade!- revirei os olhos.

- Eu vou te denunciar por agressão! - diz ela e eu sorri.

- Sinta-se a vontade pra fazer o que quiser - faço uma saudação dando espaço para ela passar - ah, e saiba você que a minha "Raça Hidalgo" é difícil de abater, pode até conseguido abater a Luna por ela estar fragilizada, mas ela tem a mim e eu não vou deixar você destruir o que ela tem! Eu
sou muito boa, mas eu sou melhor ainda sendo má - abraço ela e falo próxima ao seu ouvido- eu te levo ao inferno num estralar de dedos e mostro a você  que até demônio teme o que tem lá, acredito que você vai preferir ficar aqui - aperto ela um pouco mais quando ela tenta se soltar.

- Você é uma cobra! Uma louca! - ela diz demonstrando um certo medo na voz.

- É? E eu não fiz nada ainda meu amor - aperto mais ela- mas ainda bem que você sabe que cobra mata com um belo abraço! - falo e solto ela, toco seu rosto e dou um sorriso mais sínico do mundo - espero que você entenda, não passo recado duas vezes, mexe com minha família que eu te mostro quem é Sabina Hidalgo!- dou um tapinha de leve agora em seu rosto e me afasto ainda sorrindo.

- Eu vou te denunciar sua praga demoníaca! - ela aponta para mim enquanto me afasto.

- Besos mi amor, ¡te veré en el infierno! - mando um beijo e um Tchauzinho pra ela - sinta-se vitoriosa por apenas ter marquinhas no rosto, você tem uma sorte gigante  - sigo acenando para ela.

- Isso não vai ficar assim, eu vou ter meus garotos de volta! - ela diz e eu me apoio no carro.

- Só por cima do SEU cadáver - sorri - sabemos que está mais próxima do que eu - coloco meus óculos escuros e abro a porta do carro - Hasta la vista baby - mando outro beijo e entro no carro, faço um toque de mãos com o Lucca e depois com o Jackson.

- Ninguém vai separar você deles Lua, enquanto eu estiver aqui... Ninguém toca neles! - toco os cabelos da Luna que segue daquela mesma maneira.

Dirigi até minha casa e deixei Jackson, Lucca e o cachorro dela com a Lola, em seguida levei a Luna para consultar.

...

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