O verde da grama anunciava a todas as pessoas presentes no estádio onde a partida de Polo iria ser realizada, que a mesma estava prestes a começar após o som do apito.
Middleton, a Princesa de Gales se encontrava de pé, vendo ao longe William com seu uniforme azul e branco, proteção e caminhando em sua direção, segurando em sua cintura e se inclinando para lhe dar um beijo cordial na bochecha. Algo normal para demonstração de carinho diante de todos e seguindo as regras da Coroa.
O toque do homem estava diferente e Kate o sentiu como o de uma pessoa qualquer.
As horas distantes do Príncipe de Gales e o afastamento do Palácio, por também horas, fizeram a mulher que usava um vestido azul claro e estampa em branco, cores do time em que William estava jogando, sorri de forma forçada ao toque e se afastar, mantendo desenhado nos lábios o afeto para que as centenas de câmeras espalhadas por todos os lados, registrasse o casal real em sua bela harmonia.
Por sua vez, o homem de intensos olhos azuis, conseguia uma migalha de carinho por parte de sua esposa, e apenas por estarem onde estavam. William sabia que estava fazendo o errado, mas seu orgulho em não aceitar perder o que achava "importante", não lhe fazia dar o braço a torcer, afastando ainda mais a mulher em sua frente e vendo em seu olhar que ela jamais seria dele novamente.
As noites juntos em momentos como marido e mulher, momentos em que conseguia satisfazer Kate e suas vontades mais loucas, não existiam mais a quase 4 meses. E querendo ou não admitir, o homem sentia saudade de ter o corpo de sua Princesa em seus braços e vê-la satisfeita com o que fazia. Enquanto isso, Kate o olhava com negação, mas acima de tudo uma bela atuação de mulher amada pelo marido.
O jogo se inicia e a Princesa de Gales se mantém de pé, torcendo para a vitória do Príncipe de Gales. Vitória essa que veio depois de muito sofrimento e batidas fortes, acidentes e conquistas. E quando o juiz apitou o encerramento, o homem alto e com a roupa manchada de suor e escorrendo pelo corpo inteiro, se aproxima de Middleton extremamente feliz com mais um ganho, mas percebe a mesma apenas o aplaudindo e sorrindo, não desferindo nenhuma palavra de parabéns ou que foi difícil. Não! Kate apenas o olhava e sorria de forma fria e meiga, lhe fazendo entender o pesadelo que estava vivendo.
- Foi difícil - tentou falar algo para ouvir a voz doce ecoando, mas a mulher apenas acena e vira em direção a um dos fotógrafos, batendo fotos e mais fotos e sussurrando entre elas.
- Vai demorar muito?
- Por quê? - a olhou nos olhos.
- Tenho outras coisas para fazer!
- Tá! - vira a expressão, ficando sério mas voltando ao sorriso de sempre.
Os minutos passavam e William caminhava pelo corredor do estádio e seguia em direção ao vestiário para limpar seu corpo do suor e grama, trocar de roupa e agir como o Príncipe de Gales. E por alguma razão, Kate, que jamais aparecia no lugar, surgiu na porta e o viu sem camisa e apenas com uma cueca branca justa.
O local vazio e apenas para ambos, foi capaz de fazer Kate Middleton olhar o homem dos pés à cabeça e desviar ao notar estar caindo no charme real.
- Temos um encontro com algumas pessoas daqui a 20 minutos - se mantém na porta e a metros de distância de William - Era só isso! - vira e começa a caminhar em direção a saída.
William correu, sem pensar em nada e porquê, apenas correu e quando Kate estava prestes a abrir a porta, a impediu pondo uma das mãos para empurrar a porta, e isso o fez ficar colado no corpo da Princesa, sentindo o cheiro delicado e agradável dos fios castanhos escuros em seu rosto, além de conseguir sentir a vibração do coração acelerado em seu peito.
O homem , com calma e delicadeza, se inclinou para se aproximar do pescoço, desferindo beijos que causavam arrepios em Kate, do pé até o último fio de cabelo, mas ao mesmo tempo, lhe fazia imaginar que Rosy recebia a mesma forma de carinho. Então, apenas isso fez a Princesa de Gales se afastar, mas foi virada por William e prensada sobre a porta.
- Para! - fala ela, percebendo que a distância entre seus lábios se tornava mínima.
- Me diz que você não quer isso? - a olha no fundo dos olhos - Diz que não está com saudades de mim?
- Sim! Estou! - o sente a mordendo de leve na ponta da orelha - Mas você não é somente meu! - o empurra e o vendo voltando a passos apressados e a puxando pelo braço, girando e prensando seus corpos contra a porta.
A mulher sentia a respiração de William em sua nuca, ao mesmo tempo que uma de suas mãos subia entre suas pernas e o tecido do vestido.
Era excitante, Kate não poderia negar que era o que mais estava sentindo falta no afastamento de William. As formas como ele descobria sua fraqueza e a usava contra ela, sendo como a faca e o queijo entre ambos. E assim que ele chegou em sua intimidade, iniciando movimentos delicados e circulares, Kate fechou os olhos e respirou fundo, segurando na porta e criando coragem para o afastar, já que não queria se dar como derrotada e frágil, ao ponto do homem atrás dela pensar que seria fácil lhe ter de volta.
Ela apenas afastou a mão entre suas pernas e sussurrou:
- Eu disse que nunca mais serei sua! - vira lentamente a cabeça, percebendo o mesmo se afastando - E eu mantenho minha palavra! - vira a maçaneta e retira a mão de William que bloqueava a porta, abrindo e saindo.
Pessoas caminhavam pelos corredores do local, enquanto Kate fazia o mesmo e seguia em direção a área VIP em que iria ficar para entrevistas e conversas, e mesmo que estivesse conseguindo manter o sorriso e a calma, o corpo da mulher havia sido "acendido" com os toques de William, mas não se renderia a ele. Não depois de tudo. Nem como uma vingança.
Assim que se aproximou da sala, passando por um dos banheiros e prestes a entrar, Middleton sentiu alguém a puxando para dentro de outro banheiro, além de ouvir a porta ser trancada e uma voz doce ecoando em:
- Desculpe, Princesa, mas precisava falar com você!
Kate vira imediatamente para ver quem havia feito aquilo, se deparando com sua ajudante e amiga em sua frente e usando uma roupa elegante e formal, significando que estava em alguma reunião importante lhe representando.
A mulher respirava apressadamente, além de demonstrar estar apreensiva, e isso, apenas isso, deixou Kate preocupada e sua mente gritou o nome de seus filhos, que não estavam na cidade:
- Aconteceu alguma coisa com os meus filhos?? - sente o coração acelerar.
- Não! Mas com a Christine.
- O que??
- A Camilla conseguiu tirar ela do Palácio, Kate - fala visivelmente preocupada - Soube pela secretária do Palácio de Kensington na reunião que teve hoje, e que o William participou antes de vir para o torneio.
- O que? - fala em tom baixo - A Christine...- tenta entender, e assim que a ficha caiu, ela se segura na pia, sentindo a raiva a tomando e a demonstrando com um forte soco no espelho, e tendo a sorte de não cortar a mão - POR QUE?? - grita ao olhar para a mulher em sua frente - Por que essa mulher não cansa??? Primeiro meu marido com aquela mulher, segundos a educação dos meus filhos e agora a minha filha!!! Por que???? - sente os olhos marejados e desvia o olhar, levando as mãos até o rosto e cobrindo - Eu não posso ficar com ela!!! - soca a pia, deixando evidente as lágrimas - Droga!!!
- Não! Você sabe que não pode deixar o Palácio para viver com a Christine, Kate - tenta se aproximar da mulher, recebendo o abraço da amiga - Você sabe que não pode ir com ela!
Por mais que falasse para muitos que faria loucuras por Christine, a Princesa de Gales sabia que existia apenas uma coisa que não poderia fazer: Viver longe do Palácio de Kensington, apenas por ser quem era.
Kate não poderia viver longe das paredes luxuosas. Não por estar acostumada a toda a regalia, mas por ser casada e acima de tudo, Princesa de Gales e Chefe das forças especiais britânicas, Princesa do povo e a única mulher capaz de unir a realeza e seus seguidores.
Seus filhos não iriam querer viver longe dos avós, assim como de tudo para viver em uma casa pequena. Ela não poderia fazer isso. William não iria deixar a guarda em sua pose, iniciando uma briga que perderia. Mas a adolescente, não poderia voltar ao enorme lugar, porque uma decisão do Rei e da Rainha da Inglaterra, era irrevogável, até mesmo para ela, uma pessoa importante e com cargos acima de qualquer coisa, menos deles.