A Vendedora de Livros - Vol. 1

By One_Shots_Aleatorias

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+18 anos Aviso: *Linguagem imprópria *Cenas de sexo *Etc. Quando dois mundos completamente diversos de classe... More

Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Último Capítulo

Capítulo 1

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By One_Shots_Aleatorias

As paredes avermelhadas e com relevos feitos a mão por artistas conceituados e de séculos passados, móveis em vermelho e dourado, assim como o piso polido perfeitamente e brilhante do Palácio de Kensington na Inglaterra, morada da família Real Britânica e da, já falecida, Rainha Elizabeth II. Não eram capazes de ofuscar a presença de uma bela mulher, com madeixas castanhas, macias e longas, pele clara, olhos verdes, rosto marcante, corpo magro, altura de modelo em 1,75m de elegância, formalidade, carisma e beleza, enquanto a mesma estava sentada em um sofá com estofado vermelho e detalhes em ouro, olhos fechados, postura ereta e respirando profundamente, tentando buscar uma maneira em seus pensamentos para não deixar seu corpo reagir aos gritos de seu marido, William Arthur Philip Louis, ou apenas Príncipe William, o Príncipe de Gales e futuro Rei da Inglaterra.

O homem bem vestido e visivelmente irritado, caminhava de um lado para o outro, falando em um tom mais elevado, demonstrando desaprovação por algo, enquanto a mulher continuava sentada e com as pernas cruzadas. Se sentindo em um julgamento, onde ela própria seria a ré naquela manhã chuvosa e fria, onde o céu cinza seria companhia para a coroação do novo Rei Charles.

William se aproximou de Kate Middleton, sua esposa desde 2012 e a viu abrindo lentamente os olhos, percebendo estarem calmos e serenos, aumentando com mais força sua raiva e o fazendo dizer:

- SERÁ QUE, PELO MENOS UMA VEZ... VOCÊ PODE REAGIR? - arregalou os olhos, percebendo a mesma se levantando com calma e dizendo em tom calmo e voz aveludada.

- Você me traiu, William! E nem por isso vou deixar de ser como sou! - afirma - Vamos! Temos uma coroação para presenciar! E não se preocupe que serei a mesma Princesa de Gales, até porque ninguém tem culpa, e nem eu de suas ações!

- Catherine? - chama, mas a mesma caminha para longe da enorme sala real.

Os passos calmos e leves, escondiam um coração acelerado e uma grande vontade de derramar as lágrimas presas nos olhos de Kate Middleton, Princesa de Gales e esposa do futuro rei da Inglaterra. Mas quando abriu a porta de onde estava, para fugir do homem acusado de traição e com uma de suas melhores amigas, a bela mulher de 41 anos, apenas caminhou sem rumo, querendo ao menos chegar em seu quarto real e se trancar, mas não poderia fazer isso.

Kate se viu entrando em um extenso corredor com artes aos montes. Ativando sua admiração pelas obras e reconhecendo cada uma delas. Exercendo sua formação acadêmica entre os vasos e relíquias, já que, como esposa do Príncipe de Gales, e sendo Princesa de Gales, ela não poderia, simplesmente trabalhar como Historiadora de artes, não poderia dar aulas, não poderia trabalhar em um museu e ganhar um salário como qualquer pessoas.

Ela não poderia escolher sua própria religião e pior, não poderia beijar seu próprio marido em público, pois demonstrações de afeto e carinho eram extremamente proibidas, e muito menos caminhar com as mãos dadas como um casal comum e real. Não! Ela não podia fazer isso!

Agora a mulher bela e gentil, adorada por muitos súditos e eleita a mais amável membro da Família Real Britânica, estava parada, olhando para um vaso de 200 anos e chorando calada, enquanto seu coração acelerado lhe fazia odiar o dia em que aceitou casar-se com William e seguir regras que a impediam de muitas coisas simples. E segui-las à risca, lhe fazia se sentir culpada pela infidelidade de William, mesmo que não fosse sua a culpa.

As lágrimas escorriam, mas a postura se mantinha a mesma, enquanto Kate olhava por uma enorme janela retangular e com vista para a avenida em frente ao palácio. Mas a tristeza desenhada no semblante da princesa, era visível no mais leigo olhar.

Passos começam a ecoar fortes no fim do corredor, e Middleton os reconhecia de olhos fechados, pois eram 12 anos casada com o dono dos mesmo. Então respirou, ergueu uma das mãos até o rosto, secando as lágrimas com a palma das mãos até que o mesmo parou ao seu lado, segurando as próprias mãos rente ao corpo e nem cogitando tocá-la.

- Desculpe, Kate? - diz William, virando lentamente para olhá-la, e perceber que a mesma não estava bem, e mesmo assim, não a tocou.

- Você nem me toca mas, William! - vira, encara-o e engole em seco - E não estamos em um compromisso real, mas em nossa própria casa! E mesmo assim, você não me toca! - afirma, dando um passo para trás, percebendo o mesmo se aproximando - Não! Com licença.

William permaneceu parado, enquanto sua esposa caminhava lentamente para longe de si, deixando evidente que seus sentimentos estavam machucados e as chances de Kate manter a educação, elegância, carisma e simpatia, acima das crises que passava ao seu lado e devido a ação causada por ele próprio, em traí-la. Seria capaz de machucá-lo ainda mais, porque iria perceber o erro grotesco que fez com a princesa perfeita de um conto de fadas, pois era assim que Kate Middleton, a menina que conheceu na faculdade era e ainda é.

Middleton adentrou em seu próprio quarto, deparando-se com pessoas bem-vestidas e a alguns metros, posto em um manequim, existia um vestido branco e com detalhes discretos em diamantes, vestimenta real em azul e vermelho ao lado, decorada com símbolos reais e que comprovaram onde ela estava vivendo, sapatos pretos e altos, brincos da Princesa Diana além, colar da Rainha Elizabeth II e uma coroa cravejada em diamantes, sobre uma almofada para proteção.

Todos estavam ali para lhe arrumar, já que a coroação do rei iria acontecer em algumas longas horas, mas as regras a serem seguidas para que ela apenas usasse uma roupa, era a causadora da demora.

O sorriso de Kate veio de imediato ao ver as 10 ou mais pessoas em seu quarto, apenas lhe esperando e assim que se deu conta, estava conversando com todos e esquecendo um pouco dos problemas. E isso era algo que conseguia com facilidade por alguns minutos ou horas.

A mulher retirou os salto, ainda com risos nos lábios, já que sabia estar atrasada e acabou por pedir desculpas para todos pela conversa que tomava ainda mais o tempo, enquanto corria em direção ao banheiro de forma desajeitada, trancava a porta, tomava banho e saia em um roupão com o brasão da Família Real, cravado no tecido.

Kate voltou para o quarto, começando a vestir o belo vestido branco e com diamantes, que deslizava em sua pele e parecia ser feito em seu corpo naquele instante.

Segundos depois, caminhou para frente de um enorme espelho, sentindo a leveza do tecido e o quanto a peça era confortável.

Sentando-se em uma cadeira macia e sentindo seu rosto receber as camadas de maquiagem, enquanto suas madeixas eram puxadas, enroladas e arrumadas, o colar de diamante de Elizabeth II era posto em seu pescoço, os brincos de sua falecida sogra postos em suas orelhas, lhe fazendo lembrar o que a mesma havia passado com a traição do marido, e percebendo que esse sentimento era o mesmo que o dela. Mas Kate se manteve neutra ao receber a coroa real e cravejada com muito mais diamantes em sua cabeça.

A mulher se olhava no espelho, vendo uma bela Catherine Elizabeth Middleton, digna de um conto de fadas real, mas o sorriso nos lábios de nada importava para alguém que não foi bela o suficiente para impedir o próprio marido de se envolver com outra mulher.

Os minutos passavam, e quando todos: Príncipe William, Princesa Kate e seus três filhos começaram a caminhar em direção a entrada do palácio. A mulher conseguia ver seu marido com sua vestimenta real e para ocasiões importantes, como a coroação do novo Rei, e ao mesmo tempo via seus filhos caminhando apressadamente para encontrarem a carruagem que os aguardavam.

Assim que se aproximou, Kate viu o transporte digno de contos de fadas estacionado em frente a porta de sua casa, lhe fazendo sorrir, pois sempre que tal acontecimento ocorreu, ela se sentia como uma princesa de seus filmes e séries favoritos, mesmo sabendo que era uma.

Era algo tão lindo, que lhe fazia voltar no tempo e lembrar do dia de seu casamento, onde chegou em uma carruagem real e disse "Sim!" ao homem com quem está a 12 anos.

William olhou para Kate, percebendo o belo sorriso no atraente rosto da Princesa de Gales, e tentou segurar em sua mão para ajudá-la a subir, mas a viu negando discretamente com o afastamento discreto, adentrando sozinha, sentando-se ao lado da porta, enquanto o homem permaneceu parado por alguns segundos, começando a sentir a indiferença apenas no olhar da mesma.

Kate, olhava pela janela as primeiras gotas de água começando a cair no lado de fora, e sentia cada uma como se fossem suas lágrimas proibidas de serem soltas, porque a postura e elegância, era o que mais importava para ela naquele momento, não por opção própria, mas obrigação.

Ao seu lado, William, tentava tocá-la nas mãos pela segunda vez, mas a discrição e educação impecável de Kate Middleton, eram capazes de a fazer olhá-lo e sorrir, enquanto afastava uma das mãos, para que ele não a tocasse naquele momento, seguindo o que ela própria havia falado.

Ela seguiria sua obrigação como parte da Família Real, e não iria demonstrar o que realmente existia entre às paredes do Palácio de Kensington e entre ambos, para que a imagem do casal perfeito e inseparável reinasse, mas ele não iria tocá-la, já que não fazia isso a muitos dias.

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