Sou Fã Dos Seus Olhos

By ruivinha_blossom

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Essa é uma continuação da "tantos olhares me olhando e eu querendo o seu" contando mais a história dos filhos... More

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cap.05
cap.06
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cap.08
cap.09
cap.10
cap.11
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cap.13
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Cap.53
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cap.55
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cap.57
cap.58
cap.59
cap.60
cap.61
cap.62
cap.63
cap.64
cap.65
cap.66
cap.67
cap.68
cap.(34+35)
cap.70
cap.71
cap.72
cap.73
cap.74
cap.75
cap.76
cap.77
cap.78
cap.79
cap.80
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cap.82
Cap.83
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Cap.88
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Cap.90
Cap.91
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cap.94
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cap.99
cap.100
cap.101
Cap.102
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cap.105
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Cap.108
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cap. 110
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cap.121
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cap.129
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cap.141
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cap.150
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cap.152
cap.153
cap.154
cap.155
cap.156
cap.157
cap.158
cap.159
Cap.160
Cap.161
cap.162
cap.163
cap.164 (Baile parte 1)
cap.165 (Baile parte 2)
cap.166(pós baile)
Cap.167
Cap.168
cap. 169
cap.170
cap.171 (Merry Christmas)
cap.172 (Merry Christmas)

cap.123

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By ruivinha_blossom

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Oi oi gente voltei, eu ando super ocupada e minha vida tá uma loucura,uma correria total  e é por isso que eu demorei bastante para postar dessa vez, espero conseguir postar mais vezes seguido tá? Beijos 😘

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Stefany on:

- Eu ganhei de novo - disse soltando minha prancha na areia.

- Como é possível? Como consegue ser tão boa nisso? - Jake  olha para a água e depois para mim indignado por ter pedido pela milésima vez no surf pra mim.

- Eu sou boa em tudo que eu faça - fingi dar um beijo em meu ombro.

- Isso é verdade - ele passa as mãos no cabelo tirando o mesmo da frente de seus olhos o colocando para trás - tudo o que você faz é perfeito - ele dá um sorrisinho e se senta na areia.

- Ai quanta boiolisse, eu adoro - junto as mãos colocando as mesmas próximas do rosto fazendo uma expressão fofa, fui até ele e dei um beijo em sua bochecha me agachando em sua frente - eu quero Água de coco, pega pra mim? - faço carinho no rosto dele deslizando minha mão em seguida para seu peito.

- Eu pego pra gente - o mesmo me dá um beijinho rápido e levanta - não demoro tá ?  Vou rapidinho - ele diz e pega sua carteira enquanto eu afirmo com a cabeça, fiquei olhando na direção que o mesmo foi até que meus olhos avistaram um ser conhecido.

Levantei e ajeitei as pranchas uma em cima da outra, deixei uma toalha cobrindo os celulares e as chaves do carro do Jake e ajeitei meu cabelo, indo em direção a pessoa que eu achava que era.

- Jennifer? - paro ao lado dela que se assustou - calma, eu não vou te morder - mostro as mãos em forma de rendição - eu namoro - coloco as mãos na cintura.

Oi... Tefy - depois do susto ela disse em um tom meio de desânimo, franzi as sobrancelhas e olhei ao redor pois pelo jeito ela está sozinha.

- Tá sozinha ? - pergunto e ela nega - a Lisa tá aí ? - levanto meu olhar novamente procurando por alguém conhecido por perto.

- Não, ela não está aqui - ela ainda diz em um tom de desânimo - não estou sozinha porque você tá aqui - ela abraça suas pernas e olha na direção do mar.

- Por que veio para a  praia sozinha ? - estranho.

- Bom...- encheu as bochechas de ar - eu gosto de observar o por do sol sendo refletido no mar - ela evita olhar em meus olhos e sua voz mudou um pouco no tom de falar.

- Entendi...- cerro os olhos, coloco a mão na cintura e fico encarando a mesma- Tá tudo bem? - levanto uma sobrancelha.

- Tá sim, por que ? - pergunta enquanto mexe na areia.

- Estranho você vir para a praia sozinha - falo e ela fez uma expressão de confusa.

- Por que ? - questionou a mesma curiosa.

- Só... Nada, nada mesmo - neguei com a cabeça e virei de costas para ir embora. Após andar três passos parei ficando pensativa por uns segundos, bufei e voltei até a mesma me sentando ao lado dela na areia, olhando na mesma direção que ela olha em silêncio.

- Você voltou... Isso é tão estranho quanto eu vir sozinha para a praia - ela sorriu desviando seu olhar para a praia.

- O que você tem hein? - meu olhar estava no mar,mas notei que minha pergunta deixou ela um pouco nervosa  -Não que eu me importe com você... - olho agora ela que também me olha nos olhos - porque eu não me importo!- levanto as sobrancelhas - mas o que você tem? - olho ela de cima a baixo voltando em seguida o olhar para seus olhos.

- Tem certeza que não se importa ? - ela questiona e eu franzi as sobrancelhas - não estaria mais aqui se não se importasse - ela diz e eu fico pensativa enquanto balançava minha cabeça positivamente - respondendo sua pergunta, estou bem - ela tenta sorrir para disfarçar.

- Sou especialista em mentiras Made in Coreia, não tenta mentir pra mim não - falo e ela relaxa os ombros - vai, conta o que tá acontecendo Jennifer Kim? - questiono novamente e ela respirou fundo fechando os olhos por alguns instantes.

- Eu terminei meu namoro - ela disse em uma rapidez como se estivesse soltando algo muito pesado que segurava em seus braços, em seguida um silêncio tomou conta dali.

- Ham...- pressionei os lábios com força sem saber o que dizer porque não sei o que estou sentindo exatamente após escutar isso, por um lado eu estou dando uns pulinhos de felicidade, mas pelo outro estou me sentindo péssima por vê que ela tá triste pelo término dela. Sei o quanto é errado estar feliz por isso e pelo mesmo motivo estou me sentindo triste, não devia estar feliz pelo sofrimento do outro.

- Você deve tá feliz com isso né ? - ela me tira dos meus pensamentos confusos.

- Eu não sei...- sussurrei enquanto mantinha meu olhar fixo para o nada - talvez sim,  mas, mas acho que não estou... - franzi as sobrancelhas e molhei os lábios ainda pensativa.

- Que ? - ela ficou confusa.

- Eu acho que tô feliz, mas acho que estou triste - cocei a cabeça.

- Você realmente tem sentimentos confusos e bipolares - ela me olha de uma maneira estranha - é intrigante como sua mente funciona, difícil entender você - ela aponta para mim enquanto me observa com uma expressão de curiosidade.

- Eu me entendo, isso que importa! - balanço os ombros.

- Não, você não se entende e pelo jeito é bastante orgulhosa - ela diz e eu revirei os olhos.

- O Jennifer Kim, o assunto aqui é você e não eu tá? O foco da situação é você então fica somente no assunto que envolve você - faço gestos com as mãos entre ela e eu.

- Tá bem... - ela vira para frente e fica em silêncio.

- Não vai dizer nada não ? - me incomodo com o silêncio que ela faz.

- Por que a situação te deixa triste ? - questionou sem nem olhar para mim.

- Porque estou tendo empatia por você - levanto os ombros "escondendo" meu pescoço- sei o quanto machuca deixar alguém que a gente gosta muito- relaxo os ombros.

- Dói Tefy, dói muito - o tom de sua voz mudou - mas eu sei que é melhor assim, ele vai ficar melhor sem mim - seus olhos se encontram marejados e a ponta do seu nariz está um pouco vermelha.

- É... Eu também pensei nisso - olho para baixo - e me arrependi amargamente disso - suspirei colocando a mão sobre a cabeça pensando nas burradas que fiz.

- Dói afastar quem a gente ama - ela diz em um tom choroso.

- Dói... - sorri sentindo os olhos se encherem de lágrimas - você se machuca por duas vezes - coloco meus cabelos para trás - por você e por ele pois além de doer ter que afastar ele de você, dói  saber que magoou ele - me seguro ao máximo para não chorar na frente dela.

- É... - ela abraçou a si mesma ficando quietinha.

- Kenai... Ele gosta de você - fiz um barulho com a garganta - e assim como você está triste, ele também deve estar... - minha cabeça resolveu me mandar uma imagem do Kenai chorando e isso me deixa triste porque geralmente a culpa é minha.

- Ele tá abalado mesmo com a situação - ela virou o corpo em minha direção - mas acredito que isso foi o melhor para ele e para mim - ela começou a mexer nas unhas de suas mãos ficando um pouco nervosa.

- Por que seria melhor para os dois? Ele tava bem com você, Jennifer- viro para ela - depois de muito tempo, ele tava bem - meus olhos já estão lacrimejando devido ao fato de pensar nele chorando.

- Acredite, foi melhor Tefy - ainda sem jeito a mesma diz meio acuada.

- Mas e o seu coração? Como está ? - questiono e ela sorriu, mas o sorriso dela me comoveu devido ao fato de seus olhos estarem marejados, o jeitinho que ela tenta se manter firme escondendo a sua tristeza em um sorriso é pior do que vê ela chorando.

- Tá bem...- disse ela deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto seguida de várias outras que insistiam em cair, mesmo assim ela manteve o sorriso no rosto mesmo que seja nítido que está destruída.

- Não chora... Eu fico sensível - fecho os olhos tentando não olhar para ela chorando, mesmo que seu choro seja silencioso eu sabia que ela tá chorando e isso me deixa péssima - Jennie? - disse após abrir os olhos.

- Tá tudo bem - ela ri enquanto limpa suas lágrimas - não é a primeira vez que isso acontece - fungou - eu vou ficar bem... - olha para baixo.

- Eu espero que fique, de verdade - coloco a mão em seu ombro - eu.. - a mesma ainda olhava para baixo - sei exatamente o que sente - disse baixo - e de coração eu espero que você consiga deixar de sentir isso- tiro a mão de seu ombro e volto meu olhar para o mar.

- Ele ama você - ela diz e eu senti meu corpo gelar todinho - tentou ao máximo, mas não conseguiu me amar...- a mesma sorria enquanto olhava para o mar que agora reflete a luz da lua - Não dá maneira em que ele queria - olhou para baixo dando um suspiro.

Senti meu coração disparar de uma maneira que parece que eu estou correndo uma maratona, fechei meus olhos sentindo algo muito ruim dentro de mim, aquele sentimento de culpa novamente que me faz corroer por dentro e que me machuca tanto.

- Eu não tô bem...- disse em meio ao choro que eu nem sabia que estava acontecendo - eu não... - paro de falar e me desmancho em lágrimas pesadas que eu insistia em segurar dentro de mim, senti os braços dela ficarem ao meu redor me abraçando fortemente.

- Eu sei, eu também não - ela encostou sua cabeça em meu rosto e pude escutar ela chorar e isso me fez virar para abraçar ela de volta, eu sei que não temos intimidade nenhuma e eu nem gosto muito dela, mas acho que precisava de um abraço tanto quanto eu.

Após ela conseguir se acalmar aos pouquinhos fui me acalmando também e isso me fez sair do abraço dela e ficar olhando para baixo pensativa.

- Eu fiz tudo errado Jennifer, eu sempre faço tudo errado - comecei a fungar.

- Você é uma pessoa muito complicada realmente - encheu suas bochechas de ar - mas acredito que não faz essas coisas diretamente porque quer machucar alguém - ela coloca a mão em meu ombro - eu vejo que você tem uma personalidade forte e um temperamento quente - ela inclina um pouco a cabeça me olhando de cima a baixo -  Talvez você acabe falando coisas no automático, sem perceber e talvez nem é exatamente o que você quis dizer - ela fala e eu franzi o rosto observando a mesma - tipo quando você disse "não que eu me importe com você, pois não me importo" mas você se importa porque continuou aqui, você disse algo mas fez outra coisa... Como se tivesse dito ao contrário do que realmente queria dizer - ela diz e eu coloco uma mecha de cabelo para trás da orelha.

- Tô começando a mudar meu conceito com você Made in Coreia - cruzo os braços.

- Espero que seja positivamente - ela ajeita a sua postura - porque o meu conceito em relação a você continua o mesmo - diz ela e eu fico curiosa.

- A é? E o que pensa sobre mim? - questiono demonstrando mais interesse do que antes.

- Que é uma pessoa complicada e com alguns traumas internos - ela diz e eu fico impressionada - você é uma incógnita pra mim, é, você é o "X" e sua cabeça cria o problema - fiz uma careta.

- Você acha que eu sou uma incógnita de uma equação matemática? - ainda fazendo careta.

- É, você só precisa achar o valor do seu "X" para solucionar seu problema - colocou seu cabelo para trás - você sabe como resolver a equação Tefy, acha seu "X" e resolve logo esse problema! - ela diz e eu olho para cima.

- Resolver o problema, resolver o problema, só resolver o problema - repito para mim mesma para que minha cabeça entenda isso.

- Você consegue, eu quero que consiga...- sorriu fofa.

- Como você consegue ser tão legal comigo depois do que eu disse pra você ? - pergunto sem acreditar.

- Eu gosto de você - disse meio acuada - e sei que quando tá brava acaba dizendo coisas que talvez não queria dizer, você se incomodava comigo por fazer o que você não fez né ? Agora tô te dando a oportunidade de tentar de novo - ela levanta -  faça, faça antes que alguém resolva fazer por você de novo! - Esticou a mão para mim que seguro a mesma e me levanto, afirmei com a cabeça e então lembrei de algo.

- Cadê o Jake ? - pergunto para mim mesma, já faz um tempo que ele saiu e não voltou até agora.

- Não faço a menor ideia - ela levanta os ombros.

- Vem comigo Made in Coreia - digo e começo a andar rapidinho.

- Você vai mesmo ficar me chamando assim ? - disse ela que me seguia.

- Eu disse que ia te chamar assim - falo e ela sorriu.

- Tudo bem - disse começando a saltitar.

- Para, isso não! - disse e ela afirma, voltando a caminhar comigo.

Achamos o Jake conversando com o cara que aluga as pranchas e segundo ele, o mesmo viu que eu estava conversando com a Jennifer e que não quis nos atrapalhar então ficou ali com o cara da prancha batendo um papo sobre poluição. Levamos a made in Coreia para casa pois fiquei com um certo medo de deixar ela ir sozinha à noite, vai que acontece algo ruim? Eu não me importo com ela, mas não gostaria que algo ruim acontecesse.

...

Evie on:

- SAI! - gritou o Theo que está tendo um surto de raiva.

- Eu só quero te ajudar... - disse a Alli que tentava se aproximar dele.

- Vai embora - ele olha a mesma com raiva - VAI EMBORA!- gritou pausadamente cada palavra.

- Theo? Ela só quer o seu bem assim como eu - tento me aproximar também e ele começou a se contorcer tentando se soltar da camisa de força.

- Não dá pra tirar aquilo dele?- ela pergunta agoniada por vê ele daquele jeito e não poder fazer nada.

- Se tirar é provável que ele tente matar você e eu - faço um movimento circular entre nós duas.

- Não vai ter jeito,vamos ter que arranjar outra pessoa mesmo - disse ela e eu olhei para o Theo - olha o estado em que ele tá? Isso só está piorando,você mesma disse que ele fica pior sem os remédios - apontou para mim e eu cruzei os braços olhando para baixo.

- Eu até lembro de dois remédios que a Isa dava para ele - coloquei o dedo indicador em frente a boca tentando lembrar de como era o tratamento dele - mas eu não lembro de como era o tratamento todo,tinha coisas que ela usava que não eram médicas, mas que ajudava no tratamento - molhei os lábios voltando a cruzar meus braços.

- Você não tá estudando medicina? Não sabe o que fazer? - ela pergunta e eu dei um leve sorriso.

- Eu estou estudando medicina para ser uma ortopedista,não psiquiatra - falo e ela coçou a cabeça - ok que eu sei algumas coisas de psiquiatria,mas não é minha área e não posso fazer algo que eu não tenho certeza do que estou fazendo - levanto os ombros.

- Grr - ele estava rangindo seus dentes enquanto batia sua cabeça na parede com mais ódio,ia ir até ele mas a Alli impediu.

- Theo? - ela se aproximou dele que agora se encontra de olhos fechados puxando o ar de uma maneira agressiva.

- Sai...- ele sussurrou e ela se ajoelhou em sua frente - sai da minha cabeça - ainda em um sussurro o mesmo disse.

- Não tem ninguém aí Theo! - falo e ele bateu com a cabeça fazendo uma expressão de raiva.

- PARA DE FALAR,PARA! - mudou sua expressão franzindo suas sobrancelhas enquanto negava - para,para, para! - disse ele batendo novamente a cabeça, mas dessa vez a Allison fez ele parar segurando a mesma.

- Theo olha pra mim - ela segura firme no rosto dele para que ele não se machuque mais.

- Para de falar... Me deixa,vai embora da minha cabeça - ele fala com mais tranquilidade, mas o tom de sua voz me deixa ainda pior do que já estava me sentindo, ao vê ele naquele estado.

- Ei? Tá tudo bem,não tem ninguém aí - acariciando o rosto dele a mesma disse - olha aqui,olha para mim - o mesmo abriu os olhos ao escutar ela que sorriu.

- Suas covinhas...- ele sussurrou admirado olhando para o sorriso dela.

- É...você gosta delas né ? - ela pergunta e o mesmo olha na direção de sua boca,depois olhou para os olhos dela.

- Gosto - afirmou levemente com a cabeça - e também gosto de música - ele olha para o lado - do violão - sussurrou - da Isa... - deu um leve sorriso e a Alli me olhou.

- Ele - enchi as bochechas de ar levantando os ombros - não tá falando nada com nada,relaxa - sorri sem graça.

- Eu gosto de você também - ele disse olhando para ela que novamente olhou para o mesmo - e você - Theo sorriu para mim - minha cabeça tá doendo... - fez uma expressão de dor.

- Vem cá - ajudo a Alli a levantar ele e o sentei na cama.

- Alli? Me solta? - ele inclina a cabeça olhando ele.

- Não! - falo antes dela responder - não podemos Theo... - o mesmo novamente mudou sua expressão para raiva, Alli o abraçou e ele mantinha seu olhar em mim sentindo o maior ódio pela minha pessoa.

- Escuta? Presta atenção aqui tá ? - ela faz uma pausa - eu sei que isso te irrita,te incomoda,machuca e até mesmo não deve ser nada confortável ficar com os braços presos o tempo inteiro - se afastou um pouco para olhar ele nos olhos - mas sem isso,você pode machucar alguém que ama muito e eu tenho certeza que se machucar... - mexeu nos cabelos dele- vai doer muito mais do que a dor causada pela camisa - o mesmo desviou seu olhar para o chão.

- Eu não quero machucar ninguém - cabisbaixo ele fungou.

- Nós sabemos disso - ela diz e eu afirmei.

- Eu não quero ser mau - o olhar dele era de medo - E-eu...eu - ele começou a procurar por alguma coisa com os olhos demonstrando um certo pavor - para,para, para! - ele começou a puxar o ar com agressividade.

- Calma,Theo calma! - vou até ele.

- Não,não toca em mim - ele se afasta um pouco me olhando super assutado ainda ofegante - M-me deixa, Na-não me machuca - fez uma expressão de choro e escondeu seu rosto no peito da Allison, me afastei lentamente abraçando meus próprios braços como se estivesse com frio, o jeito na qual ele me olha me transmite muitas emoções e isso faz  meu coração acelerar muito sentindo uma certa dificuldade para puxar o ar.

- Evie? - desvio meu olhar para a Alli que me olha preocupada - você tá bem? - franziu as sobrancelhas,fiquei pensativa por alguns segundos e afirmei com a cabeça.

- Estou, estou bem - sorri sem graça - eu só...- aponto com o dedo indicador para a porta - pegar um copo de ar - falo e ela fez uma expressão de quem não entendeu - água,vou pegar água - pisco os olhos algumas vezes sentindo uma dorzinha de leve em meu peito, saí do quarto antes que ela pudesse dizer algo e me encostei na parede ao lado esquerdo da porta fechando meus olhos por um tempo.

- Evie? - ouço a voz do Tyler e abri os olhos vendo o mesmo em minha frente com uma expressão de preocupação - o que você...- ele não terminou de falar pois foi surpreendido por um abraço meu.

- Eu precisava tanto de você aqui - fecho os olhos sentindo o mesmo colocar a mão em minha cabeça aproximando a mesma até encostar em seu peito.

- Eu sei...- ele fala rápido - percebi que não estava bem pela maneira em que nos falamos por mensagem - envolveu seus braços ao meu redor.

- Eu não tô bem - olho o mesmo que afirma com a cabeça.

- Vem,eu cuido de você - saiu de minha frente ficando em meu lado agora,seu braço ainda ao meu redor me direciona a caminhar junto dele até a cozinha - senta aí que eu vou mimar você - o mesmo puxa a cadeira para mim e pega o avental da minha mãe - quer um docinho? Quer um salgado? O que você quiser eu faço - colocou o avental e se virou para mim.

- Eu não sei - disse desaminada encostando a mão no rosto e apoiando o cotovelo sobre a mesa - nem estou com fome - suspirei.

- O que tá sentindo? - se sentou de frente para mim.

- Uma dorzinha no peito e...- paro de falar para respirar fundo - uma sensação ruim, medo...- olho para o lado.

- Hum...- ele me observa - tem algum motivo em específico? - se inclinou para mim.

- Não - neguei com a cabeça colocando a mão sobre o peito - não tem - minha voz ficou chorosa.

- Tá bem- ele se levantou e veio até mim segurando minhas mãos me fazendo levantar - está assim por ver o seu irmão daquele jeito e não saber como ajudar né? - ele pergunta e meus olhos ficam marejados, fiz um biquinho inclinando levemente minha cabeça para a direita - eu não entendo muito esse lance aí de gêmeos mas sei que você sente boa parte do que ele sente né ? - pergunta ele eu afirmei.

- Eu tô me sentindo sufocada, sinto um aperto no peito e uma vontade grande de chorar mas eu não consigo porque parece que não tem lágrima nenhuma em mim - olho para baixo - eu tô com uma sensação ruim, sinto medo tremendo como se algo ruim fosse acontecer comigo e aí meu coração acelera e eu não consigo respirar - fecho os olhos sentindo novamente aquela sensação horrível em meu peito que me assusta.

- Respira fundo...- ouço a voz do mesmo que disse em um tom de voz baixa - você está bem, não vai acontecer nada de ruim - ele acaricia minhas mãos - você só precisa respirar fundo e essa sensação vai passar- beijou minhas mãos - você é forte e o seu irmão também, vão ficar bem... Só continua respirando fundo e levanta a cabeça, vamos superar essa - me deu um selinho o que me fez abrir os olhos vendo o mesmo que sorri fofo.

- Queria que estivesse certo sobre isso - respirei fundo mas parecia que o ar nem chegou em meus pulmões.

- Mor? Olha aqui - ele mostra dois dedos e aponta para seus olhos se inclinado um pouco para frente ficando mais próximo - olha bem no fundo dos meus olhos ok? - o mesmo fica sério enquanto eu o olho fixamente nos olhos - nós dois sabemos que o seu irmão está passando por uma fase na qual ele está perdido em si mesmo - afirmo com a cabeça ao escutar ele - e sabemos que muitas das coisas que ele sente você sente e vice-versa - ainda confirmando o que ele disse ele fez uma pequena pausa - mas isso que ele está sentindo agora é passageiro, seu irmão vai voltar a fazer o tratamento e ficará bem assim como você também - coloca uma mecha de meu cabelo para trás da orelha - nós vamos dar um jeito nisso, vamos cuidar do seu irmão e deixar ele bem - fez carinho em mim.

- E se não ficar bem? E se ele piorar? - fico preocupada.

- Eu sei que ele vai ficar bem - beijou minhas mãos - e a mulher mais perfeita vista pelos meus belos olhos vai se sentir maravilhosamente bem porque vai estar de bem com a vida pois seu irmão estará bem - ele me girou fazendo com que eu ficasse de costas para o mesmo - aí a gente vai sair pra comemorar a melhora do seu irmão, só que sem o seu irmão - beijou meu pescoço e colocou a mão na região da minha costela onde ele apertou duas vezes o que me fez gargalhar pois sinto cócegas ali.

- Não faz! você sabe que aqui é sensível - tento esconder aquela região com o braço.

- Por isso mesmo que eu faço - sussurrou - eu adoro quebrar sua postura de certinha - ele colocou a mão embaixo do meu braço, apertou o que me fez dá um pulinho.

- Para Tyler! - me virei para ele.

- Ah é? Vai me chamar assim Mô? - o mesmo faz uma carinha triste.

- Não vou ceder - cruzo os braços - não vou ceder, não vou ceder, não vou... puts, cedi - fiz um biquinho e dei um selinho nele -own meu chuchuzinho, assim não dá, eu não resisto- fico na pontinha do pé para encher ele de beijos pelo rosto.

- Hehe - ele dá uma risadinha de malandro e coloca a mão naquela região novamente e aperta várias vezes o que me fez começar a dar altas gargalhadas.

- Eu vou... fazer... Xixi...- ainda rindo.

- Você tá parecendo um tomate - ele ri passando as mãos em minha cabeça ajeitando meu cabelo.

- Uh - respirei fundo enquanto abanava a mim mesma com a mão tentando recuperar o ar -  eu sinto cosquinha - ele começou a me abanar também.

- Ain eu sinto cosquinha - ele afina a voz me imitando.

- Você sabe que eu não gosto que me imitem, não faz isso! - fico séria e ele sorriu.

- Olha isso, olha que coisa mais linda esse ser - ele fica me admirando - sou um cara sortudo - bate no peito todo orgulhoso - não tem defeito nenhum, nenhum, como que pode ? - coloca as mãos na cintura me olhando de cima a baixo - até bravinha você fica fofa - ele veio até mim e me abraçou novamente,

- Bobão - dei um tapinha em seu ombro e sorri rendida no homem.

- Posso morder? - ele bate os dentes uns nos outros.

- Não! - falo e ele se afasta um pouquinho.

- Ah por que não? - inclina a cabeça fazendo uma carinha pra tentar me convencer.

- Porque eu fico toda vermelha - mostro os braços para ele.

- E daí? Eu gosto de morder - bateu os dentes umas três vezes avançando em mim, seus braços ficam ao meu redor enquanto enche meu pescoço de beijos - você é meu amor todinho e só você foi capaz de me fazer ficar boiola desse jeito mulher - ele me olha de uma maneira carinhosa.

- Até hoje não sei o que eu fiz pra você se interessar por mim - mexo na correntinha em seu pescoço.

- Como assim você não sabe ? - ele franziu as sobrancelhas.

- Não sei - levanto os ombros - muito antes, acho que na primeira vez que você disse que queria ficar comigo - fiz uma expressão pensativa - pensava que só insistia em querer ficar comigo porque eu tinha sido a única das garotas que disse não pra você - enchi as bochechas de ar e soltei o mesmo em seguida.

- Ok eu não julgo você por pensar nisso porque dá a entender que foi isso,mas não foi - molhou os lábios para dar continuidade no que dizia - você sempre foi a garotinha certinha dona de uma inteligência extraordinária que pra muitos era chato pois incomodava ser a "irritante sabe tudo" da sala, enquanto pra mim - coloca as mãos sobre o peito - sempre foi fascinante, fantástico! - abriu os braços - eu olhava pra você e pensava " como que um ser humano de meio metro consegue ser tão inteligente assim? " - ele coloca a mão em uma região mais baixa de seu corpo tentando indicar meio metro.

- Meio metro?! - dei um tapinha em seu ombro e coloquei as mãos na cintura indignada.

- Meio metro de pura gostosura e inteligência - ele aponta para mim e sorri.

- Hum...- cruzo os braços.

- Eu ficava encantado com a maneira na qual você via o mundo - abriu os braços e olhou ao redor - toda vez que esses olhinhos aí - se aproxima tocando meu rosto - me olhavam nos olhos eu sentia uma sensação muito boa que nenhuma garota me fazia sentir - olha para cima - era como levar um choque, é, eu sentia uma corrente elétrica passar por mim e me arrepiava todo - passou a mão sobre o braço esquerdo -  você sempre me fez sentir coisas que nenhuma garota me fez sentir - volta seu olhar para mim - me apaixonei por você - deu um sorriso de canto de boca - e disse que deixaria todas para te ter, Evie - me abraçou - porque eu amo você - deu um beijinho em minha testa - e se depender de mim você vai ter que me aturar rabugento pela manhã até o resto da sua vida - ele me aperta um pouquinho e me enche de beijos.

- Você rabugento pela manhã não vai ser uma tarefa muito fácil de aturar não - digo  e ele franziu o rosto - mas você deu sorte de ter alguém bastante paciente- dou um sorriso sem mostrar os dentes - eu amo você grandão - fico na pontinha do pé para dar um selinho nele.

- E eu amo você Nanica - ele deu um sorriso tão lindo que eu senti tudo aqui dentro dançar uma bela melodia que a minha cabeça inventou.

O mesmo colocou a mão em minha nuca me dando um beijo que inicialmente foi calmo, mas logo foi ficando mais intenso ao ponto do mesmo me segurar em seu colo me levando até o sofá onde me deita e começa a descer os beijos para o mesmo pescoço.

- Opa, opa, opa! - ouço a voz do papai e o Tyler faz uma carinha de indignação - pode saindo, sai, sai - disse ele e o Tyler saiu de cima de mim deixando as mãos em forma de rendição.

- Tá Bailey May, já saí de cima dela - ele mantém suas mãos em forma de rendição.

- Nós não estávamos fazendo nada de mais papai - me levanto ajeitando meu vestido.

- Estavam sim, ele tava em cima de você te beijando  - aponta pra mim e depois pro Tyler.

- Se você preferir que ela fique por cima por mim não tem problema, a posição não importa - Tyler fala colocando as mãos no bolso e eu fico na frente dele.

- Paizinho, ele é o amor da minha vida... Pega leve tá ? - sorri nervosa vendo a fúria do homem nos olhos.

- Sofya disse pra controlar o ciúmes, sofya disse pra controlar o ciúmes, sofya disse pra controlar o ciúmes - ele repetiu para si mesmo de olhos fechados - sofya disse pra controlar o ciúmes, sofya disse pra controlar o ciúmes... - ele repetia enquanto seguia em direção ao quarto da mamãe tentando se manter firme e não pular no pescoço do Tyler.

- Isso é tão maneiro - ele ri olhando na direção que meu pai foi.

- Por que gosta de desafiar a morte ? -  questiono e ele da uma voltinha ao meu redor.

- A vida não teria a menor graça sem correr riscos - sussurrou em meu ouvido.

Me puxou pela mão correndo comigo até a escada, subimos rapidinho e fomos até o meu quarto onde ele dá um pulo na cama se esticando todo.

- Tô com saudades - ele se senta na cama - foi quase um mês longe da minha loirinha - ele abriu os braços.

- Foi muito triste ficar esse tempo sem você - fui até ele e me sentei entre suas pernas sentindo o mesmo envolver seus braços ao meu redor encostando o rosto no meu - eu senti sua falta Mô - fiz um biquinho e o mesmo começou a beijar meu rosto descendo para meu pescoço o que me deu alguns arrepios.

Me viro para ele olhando em seus olhos, com a mão em seu rosto beijo o mesmo que me trouxe para ele me fazendo ficar sentada em seu colo. Suas mãos começaram a deslizar pelo meu corpo parando em minhas nádegas na qual ele apalpa as mesmas, dou algumas mordidas em seus lábios o que fez o mesmo sorrir desviando seu olhar para meu pescoço, quando ele começou a beijar em meu pescoço escutamos alguém batendo na porta.

- Evie? - disse meu pai que bate na porta novamente - Evie? - bateu.

- Droga Bailey! - disse o Tyler indignado.

- Relaxa - coloquei as mãos em seus ombros - tem tempo - pisco pra ele e sorri saindo de seu colo.

- Espera aí - segurou em minha mão levantando junto comigo - beijinho - ele fez biquinho e eu sorri dando um selinho rápido no mesmo, me virei e fui ver o que o papai queria já que batia na porta sem parar enquanto chamava meu nome.

- Oi pai - abri a porta e o mesmo entrou no quarto analisando cada detalhe enquanto segurava um celular na mão.

- Alguém quer falar com você - ele  me entrega o celular enquanto ainda procura por alguma coisa no quarto.

- Relaxa Bailey, a cama tá estendida ainda - disse o Tyler apontando para a cama enquanto era fuzilado pelo olhar do meu pai, me afastei um pouco e atendi aquela ligação escutando uma voz feminina.

- Espera, o que ? - pergunto incrédula - no hospital? - levanto as sobrancelhas - tá,tá bem eu... Eu vou, só vou colocar uma roupa melhor e já estou a caminho tá bem? Tchau - desligo o celular e olho para os dois que se encaram de cima a baixo - papai ? Lembra do que a mamãe disse ? - falo e o mesmo fez uma careta desviando o olhar dele do Tyler.

- Controlar o ciúmes, sofya disse para controlar o ciúmes- ele emburrado.

- Muito bem - coloco a mão em seu ombro ficando ao lado dela - agora você repete isso e respira fundo enquanto encontra a mamãe lá embaixo tá ? - vou direcionando ele até a porta enquanto ele repete aquelas palavras.

- Duas vezes? Seu pai gosta de nos sacanear - ele se joga na cama.

- Eu preciso que venha comigo, agora! - vou até o guarda roupas e escolho uma roupa mais apresentável enquanto explico a situação para ele.

Isabela on:

- Feraaaa é hoje! - dou um pulo na cama o que assustou o pobre do cachorrinho que estava dormindo - desculpa meu amor, a mamãe não queria deixar seu coraçãozinho acelerado - pego meu neném no colo e me sento com ele na cama - deixa eu te contar - comecei a fazer carinho no mesmo - lembra o dia que eu disse que tinha uma entrevista de emprego? - pergunto e fico olhando para ele - é, aquele dia mesmo em que eu comprei a roupinha do Superman pra você - falo ainda olhando o doguinho e sorri em seguida - então, hoje é o dia da entrevista e eu tô super animada, com muita energia e super confiante - ele começou a me lamber - você acha mesmo? Acha que eu consigo? - trago ele para mais perto do meu rosto e o mesmo me deu algumas lambidas nas bochechas - eu espero que sim, eu quero muito conseguir um novo emprego, acredito que eu sou uma boa profissional - ele latiu algumas vezes - tudo bem, aquilo foi um deslize... Mas não interferiu na minha vida profissional né ? Foi só a pessoal, acha que eu sou boa no que faço? - pergunto e ele colocou a língua para fora - você tem razão - sorri - eu vou dá o meu melhor, Isabela Mills pode não ser muito boa com relacionamentos... Mas é uma boa profissional - olho para meu reflexo no espelho - você também acredita nisso né paizinho? - olho para a foto dele ao lado da minha cama- tá bem, vai dá tudo certo! - falo e solto o fera em cima da cama.

Fui até o banheiro e arrumei meu cabelo, escovei meus dentes e passei um perfume levinho, após terminar completamente de me arrumar fui até o fera e suspirei.

- Filho? A mamãe não tá te abandonando não tá? Eu só vou sair rapidinho e já volto - o mesmo faz uma carinha tão triste que eu sinto meu coração doer - eu sei que você se sente abandonado, mas eu prometo que não vou demorar  tá bom? - beijo a cabeça dele - tchau - mando beijinho para ele e vou até a porta sendo seguida pelo mesmo que começa a me puxar pela calça  - fera? Eu tenho que ir... - falo e ele segue me puxando - você nunca faz isso, deixa eu ir - ele está literalmente me mordendo - fera, não faz assim, a mamãe tem que ir - puxo minha perna e ele começa a rosnar para mim - eu não entendo quando você fala dessa maneira - coloco as mãos na cintura e ele começou a latir bravo - tá, eu preciso mesmo ir porque se não vou me atrasar bebê - falo vendo que o mesmo ainda late para mim, peguei ele no colo e fiz carinho até ué se acalmasse, levei ele até a cama e sai correndo rapidinho dali saindo do meu apartamento fechando a porta, pude escutar o choro do mesmo.

Após sair do prédio fui até a cafeteria que eu gosto tomar meu café da manhã antes de ir para a entrevista, eu sei que disse para o fera que iria me atrasar se ele ficasse me puxando, mesmo tendo uma hora de adiantamento no horário, gosto de sair bem antes caso ocorra um problema pois assim é provável que dê tempo para resolver. Assim que cheguei pedi um sanduíche e um suco natural, me sentei e fiquei esperando uns minutos até que veio meu lanche e eu comecei a me alimentar, assim que terminei dei uma olhadinha rápida no meu email para vê se não tinha nada importante, levantei e segui meu caminho para a entrevista.

O dia parece estar bem corrido hoje para todo mundo, muitas pessoas estressadas e apressadas para fazer algo, apurei meu passo somente para atravessar a rua pois o sinal já ia abrir, quando estava atravessando vi que do outro lado da rua estava vindo uma pessoa correndo e mais atrás dele vinha um policial, tento desviar rapidinho, mas quando ia subir a calçada o homem que corria do policial tropeçou e seu corpo se chocou com o meu me empurrando de volta para a rua, sentindo em seguida meu corpo sendo arremessado e tudo ficando preto de repente.

Abri os olhos e via um monte de gente ao meu redor, pessoas pareciam estar falando comigo mas eu não escutava nada pois em meu ouvido só escutava um "piiii", comecei a me assustar ao ver aquele monte de pessoas ao meu redor sem entender muito o que estava acontecendo. Uma moça chegou e começou a afastar as outras pessoas ao meu redor, em seguida ela se agachou próxima a mim e eu pude sentir seu toque em meu rosto, ela começou a falar comigo e de início eu não entendia nada mas logo comecei a escutar ela.

- Consegue me ouvir?- ela pergunta e eu queria falar que sim, mas não conseguia dizer nada - se consegue me ouvir pisca duas vezes - falou e ela e eu pisquei lentamente duas vezes - ótimo! - ela olha para frente - consegue sentir isso? - ela toca em minha perna e eu sinto dor - pisca duas vezes se sim, três vezes se não - ela diz e eu pisquei duas vezes - bom, isso é bom... Agora na outra - ela toca e eu faço uma expressão de dor - ótimo, você sente - comecei a escutar um barulho de ambulância se aproximando - vai ficar tudo bem tá? Você tá bem - ela diz enquanto faz carinho em minha cabeça, senti algumas lágrimas escorrendo pelo meu rosto  e logo senti uma mão segurar a minha - você não tá sozinha tá bem? Fica calma, não chore - acariciou a minha mão e foi me acalmando até que os médicos da ambulância começaram a mexer em mim, senti meus olhos pesados  de repente e isso fez com que eu fechasse os mesmos por uns instantes até que não vi mais nada.

...

Abri meus olhos lentamente piscando algumas vezes até os mesmos se acostumarem com a luz, olhei ao redor vendo que estou em um ambiente hospitalar, tentei me mexer mas meu corpo doeu todo o que me fez ficar imóvel da maneira que estava.

- Olá senhorita - ouço uma voz masculina e direciono meu olhar para a porta - como está ? - pergunta e eu molho meus lábios que estão super secos - não precisa responder, sei como está e o que está sentindo exatamente - deu um leve sorriso e se aproximou - consegue me ouvir bem né ? - pergunta e eu sussurrei um "sim", logo ele tirou de seu bolso uma pequena lanterna e colocou a mão em meu rosto, colocando aquela luz nos meus olhos observando cada um deles - bom, tudo tranquilo - tirou aquela lanterna dos meus olhos guardando a mesma.

- O que...- sussurrei e me esforcei mais para continuar falando - aconteceu? - pergunto e ele pega um papel e uma caneta anotando algo.

- Você foi atropelada - ele diz ainda anotando no papel - e aí teve fraturas no braço direito, pé e joelho esquerdo e teve também um traumatismo hepático - o mesmo me olha e eu arregalei os olhos - sei que parece ser bem ruim  e assustador - ele solta a folha e se aproxima - realmente foi ruim mesmo, você teve que passar por uma cirurgia pois uma parte do seu fígado ficou bastante lesionada, mas com tudo a cirugia foi um sucesso e você vai ficar em observação para vê como vai ser sua recuperação pós operatória - ele se afastou para pegar alguns remédios.

- Traumatismo... Traumatismo he... Hepático ? - falo com dificuldade demonstrando estar super assustada com a situação.

- Não é tão ruim quanto parece, já foi controlado e agora você está bem - o mesmo fez uma expressão fofa tentando me tranquilizar - pelo acidente, você poderia estar pior do que isso,mas você saiu com ferimentos "leves" até - ele fala e eu tento me mexer - evite movimentos bruscos para não se machucar mais - ele toca no meu pé  - no momento a senhorita precisa descansar tá bem? - ele foi até a mesa de remédios.

- Meu cachorro...- sussurrei.

- O que? - questiona ele.

- Eu preciso cuidar dele...- novamente sussurrei e comecei a me agitar pensando que o bichinho vai achar que eu o abandonei, pensando que vou passar muito tempo aqui e ele vai sentir minha falta e talvez morra de tristeza e fome já que não vou conseguir alimentar ele.

- Por favor, você precisa descansar - ele coloca as mãos em meus ombros.

- Ele precisa de mim, por favor me deixa ir - falo e ele olha para o monitor de batimentos.

- Você precisa ficar calma, seus batimentos estão acelerados demais - ele volta o olhar para mim - fica calma! - ele diz e aperta um botão ao lado da minha cama, em seguida chegaram duas enfermeiras e elas mexeram em algo que fez com que eu me sentisse muito pesada - você vai ficar bem, quanto ao seu cachorro nós vamos dar um jeito tá bem? Fica tranquila - o mesmo tocou meus cabelos e logo fui sentindo uma vontade gigantesca de dormir e assim fiz.

...

Após acordar novamente vi aquela moça que ficou comigo até a ambulância chegar sentada na cadeira ao meu lado lendo uma revista, ela aparenta ter uns 46 anos, pela maneira de se vestir ela é de uma classe social alta, ela tem um estilo de madame que anda com um poodle na bolsa e que fuma um charuto no tempo tempo livre, que bebe do vinho mais caro e que dorme em travesseiro com plumas de ganso.

- Olha só, você acordou - disse ela fechando sua revista deixando a mesma sobre a mesinha de remédios- como você está ? - ela pergunta demonstrando preocupação.

- Com dor - sussurrei.

- É, suspeitei disso - a mesma deu um leve sorriso sem graça - o médico explicou mais ou menos a sua situação, sei que não devia estar aqui - ela faz uma pausa enchendo as bochechas de ar - mas fiquei preocupada  e precisava vê como você estava - engoliu a seco.

- Eu tô bem - falo rápido tentando me mexer.

- Que bom - sorriu sem mostrar os dentes, ela se afastou um pouco indo para o outro lado do quarto - bom, eu acho que eu já vou indo pois tenho uma reunião muito importante no trabalho, já vi que a senhorita está bem e isso tranquiliza meu coração- disse dando a volta na cama - mas antes de ir gostaria de saber - parou em minha frente - qual o seu nome? - pergunta e eu molho meus lábios que estão super secos.

- Mills... Isabela Mills - sussurrei e ela demonstrou surpresa em seu olhar, em seguida mudou sua expressão para confusa e se afastou um pouco.

- Prazer E até um dia, senhorita Mills - sua voz agora está em um tom mais baixo e ela demonstra um certo nervosismo.

- Obrigada - me esforcei para falar mais alto antes dela sair, ela virou o rosto e deu um breve sorriso saindo em seguida saiu.

Fiquei pensando em meu pai que geralmente fica ao meu lado na cama na foto em cima do criado mudo, agora eu olho para o lado e não tem nada além de um quarto vazio com aquele som de "pi  pi pi " daquele monitor.
Aquele lugar me fez pensar em coisas ruins e apesar de estar acostumada a viver sozinha estou me sentindo mal por estar sozinha, geralmente não penso muito nisso mas é triste não ter ninguém por você, ninguém para segurar sua mão e dizer que vai passar e isso me faz chorar por lembrar que eu não tenho ninguém que faça isso por mim.

...

Estou de olhos fechados apenas pensando sobre algumas coisas até que escutei a porta sendo aberta.

- Isa?- ouço a voz da Evie e isso me fez abrir os olhos.

- Evie ? - estranho e a mesma veio até mim.

- Até que enfim achei você - ela disse pegando minha mão - eu tava preocupada, você sumiu sem dá notícia alguma - ela diz fazendo uma expressão de preocupada e isso me fez dá um leve sorriso por estar feliz em vê-la alí.

- Eu tô feliz em ver você - falo e ela mudou sua expressão para felicidade.

- Eu também tô feliz em te vê Isa - disse ela.

- Opa, com licença - disse um garoto entrando no quarto - e aí - ele acena se aproximando da Evie.

- Isa esse é o Tyler, meu namorado - ela aponta para ele - Mor, essa é a Isa... Psiquiatra do Theo e a quem ele vive chamando - ela aponta para mim.

- Ele me chama? - pergunto e ela afirma com a cabeça.

- Digamos que ele gosta muito de você, isso que o Theozinho não gosta de ninguém - ele coloca o braço ao redor da Evie.

- É? - dei um leve sorriso - como ele está ? - pergunto tentando me mexer mas isso me causou dor.

- O médico disse pra você manter repouso! -  ela ajeita meu travesseiro - Quanto ao Theo, ele não está nada bem Isa - se sentou sobre a cama.

- Ele tá piradão mulher, você tinha que vê o quanto o homem tá doidão, precisa de ajuda mas não quer  ninguém além de Isabela Mills - ele se sentou do outro lado.

- Precisa de você Isa - ela aperta seus lábios.

- Eu ajudo - respirei fundo - mas agora eu não tô nas minhas melhores condições - sinto uma dor em meu abdômen.

- Tudo bem, a gente cuida de você primeiro e quando estiver bem... Você ajuda ele - ela mexe no cabelo e eu afirmo.

- Como vocês me acharam aqui? - questiono e os dois se olham.

- Bom, eu recebi um telefonema do hospital dizendo que você estava aqui - ela faz uma pausa.

- Uma moça - ele segue falando - amiga do pai da Evie pediu para o hospital ligar para ele e pedir para Evie vir aqui pois uma amiga dela que no caso é você, estava hospitalizada - fico curiosa sobre isso.

- Que moça? - pergunto e logo lembro da moça que ficou comigo aqui e antes da ambulância chegar - mas...- estranho - como ela sabia que eu conheço você ? - pergunto para mim mesma.

- Senhorita, hora do remédio - disse o médico que entrava no quarto - vejo que tenho visitas - ele sorriu - prazer sou o Doutor O'Malley - apertou a mão da Evie e em seguida a mão do Tyler.

- Evie e Tyler prazer- disse ele.

- Bem, vamos tomar o remédio senhorita? - ele prepara a dose de remédio e eu espero o mesmo levantar a minha cama até que eu me sente para poder tomar o remédio.

Após minha medicação fiquei conversando com Tyler e Evie que me falaram muita coisa que aconteceu com o Theo, realmente ele precisa de ajuda urgentemente pois está sem os remédios e isso não é nada bom, Evie disse que vai buscar meu cachorro no meu apartamento e que vai cuidar do mesmo até que eu fique bem por inteira.

...

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