O veredito ♡ Capítulo 70

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-Vossa excelência, a parte autora agora chama a testemunha e pai da vitima, Albert Clark. –Meu pai levantou e tocou meu ombro.

Após voltamos do intervalo, estávamos na segunda e ultima fase de lembranças, testemunhas,  apelação com mais provas e o veredito. Estávamos na parte da tarde e o local estava ainda mais gelado, ou eu mais nervosa. Meu pai estava dando seu testemunho sobre a noite do acidente, ele contou como o dia passou, como soube de tudo e como ficou sabendo que não havia provas.

-Senhor Clark, o que sentiu quando o caso foi arquivado? –O promotor pediu licença ao advogado do meu pai e se aproximou.

Meu pai baixou a cabeça, retirou os óculos, soltou um longo suspiro e deixou uma lagrima cair.

-Injustiça? –Meu pai interrogou a si. –Quantos pais ou mães aqui estão preparados para perder seus filhos? –Meu pai falava e a juíza o encarava. –Se vocês que são responsáveis por a justiça me falaram que não tinham provas, o que eu deveria fazer a não ser chorar e me culpar? –Meu pai soluçou e a juíza falou.

-O senhor tem condições de continuar? –Meu pai consentiu e a mesma respirou fundo. –Leve seu tempo senhor Clark.

A juíza me deixava boquiaberta a cada minuto que se passava, obvio que em muitos momentos ela deveria ser imparcial mas sua face não parecia ser tão imparcial assim, afinal era ela um ser humano.

-Agradeço, mas estou finalizando. –Ele levantou a cabeça. –Talvez isso seja mais um desabafo do que um testemunho, mas posso fazer isso certo? Esperei anos, me culpei por manda-lo a outra cidade e farei isso até o dia da minha morte. –Meu pai levantou e encarou augustos. –Desejo que em seu tempo de prisão, viva bem e saudável. Todos os dias lembre da dor que causou a famílias, seus pais e possa se arrepender para ter chance de ser um pai para seu filho, e nunca deixar que ninguém o machuque. –Arregalei os olhos e meu pai desceu do gabinete.

Filho? O Augusto é pai? Meu pai não mediu palavras pesadas e cheias de raiva diante de todo o tribunal.

-Baker.... –Cochichei e Gustavo se inclinou a minha direção. –Filho? Só eu não sabia?

Gustavo bufou e consentiu, mesmo olhando para frente podia perceber seus gestos.

-Em seu tempo de hospitalização, ficamos sabendo que uma das mulheres lá era namorada do ruivo e estava grávida. –Ele bufou novamente. –Não se preocupe, ele livrou a namorada da culpa. Ele mentiu ao dizer que chantageou a mesma e assim, ela não foi presa. –Ele voltou para seu lugar por ordem do seu pai e o promotor começou a falar.

Jessie... Podia sentir que ambos tinham algo, podia senti que ela não queria me fazer mal.

Após cada testemunha o promotor falava, meu pai foi testemunha, Will e Josh também subiram no gabinete e falou muitas coisas. Will conseguiu dá mais detalhes da noite em que tudo aconteceu pois o réu havia chamado todos para saírem também. Eles confirmaram tudo em questão as chantagens e do medo que ambos sentiram por suas famílias.

-Vossa excelência, a parte autora agora chama a testemunha e também vitima, Gustavo Baker.

O júri ouvia atentamente, a juíza mexia em seus papeis e olhava para cada uma das vitimas. Quando chegou a vez do meu namorado aconteceu a mesma coisa que antes, ele foi chamado por seu advogado e subiu no gabinete e sorriu para Augustos.

-Gustavo, pode nós contar tudo que aconteceu na noite do seu sequestro. –O advogado andou rumo a Gustavo.

Gustavo começou a contar do inicio, seu pai sentado atrás de mim estrebuchava na cadeira, o mesmo estava inquieto. Meu namorado contou como foi seguido e como foi abordado pelo ruivo, como o mesmo o fez escrever a carta de despedida ao me ameaçar.

Acasos Do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora