Acasos Do Coração

Nem que seja a ultima coisa S2 Capitulo 50

-William, Joseph. -Sussurrei, abrindo um sorriso de canto de boca tentando não parecer tão surpresa.

Parados em minha frente os garotos se mostravam tranquilos ao perguntarem se poderiam entrar em minha casa, mesmo isso nunca acontecendo. De fato os amigos de Gustavo se tornaram meus amigos, e amigos dos meus amigos. -Sorri, abrindo a porta.

-Tia, esses são nossos amigos Will e Josh, melhores amigos do Gustavo. -Alex explicou a minha mãe que sorriu animada.

Gesticulei para os garotos entrarem em minha humilde casa, e minha mãe os cumprimentou rapidamente.

-Podem entrar, são meus antigos alunos Alex. Conheço bem as pessoas quase D. -A loira abraçou os garotos visivelmente surpresos e por um instante esqueci esse pequeno detalhe.

Conhecendo minha mãe como conheço, eles passaram poucas e boas nas mãos dela como professora.

-Saudade de você professora, mas da matéria não. -Will sorriu e Josh bufou, repreendendo o amigo. -Anne, podemos conversar? -Will indagou, e eu assenti. -Alex também, claro.

A cada palavra que o loiro me mandava, me sentia mais nervosa. Seguimos para meu quarto, no qual estava arrumado e acomodei os garotos que ainda não haviam falado o motivo da visita. Os meninos não mostravam estar aflitos, mas eu sentia todo meu corpo suar em uma proporção absurda.

-Gente, vocês estão falando sobre o dia de vocês, mas estou muito preocupada. -Falei. -Podem ir direto ao ponto? -Perguntei, apertando minhas mãos.

Estávamos sentados no chão em um circulo Alex ao meu lado ouvia atentamente os garotos falarem sobre o dia de ontem deles. Eu queria que eles chegassem ao ponto principal da conversa mais estava com muito medo de onde isso iria chegar, pois à mente de uma pessoa ansiosa tende a pensar logo nas piores coisas.

-Então, ontem à noite liguei para o Gustavo e ele estava saindo do Hospital. Disse que estava visitando Emma mais que passaria em nosso apartamento para levar umas fotos de quando jogávamos... -Will passou a mão na cabeça e coçou o nariz.

Senti o suor escorrer em minhas costas, Alex se mostrava impaciente. A partir do momento que o Baker não respondeu minhas mensagens era como se eu pudesse prever que algo estava acontecendo.

-Will fala de uma vez. -Alex balbuciou, quase esbravejando. -Isso não é hora para suspense, estamos aflitos.

O rapaz parecia procurar palavras ou temer dize-las em voz alta.

-Eu não consigo falar com ele desde ontem no mesmo horário. Ele recebia as mensagens e não as lia, estou entrando e pânico. -Funguei, prendendo o choro e Josh me olhou cabisbaixo. -Eu temo que o pior possa... -Pausei minha fala, sendo interrompida por Josh.

-Calma, não vamos pensar no pior. Vamos há casa dele, é o que precisamos fazer. -Já nervoso, ele levantou e Will balançou a cabeça em negação.

-Não é assim Josh, não podemos fazer tudo de cabeça quente. A Alice e a Emma não estão aqui, e precisamos pensar com todos que sabem de tudo. -Will, com calma nos explicou.

Minha mente estava longe daqui, tudo que temi estava prestes a acontecer e não podia fazer nada a não ser respirar fundo. Lagrimas escorreram e as limpei com voracidade. Minha mente estava rodando e a mil pensamentos por minuto.

-Tenho receio que Augusto tenha colocado alguém para te vigiar Anne, por isso precisamos nos atentar. -Arregalei os olhos e Alex apoiou as mãos na cabeça. -É uma hipótese...

Na rua, no restaurante com o Alex, e ontem. Eu tinha plena certeza que estava sendo observada e seguida. O homem de casaco laranja ontem no mesmo ambiente que eu, eu sabia. -Apoiei as mãos na cabeça e senti uma mão na minha cabeça.