Acasos Do Coração

Seus detalhes ♡ Capítulo 18

Deitado na cama da menina nem tão doce por quem me apaixonei observava seus detalhes, após ajuda-la em um momento difícil pude perceber o quão ela é forte. É claro que sempre soube que ela era uma menina diferente das outras milhares, havia muitas particularidades em sua forma de ver a vida e o futuro que me agradavam. Com o passar os dias e das vezes que eu a via, conheci seus defeitos e costumes diferentes dos meus como jamais deixar comida no prato por ser falta de educação com quem cozinhou ou até mesmo nunca entrar em casa de sapatos, pois são sujos da rua.

Hoje pude ver um dos seus momentos difíceis e que nunca tinha parado para pensar sobre, o tempo que ela passou no banheiro que foi bastante tempo, aprendi em sites de psiquiatria que a ansiedade é um mal do século e que por ser muitas vezes banalizada pode chegar a outros problemas psíquicos e ate mesmo ao suicídio.

Sua cabeça estava apoiada em meu peito, sem malícia alguma me sentia confortável, seus cabelos ondulados tocavam meu rosto e sentia o cheiro doce e suave de shampoo. Desde a noite em minha casa, o que sinto por ela vem crescendo cada dia mais, está fora do meu controle. Seu jeito duro e sério se misturam com uma menina doce e meiga tornando-se o misto que me faz a querer por completo. O medo de sentimentos que nunca vivi me assombram e sei como ela se sente. Talvez saiba mais do que ela possa imaginar. -Toco em seus fios de cabelos apoiados em meu braço.

O silêncio toma conta do quarto escuro e frio, assim que cheguei, sua mãe avisou que ela estaria na casa do Alex, fiquei esperando por quase uma hora, pois não quis me intrometer. Tento absurdamente não achar estranho ela na casa dele tarde da noite, não posso fazer cenas logo com o Alex que me apoiou.

Não sei o porquê dessa crise, para ser sincero não sei muito bem sobre isso. Porém, nunca a vi dessa forma, suas mãos estavam geladas e suando, seu corpo pálido e trêmulo. Vê-la assim me deixou em pânico, não sabia como proceder para ajuda-la, somente a abracei. Minha mãe dizia que o abraço cura muita coisa, tinha razão.

Ambos acordados, nenhuma palavra era dita. Sentia sua respiração tranquila e percebia os detalhes do seu quarto, cada parte tinha detalhes que era a sua cara. Alguns remédio em cima de sua penteadeira me chamava atenção, mas não perguntarei sobre. Meus olhos circulam pelo pequeno quarto com muitas fotografias, luzes, uma pequena estante com livros e uns enfeites pequenos, também a rosa que lhe dei dias atrás. Não contive minha felicidade ao ver que ela realmente se importava com as pequenas coisas, sua vida simples me deixa confortável.

No intuito de se acomodar, sua perna fica por cima da minha, e mesmo sem ver seu rosto por completo posso garantir que ela ficou vermelha, logo tirou a perna e se encolheu. O tempo podia parar naquele momento.

-Está melhor? -Sussurrei, tirando a bolsa de gelo da minha barriga.

Ela confirmou balançando a cabeça lentamente, e não sento segurança nessa resposta de forma alguma. Apesar de ter perguntado inúmeras vezes, como terei certeza?

-Vai passando aos poucos, mas estou envergonhada, estou te fazendo de babá. -Joanne falou em um tom baixo, cruzando os braços. -Se tivesse controle, apenas controlaria.

Menina boba.

- Não precisa ter vergonha, ninguém aqui é perfeito. Se isso acontecer de novo já posso te ajudar, e eu gosto de está aqui. Se não for te acusar problemas.

Joanne enrolou uma pequena mecha de cabelo com delicadeza, ouvindo atentamente minhas palavras. Percebia cada detalhe de sua face, pequenos e quase imperceptíveis sinais espalhados em seu rosto redondo e brando. Todos os seus detalhes e formas são de uma simplicidade absurda, é alarmante o quão ela é bonita.

-Meus pais gostam de você, acho que desde o natal. Não acusa problemas, você é meu amigo não é? -Vejo um sorriso brotar em seus lábios rosados e brilhantes.