Coordenadas até você ♡ Capítulo 54

124 28 236
                                    

Quando Joanne passou pela porta meu coração pesou e queria não deixa-la ir, mesmo estando aliviado quanto á muita coisa nada estava bem a ponto de me deixar tranquilo, a menina apressada saiu após a policia nos dá muitas informações sobre o caso do Gustavo e mesmo assim ficarmos sem ter o que fazer, sentado no sofá ao lado de Alice, Emma e Josh observávamos o pai do Will e o outro policial conversarem traçando rotas, mas de fato nenhum dos lugares os dava respostas.

Não estava conseguindo ser otimista como frente faço, porém não transpareci, não sabia o que pensar que pudesse ajuda-los. Meus pensamentos me levavam de volta a ultima vez que o vi na sacada do hospital e se soubesse do que aconteceria teria o esperado para irmos embora. -Minha cabeça latejou e apoiei as mãos na nuca buscando folego.

-Vocês tem certeza que não existem outros locais, ou outras cidades? Nossa cidade não é muito grande a ponto de uma pessoa se esconder assim... -Alice sussurrou, andando em círculos. -Vocês verificaram todos os carros que saíram da cidade?

Encarei a menina cacheada com um casaco preto amarrado na cintura e dei de ombros.

-Sim senhorita Moore. Carro por carro, placa por placa, motorista por motorista. Então o que nos leva a crer que ele está na cidade, não precisa se preocupar. -O pai de Will rabiscou o mapa estirado na mesa de vidro.

-Não precisa se preocupar? Senhor eu estou surtando e sem querer ser grossa... claro que  ele está ou  Augustos Peter Pan o levou para a terra do nunca voando. Merda, droga, filho da mãe. -Ela resmungou, soltou varias palavras em outro idioma que não entendi e como sempre me fez sorrir.

-Calma, nossa cidade não é como se fosse Nova Iorque e pode falar em nosso idioma? -Levantei-me e levantei minhas calças. -Irá afundar a casa da vó do Will.

Sendo encarado por Emma não me importei em abraçar Alice, afinal ela nunca deixaria de ser minha amiga. Ela estava tão mal quanto Joanne, em poucos minutos ela nos contou o quão Gustavo parecia bem das ultimas vezes que ela o viu. Coisas acontecem em nossa vida e nos tiram dos eixos, de fato Gustavo entrou na vida de todos aos poucos e conquistou nossa amizade como se o conhecêssemos há mil anos.

Dizer que não estou muito aflito é mentir, mas preciso crer que tudo irá se resolver afinal Augustos mexeu com o filho do dono de uma das empresas mais ricas do país, isso com toda certeza fará o Nicholas mover todas as montanhas, mares e policiais do mundo se preciso for, afinal é isso que os pais fazem pelos filhos, ou melhor, deveriam fazer.

-Gente, preciso ir. Preciso levar remédios para meu avô. -Sussurrei, fazendo os policiais me olharem. -Irei levar essas meninas, deixo cada uma em sua casa. -Peguei meu casaco e Alice seguiu em minha direção.

De fato precisava ir, mas também precisava de alguma desculpa para sair. Minha cabeça estava a ponto de explodir.

-Descabelado, podem ir. Sabe que quando estou aflita preciso andar, é meu remédio. -Alice se explicou e puxei um dos seus cachos, o soltando. -Preciso andar... 

Seus cachos pareciam molas fininhas, eram incríveis. O que me fazia lembrar dos cabelos da minha mãe que eram cacheados também.

-Tem certeza? Está anoitecendo, estamos longe de casa e estamos em uma situação incomum. -Preocupado, não queria vê-la por as ruas sozinha.

O que deu nessas meninas hoje? Todo mundo resolveu sair andando sozinho quando estamos no olho do furacão? Isso é um filme de terror que quando falta energia, toda a família vai para o porão? -Cocei a cabeça sem paciência.

-Não se preocupe com todo mundo, quer surtar? Vou andando, você levará a Raybell, e os remédios do senhor James. -Alice socou meu ombro, me empurrando para a saída.

Acasos Do CoraçãoWhere stories live. Discover now