Apenas sorria ♡ Capítulo 8

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Se vida é feita de momentos porque não viver o agora? Essa é a forma que eu gostaria de pensar, se eu não precisasse planejar tudo para tentar fazer tudo da certo na minha vida. Desde a minha infância sou assim, tenho cadernos que retratam quase toda a minha vida, de tudo que já aconteceu e metas que tenho á cumprir. Sempre fui uma pessoa muito ansiosa, ansiosa diagnosticada por um psiquiatra. Tudo que para o mundo é pouco tira minhas noites de sono, assim aprendi a escrever tudo que sinto, assim me acalmando do caos que se faz em mim.

Na escola amava tirar notas boas não por ser a melhor da turma, pois nunca fui. As notas boas eram para mim uma prova de está sendo eficiente em algo, uma forma de provar á mim mesma que eu era boa em algo. Sou insegura em coisas que para outras pessoas são banais, isso se estendeu por anos e anos e por meu jeito inseguro de ser nunca soube como me destacar na multidão. Eu sou um cubo mágico, nem todo mundo em paciência de montar e quem monta jamais esquece, porém são poucas as pessoas que tentaram montar.

Sentada no balanço barulhento eu espero de forma completamente sem noção, coragem para abrir uma mensagem de alguém que provavelmente me mandou por engano vez passada. -Retiro no bolso da minha jaqueta jeans o celular mais conhecido como bomba relógio.

Anne pode vir aqui em casa?

Alex avisou que estava pronto para conversar e não perdi tempo, levantei as pressas.

Posso sim, em dois minutos e meio chego ai.

Pensando bem foi melhor ninguém ter respondido a mensagem, sem expectativas, sem decepções como diz alguém sábio por ai. Mesmo sabendo que irei receber muitas perguntas está tudo bem. Caminho em uma rua calma e deserta, não a pessoas nem barulhos, as vezes queria morar em um grande centro como Boston, com certeza iria ter coisas para se fazer em uma noite tediosa como essa. Se tudo acontecer como planejado, estarei em um grande centro cheio de oportunidades em breve. -Avisto uma moeda no asfalto úmido e a pego, está com o número virado pra cima, do de ombros e a guardo em meu bolso junto com o celular e meu fone.

Minha vó dizia que achar moeda no chão é um bom sinal da vida, eu já acho que foi alguém muito azarado que perdeu seu dinheiro, tenho teorias contraditórias da maioria das pessoas.

Passo em frente a minha residência apenas com a luz de fora acesa, sinal de que meus pais já foram dormir, com isso não tenho muita pressa para está cedo em casa. Ao andar alguns metros paro em frente a casa do Alex, com um gramado bem verde e suas flores por toda parte graças a Sra. Ann . -Bato na porta em ritmo lento e suave, não quero acordar ninguém; O Sr. James usando seu suspensório engraçado abre a porta e nos cumprimentamos com um abraço carinhoso.

-Pode subir minha filha, o Alexander está no quarto. Fique á vontade.  -Sr. James me mandou um sorriso doce e aparentemente cansado.

A sensação de está incomodando me deixa sem jeito.

-Obrigada vô, boa noite --Andei em direção às escadas, tirando meu casaco e o amarrando na cintura.

Bato na porta do Alex em ritmo acelerado até ele abrir como sempre e além de Estou sempre dormindo colado na porta, ele acrescentou um adesivo de um gato deitado em sua cama dormindo. O Alex realmente não tem limite nenhum. -Deixei uma risada alta escapar fazendo eco no corredor.

-Pode entrar Anne, só deixa a porta no lugar. -Diz ele ao abrir a porta rapidamente cortando minha risada num susto.

Exibindo seu abdômen definido me fez encara-lo, não precisa disso.

-Que susto, infame. -Entrei no quarto mais bagunçado que o normal, e o encarei novamente. -Qual é daquele gato colado na porta? E qual tipo de furação passou somente pelo seu quarto? Não vi nos noticiários a passagem de uma catástrofe recente.

Acasos Do CoraçãoWhere stories live. Discover now