Reencontros S2 Capítulo 59

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A autora não gosta de deixar recadinhos aqui em cima mas vamos la♡ Já podemos acalmar nossos nervos por enquanto e esse capitulo ficou um pouco mais longo. A Anne tem muitos pensamentos e vamos acompanhar isso!

♡ 

Dizem que um tiro não dói, queria muito conversar com a pessoa que disseminou isso e desfazer esse mito, pois pelo menos em mim doeu como se meu corpo estivesse em puro fogo. Quando abracei Gustavo naquele galpão, sabia muito bem o que estava fazendo e que jamais me arrependeria disso desde que fosse feito com todo meu coração. Nunca vou saber se de fato ouvi tudo que falaram ou se foi apenas minha cabeça tentando trazer-me de volta, mas sei que ele jamais saiu de perto de mim, a voz do Gustavo ecoou em minha mente o tempo todo, mesmo fraca sentia seu toque e suas súplicas. Senti o desespero dos meus pais, aflição do Alex e senti todos os cuidados que recebi de Alice.

Acordei depois de algumas semanas completamente sedada e anestesiada, fui sentindo minha consciência voltar aos poucos e quando consegui abrir os olhos me senti grata por está viva, era como se não tivesse mais motivo nenhum para reclamar, era como se isso além de mexer com meu físico, o tiro tivesse mexido com meu coração. Todos esses dias vivi em companhia apenas da minha mente, e quando me dei conta que estava acordada nunca quis tanto minha rotina, o tédio da cidade, a preocupação excessiva dos meus pais, o grude do Gustavo, a voz alta da Alice e a proteção do Alex. Percebi que eu tinha tudo que precisava bem aqui.

Estava zonza, meu corpo estava pesado e meus olhos mal conseguiam abrir. Quando a enfermeira me viu despertar parcialmente, instantaneamente correram pessoas em minha direção e começaram a fazer testes em mim por completo. Fizeram cocegas nos meus pés para analisarem meu tato e meus reflexos, colocaram luz dos meus olhos para observarem minha consciência em questão de tempo e espaço, me fizeram falar meu nome e minha idade. Em poucos minutos o medico veio conversar comigo e me contou de tudo, todas as pessoas que passaram dias lá fora e as visitas que recebi, assim pude ver os presentes e desenhos por toda a parede.

Era surreal ver tudo aquilo, era surreal está bem. O médico me tranquilizou por hora e me pediu calma até ele comparar meus exames de antes com os de agora, mas que eu iria ficar mais calma em breve ao ver minha companhia da noite. Como se ele já estivesse familiarizado com toda a loucura da minha família, ele disse que havia aberto alguma exceções, sentia que enlouqueceram a cabeça do senhor doutor. –Fechei os olhos novamente e senti ter cochilado, até ouvir a porta abrir.

Por mais cruel que fosse não resistir a manter os olhos semifechados quando o ouvi falar comigo, mesmo sabendo que eu não responderia caso estivesse sedada. Senti seu cheiro embriagante mas não forte como se costume, era apenas o cheiro dele. Gustavo estava andando, arrumado, com os cabelos penteados e mesmo machucado estava incrivelmente bonito. Era como lembrar de vê-lo na escola sempre sentado no capô do seu carro, quando poderia imaginar que ganharia o amor do rei do basquete...

Gustavo começou a falar, conversar e contar coisas que me deixaram feliz ao ouvir, ele contou dos meus amigos e do seu pai que havia mudado para melhor, eu realmente não via a hora disso acontecer e realmente precisava ver com meus olhos. Mas naquele momento me bastava ver ele e foi o que fiz.

O ouvi falar, o vi arrumar as coisas e por fim senti seu toque. Gustavo sentou ao meu lado e com a cabeça deitada na minha cama ansiava o tocar, eu precisava o tocar. Mas foi quando o ouvi me prometer as coisas mais lindas e simples do mundo, ele prometia momentos e memorias tudo o que de fato sempre quis, o garoto prometia nunca mais sair do meu pé mesmo que custasse contratar com confeiteiro para colocar no meu lugar, e sabia que ele cumpriria tudo isso.

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