Capítulo 13

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Gabriela Pv'

Uma semana depois

Hoje acabava o prazo que Chucky me deu. Não sabia o que iria acontecer se eu não tivesse o que ele queria.

Havia conseguido me aproximar do Fantasma, até descobri que na verdade seu nome é Breno. E que ele é  um filho da puta.

Durante a foda ele era super tranquilo, mas quando acordava no dia seguinte me batia se eu ainda estivesse ao seu lado. Mas eu não  dormia com ele. Aproveitava seu sono profundo pra vasculhar sua casa. Peguei até alguns papéis, morrendo de medo dele descobrir.

Não sabia se aquilo era suficiente, nem se quer eu entendia o que estava ali.

Pulei da cama decidida em ir até  a boca aonde ele ficava, me fazer de besta. Tentar encontrar alguma falha.

Tomei meu banho demorado, vesti um short jeans curto e uma t-shirt preta, calcei meu chinelo.

Segui até  a cozinha, aonde Bianca preparava um sanduíche.

- Aceita?- Perguntou ao me ver.

Havíamos nos aproximado bastante desde aquele dia que ela me ajudou.

- Claro.- Abri a geladeira pegando o suco.

  Ela terminou os sanduíches e nos sentamos à mesa.

- Gabi.- Falou depois de um longo silêncio entre nós.- Não tenho me sentido muito bem.

- Ta sentido o que mulher?- Preocupei na hora.

- Fico tonta quase toda hora, e nada ta parando no estômago.- Fez uma careta.

- Deve ser...- Parei e analisei o que ela  tinha falado.- A não, não pode ser.

- Que foi?- Arregalou os olhos.

- Tu deve ta grávida.- Ela engoliu o seco.

- Não, de jeito nenhum.- Balançou a cabeça em negativo.- Deve ser alguma virose, sei la.- Se levantou indo lavar seu prato na pia.

- Como não? Vocês ainda fazem?- Fiz alguns gestos e ela deu risada.

- Já faz algum tempo, ele não tem me procurado mais.- Ela abaixou a cabeça.- Se eu te contar uma coisa, promete guardar segredo.

- Ih não to gostando disso.- Cruzei os braços.- Desembucha mulher.

- Eu traí ele.- Falou baixo.

- Como é?- Gritei surpresa.

- Fala baixo.- Me deu um leve tapa no ombro.- Foi só uma vez.

- Tu é maluca, se ele descobrir vai te matar.- Balancei a cabeça em negativo.

- Eu sei disso. Mas...- Ela nem completou a frase saiu correndo, fui atrás dela.
 
A mesma se abaixou em frente ao sanitário e vomitou. Segurei seu cabelo, até ela se sentir bem e se levantar.

- Vou dar um saída, na volta te trago um teste.- Ela assentiu.

Fui até o quarto pegar minha bolsinha e sai a deixando sozinha.

Segui rumo a boca principal. Duas semanas ali e eu já habia gravado alguns caminhos, pelo menos os mais importantes.

Todos os soldados me olharam, a maioria abriu um sorrisinho e alguns fizeram piadas.

- Fantasma ta ai?- Perguntei pra um cara sentado em frente a porta que dava acesso a casa, aonde ele ficava.

- Quem é tu, e o que quer com ele?- Levantou me intimidando.

- Não é  da sua conta, será que da pra sair da minha frente.- Tentei passar mas ele me empurrou.

- Tu é folgada em mina.- Todos prrstavam atenção naquela cena.- Fantasma não gostadas cadela dele aqui não.

- Me respeita, cadela é a tua mãe.- Eu e minha boca grande.

Escutei alguém falar, " eu não deixava". O car se emputeceu logo. Veio pra cima de mim, geral começou  a gritar.

- Ou ou, solta ela porra!- Pra minha felicidade ou não, Fantasma apareceu. Apesar dele ser moreno seus olhos eram verdes, e resaltavam contra a luz do sol.

- Foi mal ai chefe, mas a mina é treta.- Se afastou da gente.

- Todo mundo circulando nessa porra, quero o bagulho fervendo.- Geral acatou a sua ordem.

- E tu morena, ta fazendo o que aqui?- Ascendeu um cigarro de maconha.

- Só queria te ver.- Fiz uma voz doce e passei a mão em seu braço.

- Tu sabe que não gosto de mulher minha aqui.- Apertou meu pescoço com a mão livre.

- Sei sim.- Falei com dificuldade.

Ele continuou me encarando, seus olhos tinham um brilho incomum, parecia que tudo aquilo ali para ele era una diversão.

- Some daqui, mais tarde te mando o papo.- Me soltou.

- Porra Breno.- Uma morena alta surgiu do nada, tinha uma garotinha junto dela.

- Mas que porra, essas mulher tirou o dia pra me estressar.- Fantasma pegou a garotinha no colo.

  - To precisando de uma grana ai, essa menina dá gasto demais.

- Ta querendo é  moca naquele salão la que sei.- Fiquei quieta na minha, parecia que ele tinha esquecido que eu ainda estava ali.- Você ta precisando de algo princesa?- Falou todo carinhoso com a garotinha.

- Não papai.- Quase me derreti com a fofurar que era ela. Já  a mulher revirou os olhos.

- Libera ai vai, nem te faz falta.- Insistiu.

Ele colocou a menina no chão  e tirou um bolo de notas do bolso entregando pra mulher.

- Compra alguma coisa que ela quiser.- Em seguida abaixou ficando próximo a menina.- Cadê o beijo do pai?- A menina se aproximou e beijou seu rosto.

- Obrigada amor!- A mulher sorriu e pegou a mão da menina, indo embora.

- Ta fazendo o que aqui ainda desgraça? - Ele olhou pra mim.

Não disse nada, só dei as costas indo atrás daquela mulher. A forma como ele trata ela é  diferente. Mas até onde sei ele não tem nenhuma fiel assumida.

A segui tentando ser o mais discreta possível. Me escondi atrás de um muro quando elas pararam em frente a uma casa de portão verde. As duas entraram.

Então quer dizer que o ordinário tinha uma família, e se importava com ela. Pra mim não faria muita diferença, mas para o Chucky sim.

Sabia que era errado envolver uma criança no meio dessa guerra, mas pelo pouco que vi Fantasma serua capaz de qualquer coisa pra manter sua filha bem.

  Precisava sumir dali, antes que alguém notasse minhas atitudes estranhas.

....

In My BloodWhere stories live. Discover now