Capítulo 63

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Chucky Pv'

Fiquei ali paradão, só viajando no tapa que a morena me deu. Talita ja veio de graça pro meu lado.

- Oi priminho.- Me deu um beijo no rosto.

- Some da minha vista Talita.- Tava puto já.

Toda vez tinha uma treta pra atrapalhar o clima.

Sai do barraco do mano procurando por ela, não deu tempo dela ir tão longe.

Peguei a moto estacionada ali na frente e segui pra casa dela. Nem sinal dessa mulher. Tava nervoso já.

Parei em frente e bati na porta.

-Abre essa porra Gabriela!- Gritei batendo mais forte.

- Mas que escândalo é esse?!- A mãe dela abriu a porta.

- Cadê ela?- Disse ja invadindo a casa, olhei cômodo por cômodo.

- Será que dá pro senhor se retirar.- Apontou pra porta de saída.

- Foi mal dona Cristiane.- Tentei parecer amigável.

- Cadê minha filha?- Perguntou me fazendo parar.

- Não sei.- Respondi baixo.

Sai da casa, montei na moto e antes de dar partida chamei um dos soldados pra ficar de vigia na casa, caso ela aparecesse. Dei o alerta pra geral, se alguém soubesse de algo me avisasse. 

 Dei partida e fui pra entrada do morro.

- E ai chefe!- Fiz toque com os cria estavam ali.- Tem um moleque querendo falar contigo.

Olhei pra dentro da casinha e tinha um menino de uns oito anos sentado, não parava de tremer a perna.

Entrei la, puxei uma cadeira e sentei a sua frente.

- Solta o verbo.- Ele me olhou com medo.

- E que... Tio...- Gaguejou.

- Fala rapaz, tenho dia inteiro não.- Gritei.

- Oh mano relaxa ai, é só uma criança.- Vitinho e DG apareceram.

O garoto continuou calado, com os olhos arregalados.

- Eu vi a sua namorada Tio.- Encarei ele serinho.- Ela tava com um outra moça.

- Uma morena baixinha?- DG perguntou. O garoto assentiu.

- Parou um carro branco e os cara levaram elas.- Passei a mão no rosto. Era só isso que me faltava.

- E tu viu como eram esses caras ae?- DG entrou na minha frente.- Fala garoto.- Sacodiu o menino.

- Oh deixa o menino.-Vitinho afastou DG.

- Tu só ta calmo assim por que a sua mina ta em casa, sã e salva.- Apontou o dedo na cara do Vitinho.

- Eles estavam com boné, não dava pra ver o rosto.- O menino falou chamando a nossa atenção.- Posso ir?

- Vai moleque.- O garoto saiu correndo dali.

Peguei um beck que tava no bolso e ascendi. Precisava me acalmar pra pensar.

- Tu sabe de alguma coisa?!- DG me encarou sério. Assenti.

Não dava pra esconder nada dos mano, ainda mais com minha mulher em perigo.

- E qual vai ser o proceder?- Vitinho perguntou.

- Esperar.- Dei as costas pra eles e sai da casinha. 

...

Gabriela Pv'

Acordei em um lugar escuro. Era um cômodo vazio, a única coisa que tinha ali era poeira.

Estava jogada no chão, como cachorro abandonado. Meu corpo todo doía. Olhei a minha volta e nada da Bianca. Será que era apenas comigo?

Tentei me levantar, mas meu corpo ainda estava mole. Sabia que não adiantaria eu gritar, então fiquei quieta esperando.

Passou algum tempo e aquela porta finalmente foi aberta, revelando um cara magro alto e cheio de tatuagens.

- Olha só a donzela acordou.- Se aproximou de mim.- Sua amiguinha já estava com saudades.- Outro homem entrou com Bianca, ela estava com o nariz sangrando.

- O que fizeram com ela?- Tirei forças não sei de onde, mas levantei.

- Opa opa, calma ai mocinha.- Levantou a camisa revelando o revolver em sua cintura.- Não tem negociação contigo não.

- Por que eu to aqui? Por que tão fazendo isso?- Perguntei tentando não transparecer o meu desespero.

- Curiosa a moça né Cabeça.- Disse pro outro que riu.- Se comportem.- Soltaram Bianca no chão e saíram da sala trancando a porta.

 Corri até Bianca e abracei ela, a mesma começou a chorar.

- Pensei que quando Rafael morresse eu pudesse ter um pouco de sossego.- Chorava de soluçar.

- Vai ficar tudo bem.- A abracei forte.- Isso é tudo culpa minha.- Falei baixo, mas sabia que ela tinha escutado, e ficou calada.

 Ela se deitou no meu colo, fiquei acariciando seus cabelos.

Isso só podia ter relação com o Chucky, maldita hora que fui sair daquele churrasco. Mas quando é pra acontecer, vai acontecer uma hora ou outra, não adianta correr.

- Gabi.- Abriu os olhos me encarando.- E se ninguém vier buscar a gente?

- É claro que eles vão vir.- Balancei a cabeça.

- Você brigou com ele Gabi, ele pode pensar que apenas ficou chateada  e que precisa de espaço.- Pior que ela tinha razão, e agora minha mente estava dando um nó.

- Não vamos pensar nisso.- Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos.

 Depois de algum tempo Bianca acabou dormindo. Ela estava fraca, tinha medo de que algo tivesse acontecido ao bebê.

Escutei uns passos do lado de fora, seguido de algumas vozes. Pareciam calmas. Me esforcei pra escutar alguma coisa concreta, mas o som estava muito isolado.

A porta foi aberta e o tatuado entrou com uma cara nada boa.

- Acorda ela.- Continuei encarando ele.- Acorda ela!- Disse firme.

- Bia acorda.- Sacodi ela. 

- O que foi?- Levantou assustada. Olhou pra ele e depois pra mim.- Pensei que fosse tudo um pesadelo.

- Vamos.- Nos segurou pelo braço e fomos pra fora daquela sala. 

Passamos por um longo corredor. Ali parecia uma espécie de boate.  A musicava aumentava a cada passo que a gente dava.

Ele nos levou até um escritório, muito bem arrumado por sinal.

- Ora ora o que temos aqui.- Um senhor que aparentava ter por volta dos seus 50 anos.

Tinha a leve impressão de que já tinha visto aquele senhor em algum lugar.

....

Bom dia! Boa Tarde! Boa Noite!

Demorei um pouquinho, mas estou de voltaa!! 

Estamos quase la!

Espero que estejam gostando da história!

Muito obrigada por todos os votos e comentários!

Beijoos até o proximo !

In My BloodWhere stories live. Discover now