Capítulo 32

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Gabriela Pv'

  Ele dirigiu até o alto do morro, estacionou o carro em frente a uma casa e desceu.

Fiz de menina pirracenta e permaneci no mesmo lugar. Olhei pela janela e vi ele bufar de raiva, sorri.

- Com você é só na marra mesmo.- Abriu a porta do carro e meu puxou pra fora.

- Ai!- Reclamei.

- Larga de frescura porra.- Segurou minha mão e seguiu me guiando até  a entrada da casa.

Apesar de ser de noite, e não ter muita iluminação. Dava pra ver que a cada era pequena, porém muito bem organizada.

Entramos na casa e ele foi ascendendo as luzes. A sala era branca com detalhes em madeira.

Observei cada passo dele. Colocou as chaves e o revólver em cima de uma mesa de centro. Tirou o boné, a camisa e se jogou no sofá.

Encostei na porta suspirando pesado. Ele me olhou sem dizer nada.

- Então...- Pensei um pouco antes de falar. Será mesmo que eu deveria falar algo?- O que você quer?

Ele tirou a atenção de mim, fechou os olhos e jogou a cabeça pra trás.

Imaginei que ele não fosse responder, já que sempre fazia assim.

- Você!

Eu até poderia dizer aue foi algo da minha cabeça, já que estava na base do álcool. Mas ele repetiu.

- Quero você.- Dessa vez ele me olhou por alguns instantes.- Eu to ficando maluco.- Passou as mãos entre os fios de cabelo.

- Do que você está  falando? Ta delirando?- Fiz piada. Não conseguia acreditar que suas palavras pudessem ser verdadeiras.

- Porra Gabriela!- Exaltou.- Vou ter que desenhar?- Levantou e parou na minha frente.

- Do que você ta falando Andris? Não to entendendo qual a sua.- Me afastei dele.- Olha só a merda que você fez com a minha vida, e agora vem me falar que me quer?- Apontei pra mim mesma, desacreditada.

- Eu errei.- Fez uma pausa.- Eu sei que errei feio contigo, mas foi passado po.

- Passado?- Suspirei pesado.- Tu não tem noção da merda que fez.- Me aproximei dele novamente.

- Caramba.- Segurou meu braço, mas dessa vez de leve.- Que que eu posso fazer pra tu esquecer essa parada ai?- Disse olhando dentro dos meus olhos.

Dava pra ver que ele tava sendo sincero em cada palavra. Mas aquele papo furado nunca que ia colar comigo, sabia exatamente do que aquele cara na minha frente era capaz.

- Você sumir da minha vida.- Comecei a chorar, talvez pela tensão daquele momento, ou simplesmente o efeito do álcool correndo pelas minhas veias.- Me deixar em paz, esquecer que eu existo.- Me soltei dele e limpei as lágrimas.

- Como? Me explica como vou fazer isso se tu não sai da minha cabeça nem por um segundo.- Continuou olhando dentro dos meus olhos.

De alguma forma ele sabia que me prendia pelo olhar. Ao mesmo tempo que eu via tudo naqueles olhos, eu não nada. Era apenas escuridão.

- Para de falar essas coisas.- Algumas lágrimas ainda insistiam em rolar.- Eu sei que é mentira.

- Queria muito que fosse.- Ele me deu as costas e se sentou novamente de cabeça baixa.

Sequei minhas lágrimas.

- Andris?- Ele não olhou pra mim, mas eu continuei.- Me explica o por quê disso agora?

- Tu lembra daquele dia naquela estrada?- Perguntou olhando pra mim, e eu assenti.- Eu disse que tu tinha algo que hipnotizava, cai no feitiço facinho.- Riu sem graça.

- A me poupe Andris.- Disse com raiva.- Se sentisse algo por mim, não teria me deixado na mão daquele filha da puta.

- Eu não sentia nada por ti, pelo menos eu achava que não.- Fechou os olhos e abaixou a cabeça.- Eu quase morri pra te salvar.- Dei risada.

- Me poupe.- Bati um pé nervosa.

Ele levantou e veio até mim.

- To te passando a visão, e tu de graça pro meu lado.- Falou todo sem jeito, nunca tinha visto ele dessa forma. Sempre tão cheio de postura de homem mau.

- Deixa eu ir pra casa vai.- Quebrei o climão que ficou entre nos.

Ele não disse nada. Só me encarou, como de costume. Deu mais um passo ficando a centímetros de mim.

Seu olhar ora ia para minha boca, ora ia pros meus olhos. Meu coração  parou naquele instante. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um selinho demorado.

Acabei me deixando levar e inciamos um beijo calmo, mais cheio de calor. Suas mãos  desceram para minha cintura, me puxando pra mais perto de si.

Paramos pra respirar, mas em poucos segundos estavamos nos beijando novamente. Dessa vez era bem mais quente, cheio de fogo. Sua mão boba deslizou pra minha bunda apertando a mesma, enquanto as minhas permaneciam em sua nuca.

- To doido pra tirar esse teu vestido.- Falou assim que paramos o beijo. Deu um sorrisinho safado e começou a beijar meu pescoço.

Arfei quando ele apertou minha bunda. Me pegou no colo, e voltou a me beijar loucamente.

Começou a andar, e logo senti que ele havia se sentando, comigo ainda em seu colo.

- Não... não.- Falei entre o beijo tentando em soltar dele.

- Relaxa.- Mordeu minha orelha.- O que acontecer aqui, fica aqui.- Disse baixo.

Olhei em seus olhos com as mãos em seu cabelo, fazendo um leve cafuné.

- Tu é um filho da puta mesmo.- Um sorriso se formou em seu rosto, me puxou pra outro beijo.

Eu já sentia seu amiguinho dando sinal de vida debaixo de mim. Dei uma rebolada provocando e ele arfou.

- Tu gosta né.- Bateu em minha bunda a apertando em seguida.

Ele subiu meu vestido até a altura dos meus seios, mordeu os lábios olhando pra eles como uma cachorro faminto. Não demorou até que afundasse seu rosto ali, os chupando com vontade.

- Andris!- Gemi seu nome.

Ele parou apenas parar acabar de tirar meu vestido
, jogando o mesmo em qualquer canto.

Agora só me restava minha calcinha de renda preta, e aquela vontade imensa de ter ele dentro de mim.

...

In My BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora