Capítulo 59

422 37 16
                                    

Gabriela Pv'

Fui pro quarto e me joguei na cama. Já sentia as lagrimas descerem sem a minha permissão.

Escutei um barulho forte, olhei pra porta e ele estava la parado.

- Vamos conversar Gabriela.- Me levantei.

- Não tenho nada pra falar com você.- Empurrei ele.- Some da minha frente.

- Talita é minha prima.- Logo me lembrei da garota nova de quem Mayra tinha me falado.

- Conta outra Andris. Ela tava se jogando pra cima de você.- Me afastei dele, me sentando na beirada da cama.

- A gente tava conversando apenas.- Ele se aproximou ficando na minha frente.- Ela é quase uma irmã pra mim.- Se eu não estivesse tão brava com certeza eu teria dado risada.

Não disse nada, me levantei e fui pra sala encontrando a porta aberta.

- Que porra você fez?- Olhei pra ele que continuava com semblante calmo.

- Depois eu mando arrumar.- Segurou meu braço.

- Me solta.- Puxei meu braço.- Minha mãe vai ter um ataque quando ver isso.- Fui até a porta pra analisar o estrago.

- Vou mandar alguém arrumar agora.- Pegou o celular.

- Andris.- Chamei sua atenção.- Some da minha frente.- Apontei pra porta que nem fechada ficava mais.

Ele não disse nada, abaixou a cabeça e saiu sem olhar pra trás.

Melhor assim.

Fiquei alguns minutos olhando aquele estrago. O jeito é torcer pra minha mãe só aparecer amanhã bem tarde.

...

Depois de ficar algum tempo remoendo aquela historia, resolvi voltar pra festa. Eu que não iria ficar marcando bobeira aqui não.

Nem tomei meu primeiro copo, ficou todo na roupa daquela loira azeda.

Dei um jeito na minha maquiagem, bom demais usar produtos a prova d'agua. Ajeitei o cabelo. Por fim dei uma olhada no espelho, estava incrível como sempre.

Dei meus pulos pra travar a porta. Apesar de saber que ninguém iria mexer em nada. Ainda mais aqui dentro do morro.

Subi o morro como se nada tivesse acontecido.

Cheguei la e Mayra veio logo na minha direção.

- Aonde você tava doida?

Parei em um barraquinha e pedi outro copão.

- Esfriando a cabeça.- Peguei e dei um gole na bebida.

- Eu vi a cena toda.- Cruzou os braços.- Garota ridículo.

- To nem ai pra essa doida.- Fui pro meio da muvuca.

O funk estava estalando. Não  perdi meu tempo e já entrei no ritmo da música.

Terminei meu copão e ja sentia minha cabeça pesar um pouco. Já tava animada.

- Você ta bem?- Um moreno me perguntou.

- To sim.- Sorri e me afastei.

Fui até a mesma barraca e pedi outro copão.

- Desculpa, mas não posso te vender mais.- A moça disse calma.

- Como não pode? Quem disse isso?- Já não tava boa, vem essa pra me tirar do sério.

- Eu.- Olhei pra trás, e ele tava la me olhando.

In My BloodWhere stories live. Discover now