Dangerous Woman ➳ Stiles Stilinski

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"She never looked nice, she looked like art; and art isn't supposed to look nice, it's supposed to make you feel something."

     "Você está bem sexy."  Allison diz com um sorriso em seu rosto, ela nunca tinha visto a amiga se vestir desse jeito e estava bem surpresa ao ver que ela estava confortável. Nora sempre se vestia como qualquer outra jovem na escola: um jeans e camisa de estampa qualquer. No entanto, havia dias que ela realmente se esforçava para estar bonita – já foi de saia, vestido, e botas coturnos que a realçavam.

     Mas dessa vez era diferente. Nora aparentava ser poderosa, independente, preparada para passar por cima de qualquer um que ousasse aparecer em sua frente. Ela estava destemida e se sentia destemida. Com aquela legging preta fosca colada, as botas de salto, camisa e uma linda capa preta. Sem contar com aquelas luvas de couro em suas mãos e o batom vermelho destacando aqueles lábios perfeitos.

     "Sabe o que precisa fazer, não é? Apenas ganhe tempo o suficiente para entrarmos e encontrar o Katashi. Ele não pode estar lá para a compra pessoalmente, mas não estará longe."

     Os três apenas olharam Nora fazendo o seu caminho para encontrar o tal homem. Ela sabia que não seria uma tarefa fácil, e que por ser mulher teria um grande obstáculo pela frente, mas conseguiria lidar com isso. Nora sorrir quando entrou no balcão, olhou para os dois homens enormes ao seu lado.

     "Cavalheiros. Creio que o Sr. Katashi esteja me esperando." Ela diz.

     "Eu estou esperando por você." A menina ao ouvir uma voz profunda e grossa eleva seus olhos para encontrar o homem que está para recebê-la.

     Ele era um lobisomem. Não foi tão difícil de adivinhar já que suas garras estavam bem visíveis. Todos ao seu redor possuam armas de alta destruição, mas nenhum ousou dar um passo para cima de Nora. Até ali, ela não estava pra confusão.

     "É uma pistola de pederneira francesa. Feita em meados do século 17. Foi um presente de Luís XIV a uma importante família francesa." Ela diz. "Você quer saber qual o fato mais excitante?"

     O homem revela um sorriso. "De que você está linda? Esse eu já sei."

     Ela apenas revirou os olhos para aquele homem grotesco. "Só foi disparada uma vez."

     "Durante um duelo entre irmãos nas terras do Palácio de Versalhes. O Sr. Katashi sabe o que quer. Vamos ficar com ela." Diz.

     Nora engole seco mas concorda com o que o homem disse. Ele abre a sua maleta com milhões de notas de dólares. "Aqui tem 150 milhões."

     "Vou ter que contar." Nora diz revirando os olhos. Em sua mala ao lado ela pega uma das máquinas de contar dinheiro, e em cada mil separado dentro da maleta, ela os coloca para contar.

     Levaria tempo, e era só disso que ela precisava.

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     Ela contou. Contou. E contou. E quando estava prestes a chegar a 110 milhões o homem fecha a maleta, e Nora o olha confusa com a ação do lobisomem. Algo estava errado, ela pensou.

     "Não sabe toda a história por trás da arma, não é lindinha?" Ele sorriu chegando perto da jovem. Ela congelou sem saber o que falar, mas permaneceu com a mesma postura na qual entrou. "Não houve duelo entre os irmãos. Esse era o disfarce. A verdadeira história envolve um encontro com um animal na floresta. A mordida do animal fez com que o homem se tornasse algo monstruoso. Pelo código familiar o irmão desse homem o matou com essa arma."

     "É uma versão melhor da que ouvi, não acha lindinho? Você acha que me assusta? Advinha – não!" Deu um sorriso sarcástico enquanto voltou para pegar a maleta de volta, mas aquele homem a segurou pelo braço.

     "Eu gostaria de ouvir a sua história." Ele sussurrou em seu ouvido.

     "Eu acho que não." Nora disse enquanto tirou de sua cintura duas pistolas e apontou para o lobisomem. Todas as suas balas continham wolfsbane, só pela precaução.

     "Me leve até seu chefe ou vou atirar em você. E acredite, não irá querer ter uma bala dessas em você."

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     "Começando a lembrar? Foi há 24 anos. Sabe o que eles são, não sabe?" Diz o Argent, mostrando ao Sr. Katashi uma das máscaras em pedaços.

     O velho concordou. "São chamados Oni. São demônios. E são imbatíveis. Os Oni procuram quem não é mais si mesmo." Explica.

     Nora franze. "O que quer dizer com não é mais si mesmo?"

     "Possuídos. Por um espírito sombrio." Katashi diz, e logo um vento frio bate pela espinha do Nora. "Há treze tipos de Kitsune. Celestial, selvagem, oceano e trovão. Mas há um, um Kitsune sombrio. Eles chama de vazio. Ou Nogitsune."

     "Um Kumicho." Diz o Argent.

     "Isso mesmo. Ele estava possuído por um nogitsune. Foi o que ajudou a subir na família yakuza. Nogitsune consegue poder de dor e tragédia, conflito e caos. Sabem por que não tenho esse dedo?"

     "Penitência."

     "Há um ritual chamado yubitsume. Remover as articulações do dedinho enfraquecendo sua pegada na espada. Quando uma katana é segurada certo, o dedinho é o mais forte."

     "Por que levaram seu dedo?" Perguntou Isaac.

     "Não levaram. Um yakuza faz o ritual em si mesmo e oferece a seu superior. Foi penitência por um erro. E não foi meu único. Não sei o que havia, o jeito que eu me movia ou levantava sugeria que eu iria lutar. Porque eu estava... Me preparando para correr." Murmurou e se virou para encarar o Argent nos olhos. "Aquele tiro que você deu me salvou de parecer um covarde perante os sobreviventes. Por aquela humilhação, eu não abriria mão do meu dedo, abriria mão da minha cabeça."

     Katashi embrulha novamente a máscara. "Queria poder dar a resposta que precisa Sr. Argent. Devo a você mais que minha vida. Devo minha honra." Exclama. "Mas digo uma coisa. Se houver um nogitsune entre vocês... Deixe que os Oni destruam. Mesmo que seja sua própria filha."

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     Quando voltaram para a casa de Scott parecia que tinha acontecido uma guerra, a bagunça ali estava visível. O que mais chocou em Nora foi ver o pai de Scott ferido e indo a pressas ao hospital, ela logo pensou em Stiles e qual seria seu paradeiro.

     Ela viu Melissa correndo para a ambulância e acompanhar o agente. Nora apenas suspirou e viu que não tinha mais necessidade de sua ajuda. Todo aquele sentimento que tinha antes se desvairou e foi preenchido pelo vazio gelado e profundo.

     O que estava sentimento não era bom, aquela angústia em seu peito crescia mais e mais e Nora queria apenas deitar em sua confortável cama e deixar que o sono a consumisse. Mas de alguma maneira ela ainda não queria que aquele dia acabasse. Ela estava esperando por algo, mas não sabia o que era.  

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