41. O feiticeiro

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- Então estamos perto do espelho! Vamos pegá-lo antes de Elizabeth!

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- Você acha mesmo que o nosso amor vai durar? – Edward perguntou a Elizabeth. Ela nunca havia beijado alguém até completar quinze anos. Até aquele dia. Ela sentia algo estranho no coração, coisa que nunca sentira antes. Era algo muito bom de sentir. – Responda-me, por favor.

- Não faça isso, Edward. – ela suplicou. Seus rostos estavam próximos e podiam sentir ambas suas respirações se cruzando. Ele pegou gentilmente um cacho de seu cabelo e cheirou.

- Você cheira a morango. – ele riu. Ela ficou estática. Nunca recebera um afeto na vida. Ninguém nunca disse que ela cheirava a morangos.

- Edward, é melhor você ir embora. – disse, antes que algo estranho acontecesse.

- Não vou deixar você. Eu consigo ver o que ninguém vê em você. Eu vejo que ainda há bondade em você, meu amor.

- Não me chame de meu amor! Somos jovens demais para isso!

- Nunca seremos.

Então, ele lhe tascou um beijo. O melhor beijo que ela já recebera. Era simples, doce e recheado de sentimentos que faziam o seu estômago flutuar. Ela não queria parar aquilo nunca!

Assim que o beijo se cessou, as pupilas de Edward estavam dilatadas e ela podia sentir seu coração acelerado. Ela lambeu os lábios, ainda sentindo aquela maravilhosa sensação de sua boca macia.

- Gostou? – ele perguntou levando sua mão aos seus lábios.

- Sim. – ela respondeu timidamente.

Os dois sorriram e logo, abraçaram-se.

- Elizabeth, você está ai?

Dorothea, a cozinha, perguntou. Elizabeth se deu conta que estava olhando para o abajur de sua mãe. Os olhos marejados ardiam, que quando ela piscou, lágrimas desceram.

- Desculpe Dorothea. – ela disse. Estranhou a suavidade em sua voz. Apenas Edward conseguia deixa-la assim.

- Como a senhorita está? – ela perguntou meigamente, sentando-se na poltrona ao lado.

- Estou bem. Como a Cecilia está?

- Ela se recusa a tomar os remédios. Sente falta de Edward.

Elizabeth deixou soltar um suspiro. Cecilia era a mãe de Edward que estava doente. Cuidou de Elizabeth a vida inteira e agora ela retribuía o favor, deixando-a que morasse em um dos quartos mais protegidos do Castelo. Ela pediu para que Edward a deixasse, pois não queria que ele se privasse da vida longa que ele tinha pela frente.

- Você ainda gosta dele, não é menina?

Elizabeth não sabia como Dorothea conseguia trata-la com tanta gentileza e meiguice. Ela sorriu e balançou a cabeça em negação.

- Não, ele não gosta.

- Ora, menina! Não acredito! – ela riu.

- Eu sinto falta dele. Não consigo esquecê-lo. – olhou para a janela.

- E os rumores sobre uma Guerra? – Dorothea perguntou. – É verdade?

Dorothea conseguiu infelizmente estragar toda a paz que havia se instalado. Eliza se mexeu desconfortavelmente na cadeira e raspou a garganta.

- Claro. Preciso do espelho e eles não vão me entregar sem uma Guerra.

- Não é assim que resolvemos...

- É sim. Sem luta, não resolvemos nada! Preciso do espelho para poder tomar as outras dimensões!

- Você sabe a palavra? – Dorothea perguntou. – A magica?

- Descobri há um tempo. Richard me disse.

- Por que você convocou a Guerra?

- Já disse! Assim como eu, eles querem o espelho! Eles pretendem passar o poder a minha irmã, pois para eles, ela é a destinada, não eu!

- E por isso a Guerra?

- Claro! Somos uma monarquia! Em Mariland, as coisas se resolvem assim.

- Não, não resolvem.

_*_

- Quando vamos chegar? – Katherine perguntou. Suas pernas estavam envoltas pelo pano do vestido, como uma espécie de torniquete. Elas doíam a cada passo que ela dava para subir as montanhas da ruína.

- Katherinezinha, você vai me fazer uma massagem assim que chegarmos. – Dean diz.

- O quê? Ah, claro que não!

Thomas cerrou o punho.

- Dean, será que dá pra calar a boca? – disse ferozmente.

- Uh, parece que o protagonista na nossa novelinha mexicana está enciumado! – Dean revirou os olhos e sorriu.

Katherine nunca imaginou que Dean fosse... Dessa maneira. Fazendo piadas e sendo às vezes, completamente irritante.

Do nada, um homem aparece em meio às matas da floresta. Era alto, forte e com cabelos compridos. Estava ofegante pela corrida.

- Estávamos a sua procura, Dean!

- Fui buscar nossos aliados.

O homem notou Kate e os meninos. Abriu um lindo sorriso e disse:

- Katherine! Estávamos a sua espera!

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Agradeço a todos que acompanham o livro! Comentem e deixem seus votinhos, pois eu amo! Beijos da Isa <3 Ah, no próximo capítulo saberemos mais sobre o espelho e o poder de Kate e Eliza <3

Do Outro Lado| [ reescrevendo ]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant