Capítulo 52

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Eu definitivamente não deveria estar aqui, mas por que diabos eu estou aqui? Merda

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Eu definitivamente não deveria estar aqui, mas por que diabos eu estou aqui? Merda. Esse hospital está acabando com o meu psicológico, felizmente hoje terei alta e irei embora desse lugar.

Encaro a porta nervosamente e levo minha mão até a maçaneta da mesma, mas paro por um segundo para pensar e a retiro de lá rapidamente. A parte racional me diz para entrar mas a outra fala para eu fazer totalmente o contrário. 

Dou um passo para trás e bato o pé no chão, nervosa. Quando eu decido me virar para ir embora a porta é aberta e uma mulher de cabelos grisalhos sai da sala. Ela me encara com o cenho franzido mas depois sorri, como se tivesse reconhecendo um familiar que não via faz tempo.

— Olá, porque ficou parada aqui fora? Você pode entrar — ela cede um espaço para mim e eu dou um passo para trás.

— Eu não ia entrar, estava apenas passando por aqui — respondi transparecendo tranquilidade, mesmo que por dentro eu esteja com os nervos á flor da pele.

— Menina, não tenha medo. Eu quero apenas conversar com você, você é interna, certo? — aceno — Então, entra? 

Ponderosa, aperto minhas mãos, uma na outra. Encaro o consultório e depois a doutora. Eu já estou aqui, não tenho nada a perder, uma consulta não me fará mal. Dou passos curtos e incertos até dentro do consultório me posicionando em pé, ao lado de uma poltrona. Meu olhar curioso encara tudo no local, que era bem aconchegante para um simples consultório.

— Sente-se — indica a poltrona e eu me sento.

— Bom, meu nome é Lia Fitzgerald. E o seu? 

— Isabelle — respondo simplesmente.

— Quantos anos você tem? 

— Dezanove.

— E o que te trouxe aqui? — pergunta, com o tom de voz calmo.

— Algumas doenças — não queria soar rude, mas suas perguntas estavam me deixando desconfortável. 

Ao notar que suas perguntas estavam se tornando evasivas e não estavam me deixando confortável, ela para de fazer perguntas e começa a conversar comigo sobre assuntos aleatórios e eu comecei a me sentir confortável e já estava falando com ela como se a conhecesse. Diferente da minha antiga psicóloga ela não me pressionou em nenhum momento para responder a suas questões, respondi as que me senti bem para responder.

— Como se sente em relação a isso? Ser internada.

— Normal? — dou de ombros — Ficar aqui não é a melhor experiência de todas, mas fazer o quê? — sorri com amargura — Na real, sendo sincera, ficar aqui é bem melhor que lá fora. Aqui tenho um pouco de paz, não recebo nenhuma visita indesejada do meu padrasto, não fico brigando com minha mãe e nem fico sabendo se Elijah ficou bebendo até madrugada — falo.

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