Mais Feliz Do Que Nunca!

Capítulo 36

O dia de hoje estava insuportável, não sei se era apenas impressão minha mas o sol parecia brilhar demais. E haviam muitas pessoas caminhando de um lado para o outro na faculdade. Abro minha mochila e procuro um livro qualquer para fingir ler, ao menos isso vai me entreter por algum tempo, abri o livro e folheio colocando uma página qualquer. Era um livro de literatura, que não sei como foi parar na minha mochila e até que não era tão ruim assim, era a única coisa não ruim do dia até o momento.

Passo os olhos pelas letras fingindo estar concentrada no que fazia. Quem passava por mim achava que eu era uma aluna muito esforçada que adorava ler, sendo que eu estava fazendo aquilo por estar entediada já que Srta. Davis decidiu não aparecer e eu tenho que esperar pois ainda tenho aula. Na correria da minha vida acabei esquecendo que me inscrevi nas aulas extracurriculares de artes, só foi a aula uma vez e me arrependo por não ter ido mais vezes seria uma ótima forma de vencer o tédio.

Eu estava reclamando do sol e de alunos estando dentro de uma sala de aula, eu sei é trágico mas o que eu poderia fazer? Ficar aqui está sendo entediante principalmente por causa das gargalhadas exageradas que se ouvem no fundo da sala. Vendo que fingir ler não estava ajudando muito, retiro fones de ouvido da minha mochila e coloco uma música qualquer. Fecho os olhos e me deixo levar o som da música, por um instante pude esquecer que estava na faculdade mas meu momento de paz se resumiu á poucos segundos  já que um garoto idiota me cutucou.

O fuzilo com o olhar e o coitado encolhe os ombros, era um nerd. Me surpreendo por ele ter vindo até mim, ninguém fala comigo na faculdade. Talvez por meu jeito de ser e vestir mas eu nunca liguei pra isso, foda-se. Retiro o fone em um ouvido para poder escutá-lo.

— Desculpa por te incomodar, você poderia me emprestar seu livro? — pergunta apontando para o livro que estava sobre a mesa.

Dou de ombros e pego no livro estendendo até ele. — Não precisa devolver, é todo seu.

— Sério? — ele pergunta alegremente, como se eu tivesse oferecido um carro.

— Sim, pode pegar — falo e ele toma o livro das minhas mãos.

— Obrigado — ele agradece e se afasta.

Observo o garoto se afastando e infelizmente no processo pude ver Elijah entrando na sala. Ele também me encara, mas desvia momento seguinte. Não vou negar que dói ter esse tratamento, mas não há nada que eu possa fazer a não ser ignorá-lo e fingir que não me importo até que eu realmente não me importe, não posso dar essa importância toda a ele na minha vida, é apenas um garoto. O garoto que eu gosto, mas ainda assim um garoto.

Por alguma ironia, depois de Elijah, entra Sebastian. Ele encara toda sala e assim que seus olhos param em mim ele sorri e caminha em minha direção.

— E aí, Belle! Sentiu minha falta? — pergunta bagunçando meus cabelos.

— Meu nome é Isabelle e não, eu não senti sua falta.

— Senti falta desse humor azedo — diz se sentando ao meu lado e encostando a cabeça em meu ombro.