Dois adolescentes problemáticos.
Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...
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Sabe aquele momento em que você fica pensado em como teria sido se você não tivesse feito uma determinada coisa?
Eu me perguntava o motivo pelo qual não fiquei no dormitório, maldita curiosidade! Agora me encontro aqui, dentro da casa, no meio de uma enorme multidão de adolescentes dançando e tentando passar por eles mas estava um pouco complicado, quando ouvi falar que ele havia convidado toda faculdade eu achei que fosse só um jeito de falar, quando é que eu iria imaginar que era no sentido literal da palavra?
Ok... Talvez eu esteja exagerando um pouco, mas é que tem muita gente aqui e a música está bastante alta. Procuro por um lugar vazio e suspiro quando vejo uma espécie de bar, caminho até lá e me sento pedindo qualquer bebida sem álcool.
— Valeu — agradeço ao homem que estava do outro lado do balcão quando o mesmo me entrega meu pedido.
Bebo encarando o ambiente, não estava assim tão ruim mas reclamar já fazia parte dos meus hobbies então eu precisava achar algo para que eu reclamasse comigo mesma. Mandy sumiu assim que entramos na casa, ela falou que iria encontrar uns amigos e até me chamou para ir junto mas é claro que eu recusei.
— Você não parece o tipo de pessoas que curte festas — um garoto diz se sentando ao meu lado.
O encaro por poucos segundos e depois volto a encarar o ambiente.
— E não sou. Você é algum tipo de vidente? — pergunto, sem interesse.
— Não, mas não precisa ser um para saber que você não se encaixa nesse ambiente — ele diz e eu o encaro, dessa vez, por mais tempo.
— E porquê você diz isso? — me interesso pela conversa. Ao menos agora eu tenho um motivo para reclamar.
— Uma adolescente que gosta de festas não estaria sentada em um bar, sozinha, tomando refrigerante.
— É, você tem razão, desconhecido.
— Axel. Me chame de Axel — ele estende a mão e eu a seguro achando que seria apenas um aperto de mão mas ele leva minha mão até sua boca dando um beijo exageradamente demorado no dorso dela.
Quando ele me solta, surge um garoto do nada que passa por nós esbarrando propositalmente no ombro do Axel. O garoto só pode ser maluco, porque ele surge do nada esbarrando em uma pessoa que estava sentada e caminha normalmente. Não pude ver o rosto dele, então o segui para tirar satisfações, quem ele pensa que é?
— Ei, garoto! — o chamo e ele se vira para mim.
Porque será que eu não estou surpresa? É claro que seria ele, esse imbecil não tem cérebro só pode.
Por poucos segundos não o reconheci por causa da fantasia, seu rosto todo estava maquiado e sua fantasia me lembrava alguma coisa.
Puta merda!Era como se tivéssemos combinado porque mesmo sem intenção parecíamos um casal e por um momento de paranóia achei que Mandy havia me dado essa fantasia propositalmente e depois chego a conclusão que foi apenas coincidência, porque motivos Mandy poderia combinar nossas fantasias? E como ela saberia qual seria a fantasia dele?
