Dois adolescentes problemáticos.
Dois adolescentes tóxicos, cegos pelo orgulho. Uma mistura perigosa de fogo e petróleo que a qualquer momento poderia entrar em combustão, mas acima de tudo, duas almas quebradas que podem escolher entre unir uma a o...
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O dia de hoje está sendo uma merda, não que os outros dias sejam diferentes mas hoje eu consegui me superar. Acordei atrasada, quase caí escadas abaixo, não consegui tomar café da manhã, fui para faculdade em um estado horrível e por fim teve Elijah para infernizar minha vida.
— Você não vai a fraternidade? — Mandy pergunta e eu estranho o fato dela estar me perguntando isso já que nós mal nos falamos mesmo estando no mesmo dormitório.
— Não.
Ela dá de ombros e sai.
Ouvi falar muito dessa " fraternidade " hoje, na sala, no refeitório e no corredor. Pelo que ouvi não é um tipo de ambiente que me agrade então eu irei ficar por aqui. E além do mais, está fazendo frio e eu não vou trocar meu endredom por ficar lá fora com vários adolescentes aflorados.
Fecho os olhos mas quando eu estava prestes a adormecer, ouço alguém bater á porta. Por alguns minutos continuo na mesma posição fingindo que não estou escutando mas a pessoa teima em bater na merda da porta.
— Já vai, cacete! — grito irritada.
Me levanto com raiva e abro a porta com brutalidade. Fuzilo Sebastian, me perguntando o que ele fazia aqui, naquele horário, já passavam das oito da noite.
— Me dê um bom motivo para eu não fechar a porta na sua cara — aviso.
— Bom, eu sou seu colega de faculdade isso é um bom motivo, não? — pergunta e eu faço menção de fechar a porta mas ele me impede.
— Sebastian, você atrapalhou a merda do meu sono então fale logo o que você quer e vai embora. Antes que eu soque seu rosto.
— Vim levar você para ficar lá fora. Está todo mundo lá, você não vai ficar aqui sozinha.
— É aí que você se engana, Sebastian. Eu vou ficar aqui.
— Não, você não vai.
— Sim, eu vou.
— Não, você não vai.
— Sim, eu vou.
— Vamos, Isabelle. Se você não gostar você volta e pronto.
Vendo que ele não irá me deixar em paz sem eu descer, pego uma jaqueta e prendo meus cabelos de qualquer jeito. Sim, eu vou sair de pijama e pantufas, ninguém liga mesmo e além do mais eu sei que não ficarei lá por mais de cinco minutos.
— Você está tão linda com esse pijama — tira sarro.
Dou de ombros fechando a porta do quarto. Não tarda, nos encontramos do lado de fora do campus, onde se encontram vários adolescentes sentados a volta de uma fogueira, uns rindo, outros conversando, alguns se pegando e por aí vai.
Eles estão sentados em troncos que foram colocados a volta da fogueira. Prestando atenção, só agora noto que uma pequena parte não contém grama e é onde está colocada a fogueira. Passo daqui todos os dias, várias vezes mas nunca notei.
