Capítulo 1

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O tempo deve ser meu inimigo porque não é possível que já tenha se passado um mês, um maldito mês passou voando entre meus dedos, puta merda! Semana que vem começa a faculdade e eu não estou a fim de ouvir professores tagarelando

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O tempo deve ser meu inimigo porque não é possível que já tenha se passado um mês, um maldito mês passou voando entre meus dedos, puta merda! Semana que vem começa a faculdade e eu não estou a fim de ouvir professores tagarelando.

Porque eu não posso simplesmente ficar em casa? Curtindo minhas músicas, minha comida e pintando? Sem ter que aturar garotas esnobes, que se acham as donas do Universo.

Bufo irritada caminhando até meu Closet, deixo a toalha que cobria meu corpo cair e pego peças íntimas me vestindo em seguida,suspiro e encaro meu corpo através do espelho. Seios médios, barriga com algumas gorduras á mais, coxas grossas cheias de estrias entre outras imperfeições.

Não é o corpo dos sonhos mas é o meu e eu estou bem com ele, nem sempre foi assim, mas com o tempo aprendi a aceitá-lo.

Passo hidratante corporal e me visto. Calças pantalones, camiseta larga e tênis Nike. Prendo meus cabelos e coloco meus piercings. 

Saio do quarto com o celular na mão e fones de ouvido. Desço as escadas de forma despojada, estou aliviada por não ter que sair do quarto como uma espiã, encarando todos os lados com medo de me encontrar com meu padrasto.

Ele saiu de viagem há uma semana e só volta semana que vem, para o meu alívio. Não preciso mais de controlar sempre a porta do meu quarto com medo de que ele me faça uma visita surpresa á noite, como fazia quando eu era criança. 

Caminho até a cozinha e abro a geladeira, quase sorri quando vi um bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Sem me preocupar se vou aumentar alguns quilos, pego o bolo e um prato. Corto um pedaço bem pequeno do bolo e pego a outra parte, a colocando em meu prato.

Com um garfo na mão me sento na bancada da cozinha e começo a comer. 

— Mandei prepararem ele para você, sei que você ama — tomo um susto quando Marcela surge, de repente, na cozinha.

— Valeu.

Ela se senta ao meu lado sorrindo com ternura e isso me deixa desconfortável. Não entendo o porquê dessa bondade toda, nessas quatro semanas que se passaram ela tem tentado forçar uma intimidade que nós duas, não temos.

— Eu sei que fui ausente mas, eu quero você saiba que estou tentando concertar. Me dê uma chance, filha — fala.

— Você teve oito anos para isso, agora é tarde demais. E quer saber? Perdi a fome — me levanto e saio da cozinha, o ar de lá já estava se tornando sufocante.

Ouço sua voz me chamando mas ignoro, não estou a fim de ouvi-la. Muito menos de dar uma chance, deveria ter feito isso a oito anos, quando mais precisei dela, agora é tarde demais.

Decido caminhar um pouco, para espairecer. Pensei até em ir á casa da minha melhor amiga conversar até que me lembrei, eu já não tenho uma melhor amiga, não tenho amigas. 

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