Capítulo 41 - Necessidade.

Începe de la început
                                    

Sabia que tudo aconteceria no momento certo. Carlos olhou para o sorriso adorável de Fernando à sua frente na cama e apenas desejou que esse momento certo estivesse próximo.

♢♦♢

Ao fim daquela semana, Fernando voltou a trabalhar alguns dias na pizzaria e, durante o tempo livre, voltava a praticar seu antigo trabalho. Carlos, por vezes, o acompanhava enquanto ele estava em meio às pinturas, mas não gostava de incomodá-lo. Na maior parte das vezes, deixava o artista exercer seu ofício em silêncio.

O instrutor não conseguia ficar tempo demais dentro de casa sem querer sair para tomar um ar. Seja se exercitando, passeando com Kid ou fazendo compras, dava um jeito de se distrair, principalmente quando ainda estava perturbado pela ideia de ser paciente.

Dormir ao lado de Fernando não era a tarefa mais fácil do mundo e controlar seus impulsos de fazer uma cantada maliciosa também não, principalmente quando o via andando bonito demais pela casa. Todas as suas ideias do que poderia fazer para evitar de ter segundas intenções estavam se esgotando.

A casa estava perfeitamente limpa, a geladeira organizada e em seu guarda-roupa, tudo dobrado e alinhado. De toda forma, não podia reclamar de como o relacionamento andava, o artista ainda se mostrava interessado e aberto e tudo parecia evoluir, mesmo que devagar.

Sua opção no momento era dar uma volta, combinando de se encontrar na casa de Eduardo. O amigo estava de folga, então aproveitou para levar algumas compras já que passaria a tarde por lá. Deixou o carro estacionado do lado de fora, não demorando para ser recebido.

— O que é tudo isso? — Eduardo indagou, ajudando o amigo com as sacolas.

— Só umas coisas pra gente comer...

— Só a gente? Tem certeza que não tem mais uma gangue de motoqueiros pra chegar daqui a pouco? — O amigo brincou, ouvindo-o rir enquanto iam para dentro da casa. — Mas sério, cara. Não precisava trazer tanta coisa.

— Não é nada. É o mínimo que eu posso fazer pra te agradecer. Você ajudou muito pedindo emprestado a caminhonete do seu primo, pra gente levar as últimas coisas do galpão.  — Carlos afirmou, deixando as sacolas sobre a mesa de jantar do amigo. — Quebrou um galho enorme pra gente.

— Não tinha que agradecer coisa nenhuma. O tanto de coisa que você já fez por mim sem reclamar... — Cotovelou-o de leve. — Mas valeu mesmo.

— Posso pegar uma bandeja no seu armário? Pra arrumar os frios?

— E precisa perguntar? — O amigo riu outra vez, encontrando uma longneck gelada em uma das sacolas, abrindo-a. — Achei que o Fernando viria. Como é que ele tá?

— Ah... Ele quis ficar em casa, mas ele tá bem sim. — Carlos respondeu, após lavar as mãos. — Onde você guarda a faca de queijo?

— Na segunda gaveta. — Mostrou, apontando a direção.

Eduardo ajudou-o a tirar as compras das sacolas, enquanto Carlos colocava uma tábua sobre a pia.

— O Nando tá trabalhando bastante nos quadros nesses últimos dias. — Falou, enquanto cortava os pequenos cubos de queijo.

— Eu fico feliz por ele. — Eduardo apoiou-se no balcão, dando um gole na cerveja. — Eu vi a foto daqueles quadros que vocês tiraram do galpão. Eu já sabia que ele era bom, mas não sabia que o cara era foda! Queria eu ser bom em algo assim...

— É, ele é bem perfeccionista. Fica horas pra fazer uns detalhezinhos pequenos, ou tentando acertar a tonalidade da tinta. — Abriu um curto sorriso, deixando a faca de lado, indo para a mesa.

Indigente [COMPLETA]Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum