.58

896 105 68
                                    

Elizabeth Grimes

Depois de mais de 12 horas dormindo seguidas, estou pronta para voltar às minhas tarefas.

Em menos de meia hora sou informada sobre como tudo está na prisão, Glenn adora uma fofoca bem contada então é treinando para passar informações rapidamente sobre algo.

Muitas coisas aconteceram de uma forma tão rápida que chega a ser impressionante.

Antes mesmo do meio dia, já tínhamos adiantado muito serviço. Quase não me deixaram fazer nada alegando que eu ainda estava em recuperação. Mas cuidamos dos mortos e do restante dos doentes. Tabelei toda a reserva de comida para ver até quantos dias poderíamos ficar sem nos preocuparmos em ir atrás de mais recursos.

Ainda não tinha visto Daryl, e parecia mais que ele estava fugindo de mim que qualquer outra coisa. Brinquei com Carl, coloquei aquele carinha para correr esse gramado inteiro com as outras crianças.

Não estava de fato recuperada por completo, mas estava viva, e era isso que importava. E nesse estágio que me encontrava, Hershel disse não ser possível mais transmitir o vírus, então podia andar livremente pela prisão e falar com quem eu quisesse.

Por um momento em me senti em bem, me senti realizada, me senti em paz.

Mas como nem tudo são flores, logo o destino da um jeito de jogar na minha cara que ele está no controle e adora uns joguinhos sujos.

•°•°•°•

- Vai continuar fugindo de mim até quando? - seu corpo tensiona e sei que não me esperava aqui.

- Não estou fugindo de você. - diz. - Só estou ocupado. - o encaro divertida.

- Você, ocupado com coisas como contar latas de suprimentos e organizar planilhas? - debocho. - Sério, Daryl? Poderia inventar uma desculpa melhor então, sabemos que você morreria antes de ter que cuidar disso.

Me viro e saio de sua cela, se ele não queria falar comigo e estava fugindo de mim feito bicho, pois bem, eu que não irei insistir.

- Ei, Elizabeth? - o ouço me chamar. - É sério isso? - seus passos se apressam e logo suas mãos estão envolta dos meus braços me mantendo no lugar. - Dá pra esperar?

- Só estou fazendo o que você queria caipira. Não era isso? Ficar longe de você?

- Não seja infantil. - reviro os olhos.

- O que quer então? - o encaro. Estar tão perto assim de Daryl não é boa coisa.

- Conversar. Só quero conversar. - ele diz e então me solta.

Suspiro antes de indicar o caminho de volta a sua cela. Era a última do corredor e a mais fria também, mas não sei se o arrepio que senti é pelo frio ou pelas mãos de Daryl que estavam na minha cintura me guiando para dentro do cômodo.

Eu me sento em sua cama e deixo um espaço para que ele se sentasse ao meu lado, mas ele apenas se encosta na parede de frente a mim e respira fundo.

- O que nós somos? - ele pergunta depois de um tempo.

- Essa é uma pergunta que pode haver duas respostas.

- E qual é a sua então? - preciso de um tempo para buscar a resposta para a essas pergunta.

- Eu não sei... Depois de tudo, eu não faço ideia. - solto o ar que prendia meus pulmões e deixo que minhas costas vão de encontro a parede atrás de mim.

- Ver você daquele jeito e não poder fazer mais para te ajudar, acabou comigo. E apenas a ideia de você poder não sobreviver aquilo, Elizabeth...

- Ei, não faça isso com você mesmo. Eu estou aqui, estou viva, não tem porque ficar pensando nisso agora. - ele nega com a cabeça.

- Tem sim, claro que tem! - seu tom agora é mais alto, como se estivesse desesperado por revelar seus sentimentos. - O que eu quero dizer é que, eu nunca me senti tão impotente quanto me senti quando você ficou doente, nem mesmo quando Merle partiu para sei lá onde, ou quando ainda vivia com meu pai e não fazia nada para mudar suas atitudes.

O encaro e quase consigo enxergar as lágrimas. Seus olhos brilhavam.

- A questão Elizabeth, é que eu não posso ficar longe de você, não mais, não depois do que eu senti. - ele se aproxima e coloca meu rosto entre suas mãos. - Eu sei que disse coisas horríveis, dá qual me arrependo e peço desculpas. Faço o que você quiser, o que você me pedir, mas não posso me afastar mais de você.

Fecho os olhos, não consigo encará-lo agora, meus olhos estavam encharcados e minha respiração já estava oscilando.

- Sei que pensa que fugi de você o dia inteiro, mas estava apenas colocando minha cabeça em ordem. E cheguei a conclusão de que preciso de você tanto como de ar para respirar...

- Não diga isso.

- Sim, Elizabeth. Sim.

Nego com a cabeça outra vez. Amo Daryl, de todo o meu coração, mas dizer palavras com tamanha intensidade dessa forma não nos fará bem. Já passamos por essa etapa e não terminou nada bem para nós.

- Por favor anjo, me perdoe por dizer aquelas coisas a você. Por te afastar daquela maneira...

- Daryl? - o corto. - Cala a boca e me beija logo. - encaro seus olhos bem a tempo de ver suas pupilas dilatarem, e essa é uma imagem de perdição.

Sem mais delongas, Daryl agarra meu rosto que ainda estava sob seu controle e me beija vorazmente.

Sentir seus lábios contra os meus é algo que me traz a sensação de estar completa.

Alguma coisa cai no chão e me agosto o suficiente para ver que Daryl literalmente atirou sua besta longe e agora sorria de uma forma doce enquanto eu ri negando com a cabeça.

- O caçador abrindo mão de sua arma? - brinco.

- Já tenho a minha caça bem aqui. - suas mãos se firmam na minha cintura e sinto o arrepiar que se espalhou por meu corpo. - Eu ainda nem comecei e você já está assim? - ele ri. - Ah Elizabeth, como eu senti falta disso.

•°•°•°•

- E o que ele quer? - pergunto a Rick que me encara pensativo.

- Ele pode querer muitas coisas, mas a princípio? Com toda a certeza, a prisao. - diz com certeza.

Estávamos todos no pátio central agora conversando sobre o que o governador quer.

Em uma saída rotineira de Michonne - essa que já fazia muito tempo que não via por aqui - ela viu um cerco se aproximando da prisão.

- E o que você sabe sobre isso Andreia? - olho para a loira que está agora com a cabeça baixa.

- Não é só porque estava com Andrew que sei todos os seus planos, afinal, ele me deixou pra trás, não sei se esqueceram de te avisar. - eu vou matar essa mulherzinha.

Sorrio sem mostrar os dentes para ela e me volto para Rick. Não faria continuação a esse assunto para não me descontrolar.

- E como quer prosseguir agora? - ele me encara esperançoso.

- Do mesmo jeito que sempre, juntos.

•°•°•°•

PUIFA NÃO ME MATEM,
please

:)

ᴀɴɢᴇʟ ᴇʏᴇꜱ • ᴅᴀʀʏʟ ᴅɪxᴏɴ | 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 1 - EM REVISÃO E REESCRITAWhere stories live. Discover now