.21

4.3K 435 181
                                    

A maldita mangueira do radiador tinha estourado

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

A maldita mangueira do radiador tinha estourado. Essa droga me perseguia não é possível!

Acabo rindo com o pensamento e, o caipira que estava ao meu lado, mas ainda um pouco afastado de mim me olha curioso.

— Do que está rindo? - ele pergunta.

— Nada demais, só que... A primeira vez que nos vimos foi por causa da minha mangueira que estava uma merda, eu nem podia imaginar que dias depois estaríamos no mesmo acampamento lutando contra mortos-vivos. - falo.

— Nunca tinha visto uma mangueira tão podre quanto a sua, não sei como ainda conseguiu chegar na oficina. - ele comenta.

— O que posso fazer se não entendo nada de mecânica e acreditava na conversa fiada do mecânicos que ia? - ele balança negativamente a cabeça e se afasta rindo.

Já tinha dado uma olhada no trailer e não tinha jeito, precisávamos de outra mangueira, mas onde acharíamos no meio da estrada? E com um engarrafamento entre nós e a cidade mais próxima?

Tento pensar em uma solução quando meu pai manda quem está atoa, tipo eu, ir procurando nos carros qualquer coisa que fosse útil.

Me afasto um pouco da onde estão todos, mas sempre os mantendo em vista não sou tão idiota assim.

Coloco uma das adagas em mãos e vou vasculhando carro por carro. Esbarro em Dylan no caminho e ficamos um tempo tirando sarro da bagagem de um dos carros.

Tinham três malas de sapato no bagageiro. Três! Enquanto de roupas, comida ou qualquer outra coisa que fosse útil não tinha nada. Provavelmente alguma maluca viciada em sapatos, poderia facilmente ser uma filha de papai, mas os sapatos não pareciam ser de grife e nem o carro era da última moda, então o que resta é pensar que era apenas mais uma pessoa consumista. Esse dinheiro poderia ter sido muito bem aproveitado de outra forma.

Me afasto de Dylan e vou em direção contrária a que ele segue. Me mantenho perto de onde Carl e Sophia estão, mas quem é que deixa duas crianças soltas no meio de um apocalipse? Pelo amor de Deus, não nasci para ser mãe não.

O cheiro de podre começa a se tornar mais forte do que antes, e o barulho do andar arrastado das coisas se faz presente também. Olho para trás, onde ouço o barulho e vejo um grupo enorme com vários deles vindo em nossa direção. Procuro meu pai com os olhos e ele silenciosamente me fala para entrar debaixo dos carros.

Empurro Carl para um e Sophia para outro. Procuro Daryl por cima do ombro e não o encontro, maldito! Ele tinha passado por mim agora pouco. Rezo para que ele tenha visto o grupo e se escondido. Não vi Dylan também, e desejo o mesmo para ele.

ᴀɴɢᴇʟ ᴇʏᴇꜱ • ᴅᴀʀʏʟ ᴅɪxᴏɴ | 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 1 - EM REVISÃO E REESCRITAWhere stories live. Discover now