ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴏ ɪɴғᴇʀɴᴏ ᴇsᴛɪᴠᴇʀ ᴄʜᴇɪᴏ, ᴏs ᴍᴏʀᴛᴏs ᴄᴀᴍɪɴʜᴀʀᴀ̃ᴏ sᴏʙʀᴇ ᴀ ᴛᴇʀʀᴀ!
...
Daryl Dixon já tinha perdido tudo que considerava bom em sua vida. Com o apocalipse pôde ter certeza disso.
Mas tudo mudaria quando um certo par de olhos considerados angelica...
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Assim que desperto sinto minha cabeça latejar. Levo uma mão para ela e faço uma leve massagem em uma das têmporas em busca de alívio, o que consigo por um momento.
Olho em volta e vejo logo de cara que não é minha barraca. Estava enrolada em um cobertor e deitada na cama improvisada do caipira.
E assim que percebo me lembro dos acontecimentos de ontem. Logo a vontade de chorar retorna, mas a seguro dessa vez.
Saio da barraca e me espreguiço, minhas pernas não demoram para começar a estralar.
— Acho que eu deveria me preocupar. - fala Dixon atrás de mim. O olho confusa. — Você com essa idade está quase quebrando, eu então...
— Para! Nem é tão velho assim Daryl. - sorrio com sua brincadeira.
— Quer café da manhã? - pergunta. Nego com a cabeça.
— Estou sem fome. - falo e ele apenas assente. Não insiste, e nem fala nada.
— Você é uma folgada sabia? - indaga ele. — Deixou todos os animais para mim limpar. - aponta para o pequeno monte de corpinhos.
— Eu? Nunquinha. Me confundiu. - desconverso.
— Sínica.
— Ogro. - revido.
— Mimada.
— Não! Mimada não! - reclamo.
— Tudo bem... - ele fica em silêncio por um tempo como se estivesse pensando. — Não consigo pensar em mais nada.
— Talvez porque não tenha nada que chegue aos meus pés. - brinco.
— Tem razão. - ele fala baixo e eu coro, ficando vermelha feito um tomate.
— Obrigada por ontem, eu não... - não consigo terminar a frase e suspiro. — Enfim, só muito obrigada pelo apoio ontem à noite. - agradeço com um sorriso. Ele assente e me devolve um mini sorriso.
— Estou aqui Liz, sempre. - diz olhando pra mim.
— Não faça isso.
— O quê? - pergunta confuso.
— Não prometa coisas que não poderá cumprir.
— Por quê diz isso?
— Algum dia Daryl, eu posso precisar de você e você não estar. - suspiro.
Ele se levanta do tronco onde estava sentado e vem até mim pegando em meus ombros.
— Não estou entendendo Liz.
— É só que... Deixa quieto. - respiro fundo.
— Tudo bem, pode falar. - pede.
— Vamos fazer assim.... - penso antes de continuar. — Independente do lugar, situação ou com quem estivemos, se um precisar o outro estará lá... Mesmo que eu faça algo que você considere ser imperdoável, prometa que vai estar lá por mim. Assim como eu por você!
