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NARRADOR:

Aguns dias antes...

O mundo havia eclodido em uma nova versão, algo muito pior do que já era considerado por alguns. Agora não existiam mais leis, cada um por si. Poderia até formar um grupo, mas no final sempre será você por você. Um novo mundo onde confiar demais em alguém é sinônimo de morte.

Shane estava no hospital visitando seu amigo Rick, quando muito militares passaram pelas portas do hospital e fecharam às mesmas, inclusive a de emergência. Um minuto de silêncio se foi ouvido antes do som estridente e consecutivo de muitos tiros, foram muitas balas gastas ali em pessoas saudáveis, para evitar um futuro desastroso, o que não aconteceu.

Acreditavam que se matassem todos os que entraram em contato com alguma variação da doença poderiam contê-lá. Mesmo que matassem a todos, não havia mais saída, já tinham sido expostos a patógenos extremamente agressivos.

O policial se trancou no quarto do xerife depois de colocar um leito vazio em frente a porta. Desligou os aparelhos do amigo rezando para que seu coração continuasse batendo, para que caso alguém entrasse acreditasse que ele já estivesse morto. Já seu esconderijo foi o banheiro que havia no quarto, não tinha muitas opções.

Muito barulho, gritos, súplicas e depois um longo e quase ensurdecedor silêncio. Tudo estava quieto demais. Shane saiu do banheiro com cautela para caso visse ou ouvisse alguém, não havia ninguém, nem mesmo resquícios de que alguém tinha entrado no quarto.

Foi até o amigo e viu que deu peito não inflava, já não sentia o pulsar de seu coração, contastando que o homem estava morto. Talvez por nervosismo Shane não tenha chegado corretamente o pulso do homem, porque se tivesse o feito veria que a pulsação fraca ainda estava lá.

Saiu correndo do quarto, mas antes colocando o leito novamente em frente a porta do quarto, ouviu um barulho no fim do corredor e passos, não quis saber quem apareceria por ali então correu na direção contrária. Saiu pelos fundos do hospital e quase tivera um ataque alí mesmo.

Muitos corpos ensacados e empilhados em montes enormes. O cheiro de morte preguinava o lugar, não ficou muito tempo para observar, logo procurou seu carro partindo dali.

Viu algumas chamadas perdidas de Lori e Elizabeth. Nem havia contado ainda, mas já sentia a dor delas de perderem Rick. Ele era esposo de Lori, iria ser difícil superar, mas ela conseguiri. Porém, para Elizabeth era algo diferente, Rick havia salvado a garota, criado um laço fraternal tão forte quanto tinha com Carl, nem podia imaginar a dor de perder alguém assim. Nunca teve uma relação muito boa com a família.

Enquanto Shane corria pelas ruas ensanguentadas e assustadoras, os passos que foram ouvidos no corredor do quarto de Rick foram dados por um certo estudante que teve o desprazer em estar de treinamento ali hoje.

Ele corria de um grupo de infectados que tinha acabado de morrer, os militares esqueceram que mesmo os mais velhos e jurássicos ainda tinham força nos pés, e as coisas não pareciam se importar ou sentir algo.

Viu um quarto com um leito na frente da porta, foi imprudente, mas seria melhor enfrentar um morto dentro do quarto do que uma fila de senhorinhas querendo devora-lo.

Abriu a porta rapidamente e esperou dois segundos, nada apareceu então entrou e fechou a porta arrastando um pequeno armário de remédio que havia no quarto para frente da porta, fazendo uma espécie de barricada não muito eficiente, já que se forçasse um pouquinho a porta ela cederia. Portas de hospitais não tinham trancas, apenas alguns quartos específicos para quarenta ou algo parecido, para manter o paciente lá, mesmo que a força.

ᴀɴɢᴇʟ ᴇʏᴇꜱ • ᴅᴀʀʏʟ ᴅɪxᴏɴ | 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 1 - EM REVISÃO E REESCRITAWhere stories live. Discover now