ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴏ ɪɴғᴇʀɴᴏ ᴇsᴛɪᴠᴇʀ ᴄʜᴇɪᴏ, ᴏs ᴍᴏʀᴛᴏs ᴄᴀᴍɪɴʜᴀʀᴀ̃ᴏ sᴏʙʀᴇ ᴀ ᴛᴇʀʀᴀ!
...
Daryl Dixon já tinha perdido tudo que considerava bom em sua vida. Com o apocalipse pôde ter certeza disso.
Mas tudo mudaria quando um certo par de olhos considerados angelica...
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Antes mesmo do meio-dia já tínhamos voltado com muitos galões e baldes cheios de água, agora só daqui dois ou três dias, agora ficaria com as meninas que cuidam das roupas, mas como estão tranquilas me liberaram. Decido ir testar minhas habilidades com o arco novamente, faz tempo que não atiro, preciso voltar a prática.
Me equipo com a aljava e o arco preso no suporte junto na alça da bolsa de flechas, minhas adagas e pego a pistola que peguei no quarto de Rick e coloco no cós da calça. Fecho minha barraca e vou em direção a floresta, mas antes aviso Carl de que vou andar por aí.
Já estava alguns minutos andando pelo que eu acho ser em círculos, claramente passei pela mesma árvore umas quatro vezes. Não tenho a menor noção do que estou fazendo, como posso ter esquecido anos de prática?
Bufo me sentando aos pés da árvore que já era muito familiar pra mim. Enquanto conto minhas flechas, perdi algumas nas falhas tentativas de acertar algum animalzinho.
- Abre mais o braço. - uma voz fala entre as árvores me assustando.
- Aí meu Deus! - coloco a mão no coração respirando fundo depois de ver o rosto da voz. Era Daryl.
- Não queria te assustar, mas devia estar mais atenta, principalmente na floresta, poderia ser uma daquelas coisas e a essa altura você estaria sendo devorada. - fala e me arrepio de imaginar.
- Credo Dixon! Vira essa boca pra lá. - falo limpando minha bunda que ficou suja de terra seca.
Dixon segue minhas mãos com o olhar e tenta disfarçar depois de perceber que foi flagrado.
- O que disse sobre meu braço? - pergunto quando já tínhamos voltado a andar em direção ao acampamento.
- Hm?
- Você falou algo sobre meu braço, que deveria abrir mais, não entendi. - ele se vira pra mim me fazendo trombar contra seu corpo, porque ele tinha que para do nada.
Se não me segurasse provavelmente cairia de bunda no chao, mas seu aperto em minha cintura impediram de acontecer. Sabia que ele era enorme, mas perto de mim o homem parecia uma porta, me fazendo erguer a cabeça para conseguir olhar em seus olhos.
- Obrigada. - me afasto contra minha vontade.
- Tô vendo que está se acostumando em cair nos meus braços. - fala erguendo uma das sombrancelhas. Reviro os olhos e ele quase dá um sorriso, mas fecha a cara. - Está mantendo o braço muito fechado, desse jeito não consegue puxar a flecha o suficiente para chegar até onde quer. - explica.
- Eu tenho anos de prática em caça Dixon, e sei muito bem usar um arco. - falo e o vejo revirar os olhos dessa vez, e caramba e muito irritante.
- Então morra sozinha aí garota, não sei nem porque fui tentar te ajudar. - fala e sai andando novamente, só que mais rápido dessa vez, me deixando para trás.
