Capítulo 38

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Christian Grey

Ana já estava de quase 8 meses de gravidez e a barriga ficou ainda maior, linda e perfeita carregando nossa filha. Até dei uma mudada no meu horário de trabalho, ia de manhã para a empresa e voltava na hora do almoço para casa. Não quero passar horas trabalhando feito louco enquanto minha esposa está na reta final da gestação, dispensei qualquer viagem de negócios com medo de Ana entrar em trabalho de parto.

Estamos nos arrumando para o casamento de Elliot e Kate no cartório, logo depois iríamos almoçar na nossa casa de campo e passar a semana toda por lá. Arrumamos tudo essa semana e a Doutora Greene nos tranquilizou quanto a gravidez, dizendo que um ar mais sossegado fará bem a Ana e Phoebe.

- Amor – chama minha mulher e saio do banheiro.

- Oi baby – digo e ela está tentando fechar o vestido.

- Fecha o zíper pra mim, por favor – pede ela e me aproximo. Ela tira seu cabelo, deixando-os todo para frente e subo seu zíper dando um beijo na nuca.

- Estou cada dia mais gorda – diz ela olhando para o espelho e abraço ela.

- Não está gorda. Está grávida – respondo e acaricio seu ventre, sentindo Phoebe se mover e Ana respira – Tudo bem?

- Nossa princesa está ficando sem espaço – diz ela e rimos. É até engraçado de ver que só a barriga de Ana cresceu, porque seu corpo continua perfeito – Para de me olhar como se eu fosse um quadro em exposição, Christian – língua afiada!

- Olho como eu quiser, pois sou seu marido e pai da sua filha – retruco e ela aperta minha bochecha, me dando um selinho demorado.

- Agora vamos, porque somos os padrinhos e não quero me atrasar – diz ela e saímos do quarto.

[...]

- Katherine e Elliot, é da vontade de ambas as partes que realizam esse matrimônio? – pergunta o Juiz.

- Sim – respondem juntos.

Estou abraçado a Ana, com as mãos apoiadas no topo de sua enorme barriga e atentos a cerimônia civil. Percebo que minha esposa está emocionada por ver a melhor amiga se casar, enquanto eu fico vagando nas lembranças de alguns meses atrás do dia do nosso casamento. Ana estava linda naquele vestido branco rendado, o brilho nos olhos de felicidade e quando finalmente fomos declarados marido e mulher. Não existe outra melhor coisa do que ter Anastasia comigo e me dando seu apoio.

- Amor... – cutuca ela me tirando das lembranças – As alianças deles.

- Ah! Sim – digo e tiro do bolso a caixinha de veludo com as alianças, que Ana e eu decidimos escolher para lhes darem de presente de casamento.

Entrego os anéis para Elliot e prontamente ele pega uma, colocando no dedo anelar da noiva e Kate faz o mesmo processo. Logo em seguida eles assinam o papel, depois é a vez minha e de Ana assinar como padrinhos e Cindy juntamente com Blade.

E chega a vez das duas testemunhas que são Mia e Ethan, irmão de Kate, que noto um clima muito especial entre minha irmã e ele. Por último, os pais de Kate e os meus assinam.

O juiz dobra a certidão de casamento e entrega o documento aos noivos.

- Pela lei civil, eu vos declaro oficialmente marido e mulher – declara ele e todos aplaudem, enquanto os noivos se beijam feito doidos.

Ana se vira para mim e me beija.

- Se distraiu durante a cerimônia, amor – diz ela e sorrio, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

- Lembrei de quando nos casamos. Você estava linda naquele vestido – digo e ela encosta nossas testas.

- Eu amo você. Assim como a Phoebe amará o pai maravilhoso que já demonstra ser – diz ela e sorrio ao ouvir isso.

- Darei meu melhor para não falhar com vocês – digo e beija meu queixo.

Somos interrompidos pelos recém-casados, que nos abraçam animados por realizar uma etapa importante na vida deles. Afinal, já estavam juntos há quase 1 ano e Kate ficou morando sozinha no apartamento depois que Ana veio morar comigo no Escala. É o certo que Elliot vá fazer sua vida com a mulher que ele tanto ama.

- Parabéns, Leliot – digo e nos abraçamos – Obrigado por ser um super irmão para mim.

- Ora, topete. Nem vem com esse papo de gay – diz ele fazendo graça e caímos no riso, fazendo todos olharem pra nós.

- Meninos, estamos em um cartório. Riem baixo – repreende nossa mãe e olhamos um para o outro. Há anos não recebemos uma bronca dessas de Grace, confesso até sentir falta.

- Mas falando sério. Eu que agradeço por sempre me apoiar e estar presente neste dia tão especial para Kate e eu – diz ele e sorrio para meu irmão.

- De nada, Leliot – digo e fazemos o famoso toque de homens que criamos na infância.

Kate e Ana se aproximam da gente, aproveito para abraçar minha cunhada e lhe dou os parabéns. Ana abraça meu irmão, que toma todo o cuidado com a barriga grande.

- Cadê a Cindy? – pergunto quando Ana vem para meu lado.

- Blade levou ela pra casa, está com muita dor nas costas – responde Ana – Agora vamos indo. Estou um pouco cansada de ficar em pé – pede ela e prontamente atendo.

- Amiga, você já vai indo pra casa de campo? – pergunta Kate.

- Sim. Meus pés estão começando a doer – responde ela – Nos vemos lá. Te amo.

- Te amo também – retribui Kate.

Saímos do cartório de mãos dadas e Taylor nos espera com a porta do carro já aberta. Ajudo Ana a se acomodar primeiro e depois sento ao lado dela.

- Direto para casa de campo, Taylor – ordeno.

- Sim, senhor Grey – responde ele profissional.

Ana encosta a cabeça no meu ombro e acaricio seus cabelos, apreciando o idiota silêncio que surgira entre nós ali.

- Christian – chama ela e estranho que o apelido "amor" tenha desaparecido naquele momento – Quero te perguntar algo.

- Pode falar, baby – digo.

- Você chegou a pensar na possibilidade de casar com a Suzannah quando ela engravidou? – pergunta e logo me sinto enraivecido.

- Anastasia, jamais pensei que um dia engravidaria alguma mulher – digo meio ríspido – No dia que Suzannah me contou da gravidez, disse muitas coisas ruins e liguei para meu irmão. Ele me aconselhou a propor uma relação estável com ela, dar todo o conforto para quando o bebê nascesse e procurar tentar não errar na educação. Respondendo sua pergunta: pensei sim.

- Era o certo a se fazer pelo bebê – diz ela e suspira.

- E porque me perguntou isso? – pergunto bravo.

- Eu a procurei quando você foi internado pelo envenenamento – diz ela e fico nervoso – Cindy me passou o endereço dela e dispus a enfrentá-la para saber de tudo. Então ela teve o cinismo de me falar que até pensou na possibilidade de não abortar o bebê para casar com você, assim ela seria dona de parte da sua fortuna.

Fico puto da vida ao ouvir ela me contar o que me escondeu há quase 1 ano. Mas lembro que não tenho moral para reclamar de uma mentira, pois não havia contado que fiz a compra da SIP após saber do incidente dela com Jack Hyde através de Kate.

- No entanto, ela caiu do cavalo. Porque engravidei uma outra garota – digo e Ana empalidece – A minha esposa e mulher da minha vida.

- Sei – diz ela desconfiada – Com certeza falará isso para outra depois.

- Sim. E essa outra está aqui – respondo colocando a mão em sua barriga e beijo sua têmpora. 

Deve ter sido o acasoWo Geschichten leben. Entdecke jetzt