Capítulo 35

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Ana Steele

4 meses mais tarde...

Hoje completa 4 meses que estou com casada com Christian e 6 meses de gravidez, minha barriga está enorme e iremos fazer um ultrassom para descobrir se virá uma menina ou um menino. Meu marido até apostou com Elliot: se for menina, Elliot ganharia 100 dólares e se for menino Christian ganharia 200 dólares.

- Baby – chama ele enquanto tento calçar minhas sapatilhas.

- Oi amor – digo com voz de choro.

- Está pronta? – pergunta ele e vê meus olhos lacrimejados – Hey. O que foi, pequena? – ele ajoelha e acaricia minha barriga, sentindo o bebê mexer e sorri.

- Não consigo calçar minha sapatilha, Christian – respondo irritada e chorando. Ele ri fraquinho e enxuga minhas lágrimas.

- Baby, se acalme. E para isso, tem o pai do bebê e o marido certo? – diz ele e concordo. Christian pega a sapatilha da minha mão, colocando no chão e massageia com carinho meus dois pés já demonstrando estar inchados pela gravidez.

Ele calça com delicadeza as sapatilhas, amarrando os cadarços em um perfeito laço e me ajuda a ficarem pé.

- Prontinho, mamãe – diz ele e me beija – Vamos ver o que é essa pequena jóia?

- Estou ansiosa pra ver quem perde a grana – digo topetuda como sempre.

- Sou grato a tudo que é sagrado por ser privilegiado com essa língua afiada só para mim – diz ele e rimos – Agora vamos.

Agarro seu braço e descemos as escadas devagar, pois semana passada quase Christian teve um infarto quando escorreguei no último degrau e o bebê mexeu rápido demais, causando desconforto em mim. Tive que passar a noite na maternidade só para tranquilizar meu lindo marido de qualquer risco que corríamos.

Gail nos vê com um sorriso grande no rosto e vem nos abraçar, por todo o carinho materno que sente por nós e há muitos anos acompanha a vida de Christian.

- Meus amores, não sabe a alegria de saber que terei um neto de coração – diz ela. Gail foi babá de Christian quando ele foi adotado, Grace e Carrick trabalhavam e ela ficava tomando conta dele. Se tornando até uma segunda mãe para ele, até que Christian conseguiu seus méritos e veio morar sozinho trazendo ela junto.

- Mamãe Gail, eu tenho uma impressão que possa ser um meninão – diz ele colocando as mãos na minha barriga.

- Assim como também pode vim uma mocinha linda – diz Gail e segura na minha mão – Boa consulta a vocês e que Deus os acompanhe.

- Amém – respondemos juntos.

Taylor nos acompanha no elevador, junto com Sawyer e descemos para a garagem. Christian me ajuda a entrar no carro e logo está ao meu lado, segurando a minha mão durante o caminho todo.

[...]

Estou deitada na cama, Christian ao meu lado acariciando meus cabelos e nossos olhos presos a tela vendo cada detalhe do nosso bebê. Dra. Greene explicava aonde estava o pé, a cabeça e deu pra ver até o narizinho pequenino dele.

- E este é o coração do bebê de vocês – diz a médica e aumenta o volume do monitor. Um barulho rápido encheu o consultório e uma lágrima escorreu no canto dos meus olhos.

- Coração forte esse – diz Christian surpreso com tanta novidade.

- E mais, senhor Grey. Hoje esse pequenino colaborou – diz ela e já ficamos atentos ao que é – Vamos revelar o sexo. Preparados?

- Sim – respondemos juntos.

- É uma menina – revela ela e Christian sorri, me dando vários selinhos.

- A nossa Phoebe Anastasia Grey – digo e ele cola a testa dele na minha.

O exame termina e a nossa médica passa mais algumas recomendações de todo mês. Nos alerta caso alguma emergência, riscos, dor desconhecida e até as famosas contrações de Braxton Hicks que costuma assustar pais de primeira viagem na reta final da gestação. Christian escuta com toda atenção do planeta.

Vou até o banheiro colocar minha roupa de volta e saio já com Christian me esperando em pé para irmos embora. Vejo que ele ri da sua derrota com Elliot e terá que perder 100 dólares.

- Vamos logo acertar sua dívida – digo e ele rir da idiotice que é perder para um bobo como o meu cunhado.

- Sim. Se não serei um homem caçado – retribui ele e eu rio segurando a barriga.

Dra. Greene despede de nós e saímos da clínica. Taylor já abre a porta, ajudando Christian a me acomodar no banco de trás e meu marido vem logo em seguida.

O carro sai da frente da clínica e Christian começa animado uma conversa sobre como podemos já montar o quarto da nossa filha e comprar mais algumas coisinhas. Via em seus olhos a necessidade de redobrar a atenção com nós duas e a animação de poder ser pai, pois isso já foi tirado dele de forma bruta.

- Que tal se fizéssemos um jantar lá em casa? – pergunta ele e me animo com a ideia.

- Seria maravilhoso, amor – respondo – O que mando preparar?

- O que você quiser, baby – responde ele e beija minha testa – Espero que a nossa menina seja como você.

- Mas quero que ela tenha um sorriso como o seu – digo e nos beijamos.

Christian liga para Elliot avisando que ele é o vencedor da aposta e disse que vai pagar os 100 dólares, mas garantiu uma ótima surpresa para ele e Kate no dia do casamento.

Sim! Finalmente eles dois marcaram a data do casamento, mas não casariam no religioso como eu e Cindy fizemos. Iria ser uma cerimônia no cartório e logo uma festa só para família e amigos próximos. Mia, coitada, corria de um lado para o outro em quesito arrumar tudo certinho para o grande dia. Faltava apenas 2 semanas para isso acontecer.

Meu celular toca e vejo a foto de Cindy e Blade na tela. Combinamos de ligar uma para outra quando fosse o dia do ultrassom.

- Cici – digo ao atender.

- Aninha, amiga – diz ela – Como foi o exame?

- Foi ótimo. O bebê está bem e perfeitamente formado – digo – E o seu?

- Tudo normal também. Apesar do pai ser um tapado dos grandes, meu filho está bem – diz ela e acabo quase fazendo xixi de tanto rir – Agora desembucha o que vem ai.

- Vamos ter uma menina – conto e ela comemora – Phoebe Anastasia Grey.

- Phoebe é o nome de uma biscate que roubou meu namorado no tempo do colégio. Aff Ana – escutei ela bater na testa e ri – Mas perdoo por ser filha do gostosão ai.

- Ai Cici – digo – E o seu?

- Vamos ter um menino lindo – diz ela e coloco para Christian escutar – Escolhemos chamar ele de Alessandro Blade Kurt.

- Nome lindo... amei – digo e Christian fica feliz.

Ele tira o celular da minha mão e passa a falar com a nossa melhor amiga. Percebo que ele ri muito, mas fala várias besteiras com ela e logo desliga o aparelho me devolvendo em seguida.

- Cindy e você irão ter os filhos no mesmo dia. Até prevejo isso – diz Christian e rio só de pensar no quanto é legal se isso acontecer.

Deve ter sido o acasoWhere stories live. Discover now