Capítulo 42

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Christian Grey

Estando em casa me sentia tranquilo e sossegado, sem muito ataque histérico de preocupação com a minha esposa grávida ou com todos que já nos fizeram mal. Lincoln estava preso e descobri que Elena havia reatado o casamento com ele, graças a Deus, mostrando que ela é igual a ele: uma sem vergonha.

Ana já entrara nas duas últimas semanas de gestação, mas com o alerta de que poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento desde o incidente com o Lincoln. A barriga dela estava enorme e a minha filha chutava a todo momento, não dando sossego a mãe que reclamava do incomodo que sentia e ás vezes me dava sustos gemendo baixinho.

- Eu juro que vou dar calmante para a sua filha – reclamou ela curvando com mais um chute – Ela não sossega, Christian.

- Calma, baby – disse acariciando sua barriga – Ela quer se mover, mas está sem espaço e por isso te incomoda. Que tal se sairmos um pouco?

- Seria ótimo, amor – disse ela respirando e a ajudei a levantar.

Saímos do Escala com Sawyer nos acompanhando para evitar outro ocorrido e fomos caminhar no parque que tem perto de nossa casa. Ali é um lugar gostoso, sossegado e só tinha pessoas alegres. Ana precisava de um ar puro, uma distração e para sair um pouco do apartamento já que dei sua licença da editora.

Abraçados, andávamos pelo parque conversando e rindo com os chutes da nossa filha. Muitas pessoas nos admiravam por sermos o casal mais jovial dali e Ana, com sua essência bondosa e carismática, cumprimentava todas as crianças que brincavam ali e admirava os bebês.

- Vem. Fiz um piquenique pra nós ali naquela árvore – disse e ela me olhou com brilho nos olhos.

- Chá de bebê surpresa, quarto de maternidade reformado e agora o piquenique – disse ela me abraçando – Tem como deixar de te amar?

- Deixa eu pensar... – disse fingindo me concentrar – Não. Não tem como.

- Acertou, senhor Grey – disse ela e me beijou.

Muitos dizem que depois do casamento, a essência daquele amor à primeira vista se perde um pouco pela rotina e até o sexo fica deprimente. Porém, eu discordo. Os casais tendem a se amar mais e cuidar para que o sentimento nunca morra, é o que eu e Ana sempre fazemos. Nos ocupamos em cuidar um do outro, do amor que sentimos e procuro manter a essência da cumplicidade.

Sentamos na toalha estendida embaixo da árvore e abri a cesta de comida, que pedi pra Gail preparar e só tinha coisas saudáveis por recomendação médica. Ana encostou na árvore para não doer muito as costas por conta da barriga.

- Isso é muito gostoso – disse ela de boca cheia e eu ri.

- Ana, baby, não coma muito rápido. Pode engasgar – disse e nos servir de copo de suco.

- Senhora Jones tem mãos de fada. Está tudo uma delícia – disse ela e tomou uma bom gole de suco.

- Está mesmo. Pedi que fizesse tudo saudável por causa da recomendação médica – disse e ela torceu o bico – Não adianta fazer essa cara, porque não vou ultrapassar a dieta médica.

- Já te disseram que é chato e ranzinza? – ralhou ela e fingi de ofendido.

- Ora, senhora Grey, se ser chato e ranzinza é se preocupar com sua esposa na reta final da gestação – disse pigarreando – Então sou chato e ranzinza.

- Ai Grey – disse ela revirando os olhos e ri beijando sua têmpora. Peguei meu celular, ligando a câmera e me posicionei ao lado da minha esposa.

Bati uma foto perfeita de nós dois e decidi postar em minha rede social, mas antes fiquei olhando em como sorríamos felizes naquela foto e os olhos de inocência de Ana. Mostrei para minha esposa e ela ficou emocionada com a frase que escrevi em cima da foto.

Ficamos abraçados curtindo o silêncio gostoso e cheirava os cabelos de Ana. Cereja. Era esse cheiro que tanto amo, dorme comigo todas as noites e me enlouquece.

- Estamos tão perto do nascimento da nossa filha – disse ela e acariciamos a sua enorme barriga – Fico pensando no parto.

Sabia que ela tocaria nesse assunto e eu sentia seu tremor quando pensava correr algum risco na hora.

- Vai correr tudo bem, baby – disse acalmando ela – Você dará à luz naturalmente e ambas estarão bem.

- Eu sei. Aliás, terei você ao meu lado na hora, não é? – disse ela e sorri imaginando a cena.

- Claro que sim. Jamais deixaria você sozinha nesse momento – disse e ela virou o pescoço, me dando um selinho gostoso que logo virou um beijo quente e cheio de saudade.

Não seria boa ideia fazermos amor com Ana no estado final da sua gravidez. Dra Greene disse que seria arriscado fazer sexo agora, pois ela poderia entrar em trabalho de parto.

Paramos o beijo ofegantes e voltamos ao silêncio tranquilo.

[...]

Quando voltamos para casa já era quase a hora do jantar e Gail preparava um delicioso crepe de champignon que Ana havia pedido a ela. Decidi tomar um banho para relaxar um pouco, já que Ana tinha tomado banho antes de sairmos para passear no parque.

Tirei minha camisa e toquei aonde tinha pegado o tiro. Senti a pele elevada pela enorme cicatriz que ficou, toda a lembrança do passado voltou e fechei os olhos. Lembro das palavras frias dele em relação a mim, a minha filha e a quem eu era antes.

- Amor – disse Ana beijando o local da ferida e me abraçou, pousando as mãos em meu peito e estremeci. Por mais que eu esteja acostumado com Ana me tocando, ainda era novidade toda essa energia para mim – O que foi?

- Nada, baby – digo – Apenas sentindo o peso do meu passado nessa cicatriz – fecho os olhos.

Minha esposa toca a cicatriz com seus lábios e acaricia minha pele, correndo os dedos pelos músculos do meu braço e aperta a carne.

- Vire-se – pede ela e obedeço. Ela começa a acariciar minha barriga malhada, subindo as mãos até meus ombros e faz meus braços rodearem seu corpo.

Ana beija meu pescoço e olha nos meus olhos, acariciando meu rosto e as lágrimas descem por minha bochecha.

- O passado ficou lá trás – disse ela e pega minha mão, pousando em sua barriga – Sente isso?

- Sim – digo sorrindo.

- É a vida que nós dois estamos gerando – disse ela – Se estou grávida, é por amor. Se nos casamos, é por amor. Tudo que vem de você, é amor. Nada vai acabar com isso. Eu te amo

- Eu te amo mais – declaro e beijo ela de forma sensual, escorregando minha mão da barriga até sua intimidade. Ela está molhada, escorrendo e enfio os dedos em sua calcinha.

- Oh – geme ela e penetro sua entrada com dois dedos, movendo lentamente e esfregando meu dedão em seu clitóris – Christian...

- Goza pra mim, baby – ordeno e ela explode em meus dedos.

Beijo seus lábios e desço para entre seus seios até a barriga. Acaricio a enorme protuberância, sendo correspondido por um chute e passo beijar aquele local aonde abrigava minha linda filha.

- Papai te ama, princesa – digo pousando minha cabeça ali e recebendo um cafuné nos cabelos. 

Deve ter sido o acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora