Capítulo 7

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Ana Steele

As coisas entre eu e Christian estão cada vez mais íntimas, dando a certeza que vamos acabar nos envolvendo muito mais do que pensamos e vemos como somos capazes de fazer juntos.

Ele me mostrou aquele quarto vermelho, sem dúvidas muito fora do comum, mas não fiquei assustada como ele deve ter imaginado e ficado esperando. Até que não seria uma má ideia permitir experimentar algo mais bruto durante o sexo e sem qualquer coisa que possa machucar, deixando isso claro para nós dois.

- Ana – chamou Jack Hyde – Está tudo bem?

- Sim. Está – respondi e sorri profissionalmente – Precisa de alguma coisa?

- Só revise essa carta aos autores e corrija se tiver erros, por favor – pediu ele e assenti.

- Tudo bem, senhor Hyde. Farei isso imediatamente – disse e me sentei na mesa pra começar a revisar a carta.

Ele permaneceu ao meu lado, com o olhar malicioso e cheio de maldade enquanto revisava a carta frase por frase. Hanna havia ido buscar seu almoço, então estávamos sozinhos ali na SIP e o meu coração já palpitava assustado do que Jack poderia fazer.

- Já te disseram que é uma mulher charmosa, Ana? – disse ele se aproximando e me levantei bruscamente.

- Senhor Hyde, a única intimidade que nos permite é a relação do trabalho e nada mais – disse em alto bom som para ele ver que não sou uma mulher do baixo nível, como deve estar acostumado a ter na cama.

Jack me olhou totalmente confuso e assustado com o meu jeito de lidar com a situação, vendo quem eu sou de verdade e poderia facilmente denuncia-lo por tentativa de abuso. Nojento!

Ele voltou a sua sala e continuei revisando a carta, corrigindo com o lápis os erros que havia encontrado e comecei a digitar uma nova carta, terminando rapidamente para entregar a ele.

Imprimi várias cópias e fui até a sua sala.

- Terminei de corrigir a carta e já imprimi as cópias – disse ríspida.

- Obrigado, Ana – agradeceu ele manso e deixei as cópias em cima da mesa dele – Pode ir para casa, se quiser.

- Tenha uma boa tarde, senhor Hyde – disse no mesmo tom e de cara fechada.

Peguei minhas coisas na mesa, desliguei o macbook e sai da SIP. Meu celular apitou em uma mensagem e abri, vendo que era Christian. Como ele conseguiu meu número? Atrevido!

Tomei a liberdade de pedir seu número para a Kate.

Vamos almoçar juntos?

C. Grey

Ri irônica de seu atrevimento e resolvi digitar uma boa resposta para ele.

Kate deveria era manter a língua dentro da boca.

E se você queria o número do celular, deveria pedir você mesmo para mim que não iria negar.

Atrevido!

A. Steele

Enviei sem pensar duas vezes e esperei sua resposta, que veio imediatamente.

Nem em mensagem você segura sua boca afiada.

Quer almoçar?

C. Grey

Bom, não seria má ideia almoçar com ele. Até porque sua companhia é agradável e seu papo tem sentido.

Ok. Vamos almoçar sim.

Acabei de sair do trabalho.

A. Steele

Esperei mais dois minutos e veio a resposta.

Te espero em 15 minutos na Seattle's Restaurant

C. Grey

Guardei o celular na bolsa e fui caminhando devagar até o restaurante, que não era tão longe da SIP. Senti que havia passos leves me seguindo.

- Então você que é a Anastasia? – perguntou uma voz suave e me virei.

Uma mulher da mesma altura que eu, bem vestida, maquiagem leve, cabelos longos castanhos escuros e muito bonita parada em minha frente.

- Desculpe, nos conhecemos de onde? – perguntei confusa.

- Venho te observando há algumas semanas – disse ela na maior naturalidade e me jogou um olhar de ódio – Christian deve ter falado muito de mim, não é?

- Será que pode ir direto ao ponto. Não tenho tempo para papo furado – disse começando a me irritar.

- Mas é muita audácia da sua parte aparecer depois de tudo que fez, Suzannah – disse uma outra mulher se aproximando de nós duas.

A moça tinha cabelos enrolados, um pouco mais alta que eu, rosto de boneca e usava roupas simples. Ela parecia estar morrendo de ódio e os olhos vermelhos.

- O que você tem a ver com isso? – perguntou a morena para a outra mulher.

- Ah! Me poupe, vai – disse a outra moça rindo irônica – Uma ratazana feito você, deveria estar aonde é o lugar certo: no esgoto. Anda, agora fala o que faz aqui? Veio atrás de Christian é? – como assim? O que elas duas tem com ele?

Observava elas duas trocarem farpas e a moça de cabelos enrolados veio para meu lado.

- Vim só saber quem é ela – a tal Suzannah apontou para mim. Já não estava entendendo mais nada.

- Quem é ela ou deixa de ser não é da sua conta. Mas posso dizer que está saindo com Christian – respondeu a moça ao meu lado tirando sarro da Suzannah – Espero que isso não seja uma notícia ruim, querida.

- Isso não vai durar muito tempo. Christian vai acabar comigo novamente – disse ela – Assim como também posso fazer Blade olhar para mim.

A moça saiu do meu lado e lascou um tapa barulhento na cara de Suzannah, e eu fiquei parada olhando toda a cena sem entender. Quem era essa mulher? Porque falou de Christian dessa maneira?

- Eu te proíbo de sujar o nome do meu noivo e de Christian colocando ele na sua boca – berrou a moça e grudou nos cabelos da outra – Então sugiro que cace seu rumo por bem ou por mal, Suzannah.

Se sentindo humilhada, a morena esfrega a mão na bochecha e com lágrimas nos olhos, vira o corpo e sai andando mansa. A outra moça se vira voltando para meu lado.

- Não se dê ao luxo de ouvir o que essa biscate falou – disse a moça – Aliás, meu nome é Cindy Cullen. Christian me falou muito bem de você.

- Você é o que dele? – perguntei calma.

- Sou a melhor amiga, ou uma irmã de coração – disse ela e sorriu simpática pra mim – Pela sua expressão, ele não falou de mim né?

- Não – disse e rimos. Vejo que Cindy é uma mulher muito educada, simples, simpática e sincera.

- Ela é muito estranho mesmo. Mas nos conhecemos quando Blade, meu noivo, trabalhava com ele – disse ela – Está indo pra algum lugar?

- Ao restaurante – respondi – Christian e eu marcamos de almoçarmos juntos. Podemos ir juntas e conversando.

- Claro, seria um prazer. É Anastasia né? – perguntou ela piscando.

- Pode me chamar de Ana – disse.

Fomos o caminho todo conversando e ela contou algumas coisas sobre Christian, que demorou para conquistar a amizade dele e arrancar alguns segredos. Mas ainda não entendi quem era essa Suzannah e de onde ela conhecia Christian, porque pelo tom de sua voz, havia um ciúmes grande dele.

Mas somente Christian poderia me contar o que houve entre eles.

Deve ter sido o acasoWhere stories live. Discover now