Capítulo 21

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Christian Grey

Ana e eu estávamos colados um ao outro, escutando o som das respirações misturadas e enrolados no lençol da cama. Sua perna torneada enroscada na minha, permitindo que a coxa ficasse quase colada em meu membro.

- Acho que toda a tempestade passou, mas ainda tenho medo – diz ela e me olha – Suzannah não deu sinal de vida depois que você foi envenenado.

- Concordo. Ela está muito quieta – digo – E quando o silêncio é demais, significa que há algo errado.

Ana me passa um olhar desesperado e beijo sua boca.

- Grace esteve aqui – diz ela e paraliso surpreso – Ela me pediu perdão pelo tapa e conversamos bastante. Agora estamos bem.

- Eu fico feliz, Ana. Vocês duas são as mulheres que amo e precisam se entender – digo e me alivio ao expressar meus sentimentos sem medo perto de Ana – Grace e Anastasia: me salvaram da escuridão.

- Você foi adotado aos 4 anos de idade e ficou sem falar por meses até Elliot e Mia chegarem na sua vida – diz ela e me lembro com raiva do meu passado – O que aconteceu com você antes disso?

- Quer mesmo saber? – pergunto suavemente e ela assente.

- Minha mãe biológica se chamava Ella, tinha sua idade quando ficou grávida de mim e meu avô estava doente na época e meu verdadeiro pai desempregado. Um tanto tempestuosa a vida dela enquanto estava em seu ventre – conto respirando fundo – Ella era uma mulher linda e jovial, fazendo meu pai se apaixonar cada dia mais. Até que, enfim, tudo na vida deles começou a melhorar: meu pai conseguiu um bom emprego, meu avô se curava e Ella conseguia montar a casa dos seus sonhos, dando o seu possível para manter tudo que podia me dar.

- Continue, por favor. Quero ouvir você – pediu Ana e prontamente atendi.

- Faltava duas semanas para que eu viesse ao mundo quando meu avô teve uma pneumonia, vindo a falecer dias depois – pigarreio e continuo – Ella ficou muito deprimida, deixando meu pai preocupado com a saúde dela e a minha, e isso fez adiantar o parto dela. Foi muito difícil, quase a levando a morte, mas mesmo assim meus pais verdadeiros ficaram felizes comigo.

- Você foi a cura para a ferida deles, Christian. Assim como para mim também – diz Ana e a beijo na testa.

- Quando completei 2 anos de idade, minha mãe estava preparando o jantar e eu em cima da cadeira ao seu lado e ela recebeu uma ligação que fez nosso mundo ruir de vez – suspiro alto – Meu pai havia sofrido um acidente de carro, tirando sua vida. Ella me abraçou forte, acariciando meus cabelos e dizendo: "O papai virou estrelinha".

A realidade é que toda minha vida passa como um filme em meus sonhos: a voz da minha mãe biológica, todo seu sofrimento e de como era bonita.

Ana ouvia tudo atentamente, enrolando meu cabelos entre seus dedos e descia pelo meu rosto. Um carinho da qual precisava.

- Meses mais tarde Ella conheceu Joey: um ex-cafetão amargurado e violento. No começo ele parecia um homem bom, com qualidades e carinhoso – Apoio minha cabeça na mão – Mas depois que veio morar conosco se mostrou quem era de verdade: bruto, mal amado e frio. Ele batia friamente em Ella, a obrigava se drogar e quando tinha oportunidade me castigava sem motivo nenhum. Teve vezes que ele chegou a me deixar sem comida, trancado em um quartinho escuro e ameaçava me matar.

- Meu Deus. Tadinho – diz Ana a balanço a cabeça.

- Isso foi até meus 4 anos de idade. A sorte é que ele me deixava ir para a escola – conto – Um dia cheguei em casa e estava tudo quieto, acabei indo até o quarto deles e o que vi nenhuma criança deveria ver: Joey estava pálido, olhando para aonde Ella estava e no chão havia sangue. Ele a espancou até a morte e bateu em sua cabeça com o taco de beisebol. Lembro de quando chorei pedindo que ela acordasse, saindo correndo pedindo ajuda para os vizinhos. E aquele miserável me bateu depois, sendo pego pela polícia e depois me levaram para o hospital.

- Aonde você conheceu Grace e foi levado para a casa dos Grey – diz ela e sorrio, vendo que minha mãe havia contado a ela – E agora é um homem forte e guerreiro, conseguindo vencer o passado aos poucos.

- Eu ainda não contei a outra parte, Ana – digo e ela me olha – Quando tinha 15 anos, uma amiga da minha mãe me seduziu e apresentou o mundo sadomasoquista. Fui seu escravo sexual por 6 anos – alivio por contar a Ana sobre esse meu lado – Meus pais descobriram e nunca mais quiseram entrar em contato com ela. Mas eu continuei com isso até Suzannah fazer tudo o que fez, porém não tive mais prazer nenhum em procurar outra mulher, foi então que te vi no Lori's Bar.

- E o resto já sabemos – diz ela e rimos.

Esperava que Ana pudesse se assustar bastante com o meu passado desagradável, mas ela se mostrou compreensiva e permanecia aqui do meu lado.

- É importante que me fale o que estiver sentindo – diz ela e agarro seu corpo, fazendo nossas intimidades se roçarem e ela geme excitada.

- Nesse momento sinto um pico de prazer louco com você, Anastásia – digo e ela me beija, arranco o lençol que nos cobre e ela sobre meu corpo com o seu.

Seguro ela contra mim e me sento na cama, desço minha boca por seu pescoço até chegar o seu seio direito e pego o bico com os dentes sugando-o. Ana segura em minha nuca, passa a mão livre por entre nós dois, pegando meu membro e massageando a pele.

- Já animado, amor? – pergunta ela e me provoca mais ainda mordendo o lábio inferior, continuando a masturbar meu membro até se molhar mais.

Bato em sua bunda perfeita e ela prende o grito. Quase chego ao clímax quando ela para, colocando as mãos em meus ombros e erguendo seu corpo para que eu pudesse penetrá-la.

- Apertadinha e molhada – gemo e iniciamos os movimentos juntos devagar.

Seu pequeno corpo fazia o meu acordar mesmo não estando perto, calor da sua mão apertando meu braço enquanto sente meu membro provocar seu orgasmo e sua boca pegando a minha.

Aperto sua bunda no local aonde dei o tapa e massageio a pele, me afundando mais dentro dela. Ana se movia junto comigo, beijando minha boca e puxando o meu lábio inferior com os dentes.

- Goze baby – digo e nos movemos mais rápidos.

- Goze comigo, amor – geme ela e explodimos juntos, abraçados e gemendo. 

Deve ter sido o acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora