Capítulo 43: Parto

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Ana Steele

Christian massageava as minhas costas para ver se aliviava pelo menos uma parte da dor. Há dias que me sentia super cansada, dores nas costas e minha barriga estava baixa dando o sinal que minha bebê nasceria a qualquer momento. Meu marido e Gail andavam muito preocupados comigo nesses últimos dias, eu com muita ansiedade misturada com medo gigante.

- Baby, está melhorando? – perguntou Christian.

- Um pouco. Agora está mais suportável – respondi e me deitei ao seu lado, esticando as pernas e acariciando a barriga – Será que é hoje que a nossa menina vem?

- Pode ser que sim, baby – disse ele e beijou meu ombro, abraçando-me de conchinha – Agora se acalme e durma. Se sentir alguma coisa, por favor, me acorde.

- Tudo bem, amor – disse e lhe dei um selinho – Te amo.

- Eu também te amo – retribuiu ele e começou a fazer carinho no meu cabelo até que peguei no sono.

"Eu estava em um lugar totalmente desconhecido, tinha uma parede azul-céu e pessoas jovens vestidas de branco sorridentes em fila. Toquei minha barriga e minha filha se mexeu devagar. De repente um forte brilho explodiu diante aos meus olhos, surgindo um homem de cabelos loiros escuros e um sorriso lindo.

Seus olhos eram da cor dos meus. Ele se aproximava e me estendeu a mão, retesei por um momento, mas peguei sentindo um carinho naquele toque.

- Eu morri? – perguntei.

- Não, filha – ele respondeu. Filha? – É apenas um sonho bom.

- Eu... eu não sei quem é você – disse e ele sorriu acariciando minha bochecha.

- Anastasia, eu sou seu pai biológico – disse ele e arregalei os olhos suspirando – Seu falecido pai biológico.

- Papai – disse aos prantos e lhe abracei – Como é bom te conhecer, papai.

- Eu vejo você em cada passo, filha. Nunca lhe abandonei – disse ele e me soltei do seu abraço – Minha neta precisa vim.

- Ela está pra nascer. Falta pouco tempo – disse e ele acariciou minha barriga.

- Na verdade, ela já está nascendo – ele disse e senti uma cólica horrível – Estarei pertinho de você nessa hora, filha.Tenha uma boa hora – Frank beijou meu rosto e fechei os olhos, sentindo ele sumir de vez.

Algo quente e liquido escorreu por minhas pernas, seguido de uma dor terrível. Era a hora".

Acordei suada e gemendo. Senti o colchão molhado, tirei o lençol e vi uma poça redonda embaixo de mim: a bolsa estourou. Uma contração me atingiu, procurei não gritar e respirei bem fundo como Christian me ensinou tendo lido os livros sobre partos nesses meses.

- Deus, que minha filha nasça com saúde e perfeita. Se for preciso, me leve no lugar dela e nos proteja – rezei baixinho e fiz o sinal da cruz. Christian dormia gostoso ao meu lado e me virei devagar para acordá-lo – Amor. Acorde.

- Ana – disse ele rouco de sono e acendeu o abajur – Está sentindo alguma coisa?

- Sim. A bolsa estourou – disse e ele se apavorou.

- Que horas foi isso? Está com contração? – perguntou ele apressado e acariciando a minha barriga.

- Foi agora e estou com contr.... – parei no momento que a contração voltou – Ai. Ai – gemi.

Deve ter sido o acasoWhere stories live. Discover now