Capítulo 2

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Christian Grey

Estava muito cansado do dia cheio na empresa e sem contar que preparei uma pauta grande para a reunião com o editor da SIP. Jack Hyde é um perfeito cara com o perfil de "Belo filho da puta", me fazendo ter um ódio garrado por esse homem e me fiz de bom sócio para, futuramente, passar a SIP ao meu nome de proprietário da editora. O ramo da literatura pode ser um negócio inteligente e bom.

Meu irmão Elliot encheu meu saco a semana inteira para ir ao Lori's Bar com ele e a namorada Kate. Não estava nenhum pouco animado para ir, mas mudei de ideia e resolvi relaxar a mente fora do ambiente de trabalho.

Ficava lembrando daquela voz suave e delicada da assistente de Jack Hyde ao telefone comigo para marcar a reunião. Esses pensamentos me irritava, porém me dei por vencido.

Cheguei ao bar e vi meu irmão e Kate sentados pelo vidro, com eles estavam mais uma moça e riam de algo que Elliot falava. Provavelmente com aquelas piadinhas de sempre.

Adentrei no lugar e Elliot me viu, a moça que acompanhava eles ficou estática e surpresa quando me viu. Será que já me viu em alguma capa de revista e manchete no jornal? Ou será pela meu "físico perfeito"?

- O senhor simpático chegou – Elliot e suas manias de me tirar uma com a minha cara.

Simpatia e carinho nunca foram do meu forte, era um homem totalmente centrado e com a cabeça pensando lá na frente. Não convivia com a minha família, raras vezes aparecia ao almoço de domingo ou curtia finais de semana fora do meu mundo particular.

- Oi Elliot – cumprimento meu irmão e olho rápido para a moça ao lado de Kate. Tinha uma face delicada, boca pequena e aparência simples. Mas para mim era uma moça perfeita – Kate.

- Olá – retribui educadamente a namorada do meu irmão.

Percebi que a moça disfarçava sua admiração por mim. Sinceramente, não sei o que as mulheres veem de tão especial em mim.

- Ana, este é o meu carismático irmão Christian – apresenta Elliot em tom de piada. Fulmino ele com o olhar furioso e no quesito "sem mais piadas, Elliot" e ele ri ao invés de transparecer medo.

- Sou Anastasia, prazer em conhece-lo Christian – diz ela delicada e estende sua mão. Aperto com firmeza, sem a intenção de machuca-la.

Então essa é a dona da voz com quem falei ao telefone?

Sorrio torto e firme.

- Prazer em conhece-la pessoalmente, senhorita Steele – retribuo a educação e noto que seu rosto ficou confuso quando a chamei pelo sobrenome.

- Você é Christian Grey? – pergunta ela e assento rindo abafado – Achei que fosse te ver só amanhã.

- Acho que agora não é o momento para falar de trabalho. Vamos apenas descontrair um pouco – disse Elliot e limpei a garganta.

Anastasia tinha um perfil de mulher perfeita: cabelos castanhos até no meio das costas, olhos claros, rosto pequeno, sorriso tímido e pele macia. Não parava de olhar para ela, talvez porque havia me chamado a atenção uma moça tão diferente das que conheci pela vida.

Faz algum tempo que não tinha relações com mulheres desde... Suzannah. Uma mulher que agora faz parte de um pesadelo da minhas noites mal dormidas. Só focava no trabalho e meu enorme apartamento era uma solidão só, por isso procurava ficar mais de uma semana fora quando viajava a trabalho.

- E então Christian, como vai o contrato com a editora? – pergunta Kate e volto minha atenção a ela.

- Amanhã é a reunião para fechar o contrato – digo e Kate assente interessada – O ramo da literatura deve ser um tanto inteligente e fará bem aos meus negócios.

- Muito bem, irmão – disse Elliot e brindamos com as cervejas.

Não ficava muito atento as conversas de Kate com o meu irmão, mas tentava ao máximo me enturmar.

- Bom, acho que vou pra casa. Estou cansada – diz Anastasia e essa é a minha deixa para ter uma conversa a sós com ela.

- Tudo bem, amiga. Eu e Elliot vamos dar uma volta depois – diz Kate e abraça a amiga – Boa noite e durma bem.

- Será que aceitaria uma carona até em casa? – pergunto e os três me olham surpresos.

- Não quero incomodar, senhor Grey – diz ela pendurando sua bolsa no ombro.

- Faço questão – digo e lhe dou a mão. Ela aceita – Boa noite, pessoal.

Saímos do Lori's e seguimos até meu carro do outro lado da rua. Taylor está parado, sempre esperando e observando se há algo errado, ele abre a porta do carro para nós e entramos.

- Para onde, senhor? – pergunta Taylor.

- Apartamento da senhorita Steele – digo e ela passa o endereço a ele.

O silêncio é o nosso melhor amigo até que resolvo puxar conversa.

- Trabalha na SIP há muito tempo? – pergunto.

- Há 1 ano – responde ela sem me olhar.

- Gosta de literatura? – pergunto de novo.

- Me formei em Literatura Inglesa na WSU – responde ela e me olha sorrindo.

Pigarreio e me encosto no banco, meu corpo começava a reagir estranho perto dela e respirava fundo.

- Tem namorado? – pergunto e franzo o cenho confuso. Porque perguntei isso?

- Não, mas já tive. Terminamos há alguns meses – diz ela – Você tem?

- Nunca – respondo grosso.

O ar tenso e estranho do silêncio novamente se fez presente dentro daquele carro. Até que chegamos no nosso destino.

- Gostaria de entrar um pouco, senhor Grey? – pergunta ela e resolvo aceitar.

- Obrigado – agradeço e saímos do carro.

Não sei o que houve comigo, mas no momento que entramos no prédio, eu e a segurei pelos braços e grudei nossos lábios em um beijo lascivo. Meu membro apertava o tecido da calça.

Anastasia ficou assustada, mas cedeu ao momento e passou as mãos por meu cabelo. Só tinha receio de que ela me tocasse, não poderia permitir tal ato e muito menos essa liberdade maior em horas que nos conhecemos.

Puxei seu lábio inferior com os dentes e ela fez o mesmo comigo. Via que seu olhar trazia desejo, confusão e... submissão?

- Nós não deveríamos ter feito isso – diz ela e beijo seu pescoço – Mas não consegui controlar.

- Não controle. Nós dois quisemos – disse em tom firme e passei a beijá-la mais uma vez.

Dessa vez apertei seu seio por cima da blusa e ela gemeu durante o beijo. Não queria parar, mas precisava manter meu controle.

Deve ter sido o acasoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora