Capítulo 16

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Christian Grey

"- O que você fez, Suzannah? – perguntei desesperado e ajoelhando ao chão.

Havia sangue, uma poça de sangue saindo de sua intimidade. Sua mão inteiramente suja e pude ver pequenos coágulos saindo por entre seus dedos, sendo aquela cena pior que um pesadelo.

O que ela fez? E o meu filho estava bem? O que ela fez?

- Foi por sua culpa que fiz isso. Você me rejeitou, Christian – disse ela sem emoção – Não queria essa criança.

- Por que você fez isso? – grito – Eu jamais mataria uma criança inocente.

Suzannah gemia com a dor em seu útero, mas nem me dava o trabalho de ajudá-la. Ela matou meu filho.

Matou meu filho.

A culpa é minha.

Filho me perdoa".

- Christian, acorde. Se acalma! – chama a voz doce – Acorde, Christian.

O toque macio e sem dor em meu ombro.

- Ana – desperto ofegante – Ana... – me desespero e ela me arrasta para aconchegar em seu corpo.

- Hey. Está tudo bem – diz ela e afaga meu cabelo – Foi só um pesadelo.

- Ana... – chamo seu nome e sinto falta de ar – Ar..

- Ai meu Deus. Respire, Christian! – diz ela e me abana – Calma e respire.

Faço o que ela diz, puxo o ar e solto devagar. Sinto meu corpo suar, minha testa fria e molhada encosta no peito de Ana, sentindo seus dedos acariciar meus cabelos. Ela levanta meu rosto, fixando nossos olhares.

Me perco naquela imensidão azulada e seu sorriso de compaixão surge.

- Ana eu... preciso falar – digo aos soluços. Ela precisa estar ciente do que foi minha vida.

- Não fale agora. Vamos conversar amanhã ou talvez outra hora – diz ela – Hoje teremos um dia bom, com a sua irmã e eu aqui. Está tudo bem

- Obrigado Ana – digo e ela enxuga minhas lágrimas sorrindo, me dando um selinho.

- Venha. Vamos tomar um banho – diz ela e percebo que viemos para o meu quarto.

Ela estende sua mão e pego imediatamente, Ana me guia até o banheiro em passos lentos e me permite ver sua formosa bunda rebolando pelo tecido da sua calcinha rosa salmão.

Ela acende a luz do banheiro e solta minha mão, indo até o enorme chuveiro do meu box e ligando a água. Logo em seguida ela volta para perto de mim, tirando minha calça e ela a calcinha.

- A água está uma delícia – diz ela e entramos juntos embaixo do chuveiro. Ela olha minhas pequenas cicatrizes daquele passado horroroso e frio – Posso? – pergunta querendo tocar meu ombro.

- Pode – respondo e pego em sua mão – Vamos aos locais que vou permitir que me toque, Ana.

Ana me despertou daquele pesadelo e soube me compreender. Não era a hora de revelar algo tão pesado, horrível e criminoso. Então seria a minha vez de abrir algumas exceções para ela.

Ponho suas mãos em meus ombros, descendo-as pela minha cintura e esfregando em meu abdômen, tomando todo cuidado para não subir até meu peito. Desço suas mãos até meu membro ereto, pressionando nossas mãos ali.

- Eu gostei de te tocar – diz ela e sorrio torto – Você não precisava ter feito isso por mim.

- Quero que me conheça, Ana – digo e realmente sinto segurança nas palavras – Preciso que esteja comigo.

- Estamos nesse minuto embaixo desse chuveiro, senhor Grey – diz ela afiada como sempre.

- Ok, senhorita Steele – respondo firme.

Ana separa nossas mãos, voltando pelo mesmo caminho trilhado em meu corpo e parando em meu rosto. Entrego uma bucha com meu gel de banho nele para Ana, que ao entender o que queria começa a espalhar toda a espuma por meu corpo. Pelo menos sentiria o toque da bucha em meu peito.

Ela beija meu pescoço e me viro de costas, permitindo que me ensaboe por inteiro.

- Você tem um corpo maravilhoso, senhor Grey – diz ela e rio abafado.

- Tenho meus princípios para a sedução, senhorita Steele – digo todo petulante.

- Essa sutileza me dá enjoo. Faça um mil favor, senhor Grey – diz ela me enfrentando.

Ela chega na minha bunda e bate com força a carne.

- Ai – gemi e ela ri, dando outro tapa.

- Uma palmada por ser um menino mal – diz ela e me volto de frente pra ela.

Agarro seu corpo, lavando o sabão do meu corpo deixando escorrer sobre ela e seus seios se espremiam em meu peito. Ataco sua boca tão maravilhosamente vermelha, pescando seu lábio inferior com meus dentes.

Bato em sua bunda, vingando o que ela fez.

- Outra palmada por querer me seduzir com essa boca afiada – digo e ela morde meu queixo, pegando meu lábio inferior com o seu e sugando. Bato novamente na bunda dela, esfregando em seguida – E essa aqui é por me enfrentar. Menina má e devassa. Pensa que não vou retribuir seus serviços de enfermagem que me deu no hospital?

- E estou louca pra ver isso – diz ela me desafiando e pego sua boca novamente, puxando seu cabelo.

[...]

Ana preparou deliciosos waffles para o café da manhã, ajudei só a preparar o café e colocar as coisas em cima da mesa. Mia acordou e veio diretamente para a cozinha, com seu baby doll comprado em Paris.

- Esses são os melhores waffles que já comi. Ana, você é nota 10 – diz Mia e rimos.

- Estão mesmo – digo de boca cheia.

- Obrigada queridos – agradece Ana e continuamos a tomar café – Farei mais vezes quando tiver oportunidade.

- E vai mesmo, se não te caço pessoalmente – diz Mia e Ana ri. Sirvo café para Mia e um chá para Ana.

Pego meu blackberry e digito uma mensagem para Ros, dizendo para assumir todo o comando da empresa por hoje. Passei para ela toda a pauta da reunião de hoje, pedir que deixasse os documentos separados para que eu assine depois e os e-mails que precisam ser enviados.

Quero passar um tempo com Mia e Ana, essa última talvez fosse trabalhar depois.

- O que vamos aprontar hoje? – pergunto e elas se olham.

- Tenho que trabalhar hoje, pois ontem tirei uma folga adiantada. Mas devo sair antes do jantar – diz Ana.

- Eu só preciso visitar o local onde abrirei uma doceria francesa – diz Mia – Me acompanha, irmão?

- Claro. Depois podemos almoçar juntos e talvez ver um filme aqui na minha sala de TV – digo – Ana, vamos buscá-la na SIP para jantar conosco. Aproveitando para chamar Kate e Elliot.

- Uma ótima ideia – diz Ana e as duas se animam – Dia pós recuperação.

- Exatamente – responde Mia e o dia transcorre bem.

Ficamos o café da manhã todo conversando e fazendo alguns planos entre nós. 

Deve ter sido o acasoWhere stories live. Discover now